Cadê as cores, o conto.

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Estava eu fazendo minhas coisas quando tive uma ideia, ideia de um conto e senti que queria compartilhar com vocês, então espero de coração que vocês gostem e deixem muito amor e até uma próxima meus amantes de coroas! <3

Por onde anda as cores?

Onde estão as cores? Onde foram parar? Não sinto mais o gosto e nem o, tum tum tum tum, a sambar.

Essa é Amanda, uma garota comum se é que alguém é. Ela não tem sonhos, não tem cor, não tem um coração pulsante, ela não é um zumbi, mas está vagando por aí sem uma alma.

Mandy só queria ser feliz, vivia sua vida por não ter mais como parar, era tudo tão monótono, mas ao mesmo tempo tão agitado. Várias bombas, bombas, bombas caíam sem que pudesse desviar. Essa era uma vida sem vida.

Por um dia ela se pôs a descansar, no seu café favorito em que vários fantasmas amavam visitar. Lá a mesma encontrou conforto em uma xícara de Cappuccino, o único açúcar que sua boca ainda conseguia saborear.

Amanda um dia foi feliz, como todos os outros humanos, mas foi só o Ceifador chegar que tudo foi sugado em um piscar de olhos. O que poderia ter acontecido para não conseguir mais amar?

Quem é aquele? Quem vem lá? Sorrateiro e com um andar presunçoso a chegar. Seria o guiador da morte? Não, não ele não dava as caras a muito tempo desde a última vez que foi visto por aqui.

As cores desse tal alguém eram radiantes e chamou a atenção da nossa protagonista. Nunca viu uma cor tão igual a essa, para ela, ele, era os gizes de cera colorido que faltava em sua vida. Seria essa mesma pessoa a chave para sua felicidade?

Quando o garoto de cabelo lilás sentou ao seu lado que a olhou curioso e soltou um sorriso doce e brincalhão acompanhado de covinhas a cada lado de seu rosto que aparecia quando ele esboçava seu sorriso radiante de cegar a qualquer um.

Ela viu em seus olhos castanhos a porta do céu e caiu de paraquedas em seu mundo cor de rosa, mas ao adentrar lá percebeu que não era bem a sua salvação, no início ela se sentia amada e abraçada junto ao calor que a almejava a cada momento, mas aquilo foi se esfriando e virando gélido como a dona morte, não, nem a dona morte era tão fria como ele, aquele arco-íris que era o fogo da chama não era o mesmo que um dia ela desejou, ele não era o ceifador que lhe roubou a felicidade e nem poderia lhe fornecer a vida em que sonhou ter de volta.

Enfim ela percebeu ao se ver sentada novamente na cadeira da cafeteira, Mandy finalmente entendeu que tudo pode ser bom no calor do verão, mas que quando chega o frio do inverno ninguém está lá a não ser aquele que roubou sua alegria de viver.

Contudo, Amanda não queria se submeter a isso, ela esperava que a primavera chegaria com a solução onde o frio e o calor pudessem estar juntos. A mesma se viu correndo na rua escura da amargura e se sentiu como se caísse no abismo e não pudesse nadar, porém Amanda nada muito bem, na sua infância se lembrou que ganhará medalha de ouro na olimpíadas de natação da escola, mas porquê cada vez que ela batia braços e pernas invés de ir para cima ia mais para baixo, o que estava acontecendo com a gravidade e a inércia?

E mais uma vez ela viu aqueles mesmos olhos azuis perturbadores, era a dona morte novamente lhe chamando, mas dessa vez ela não evitou, estava cansada demais para negar, sua vida não tinha mais cor, não tinha mais sentido, não tinha mais gosto, não existia mais pessoas além de um grande vazio no mundo.

Foi então quando ela se deixou afundar e ela foi bem fundo, fundo, fundo até onde não se podia mais se ver.

Mandy só queria ser feliz, só queria ser igual as outras pessoas ao seu redor, mas Mandy era especial demais para esse mundo que não a merecia.

                                             Adeus, Mandy.

A Princesa Perdida (Completo) da Série &quot;Princesas&quot;Where stories live. Discover now