Fingimentos

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Olá, pessoinhas :3

Desculpa a demora, tiver um probleminhas...

Boa leitura!

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Olhar ao redor e ver tudo em preto em branco não era muito agradável, mas indicava que estava exatamente onde queria. Portanto, seguiria com seu plano e se faria de desentendido.

Começando a andar, Gray viu os moradores da cidade. Crianças correndo, pessoas fazendo compras ou conversando e animais brincando com bolinhas. Uma visão muito bonita e acolhedora.

— Bem-vindo, meu jovem — o prefeito aproximou-se animado.

— Ah! Olá. O senhor é... ?

— Meu nome é Lérico, sou o Rei da cidade. E você, como se chama?

— Eu me chamo Gray, prazer — sorriu amarelo, disfarçando sua surpresa ao ouvir que de prefeito, Lérico passou para Rei.

— Gray, hum? Tenho a impressão de que já nos conhecemos...

— Sendo sincero, não me lembro do senhor. Aliás, o senhor disse Luzmia? Pensei que estivesse em Magnólia...

— Oh! Você já esteve aqui, tentou ajudar a cidade com o problema das cores. Tudo está em preto e branco — insistiu no assunto.

— Preto e branco? Eu vejo tudo colorido. Tem algumas casas amarelas com telhados vermelhos, flores de várias cores. O máximo de preto e branco que vejo são minhas roupas — continuou mentindo.

— Realmente, agora que você falou... Isso é um ótimo sinal! Pessoas que entram na cidade e veem tudo em preto e branco, foram picadas pelo Besouro Colorido.

— Besouro Colorido? — fingiu interesse.

— Sim. Esse besouro é muito comum pelos arredores de Luzmia, mas só ataca estrangeiros. Seu veneno é letal e faz a pessoa deixar de enxergar cores, muitos dizem verem essas cores flutuando e grudando nas paredes e chão de nossa caverna.

— Por que só estrangeiros?

— Simplesmente por serem vistos como uma ameaça por esses besouros. São como um sistema de segurança natural.

— A pessoa verá preto e branco para sempre?

— Só nossa cidade. Quanto mais tempo ela ver preto e branco, menos tempo de vida terá. Por isso quem entra aqui, normalmente não sai. Fico feliz que você tenha voltado e esteja bem.

— Eu nunca vim aqui, senhor.

— Tem certeza?

— Absoluta. Nunca ouvi falar de Luzmia, eu apenas estava correndo pela cidade e apareci aqui. Nem sei como cheguei — fez-se de perdido.

— Por que estava correndo?

— Exercícios. Gosto de correr pela cidade.

— Com essa roupa?

— Sim. Gosto dela e é confortável.

— Os jovens de hoje em dia estão cada vez mais estranhos...

— Então... Por que estou aqui?

— Ah! Quase me esqueço desse detalhe — riu. — Todos que vem até Luzmia, estão destinados a nos ajudar com algo, só depois podem voltar para suas respectivas casas.

— E eu tenho que ajudar com o quê?

— Bom, eu farei um baile para comemorar meu noivado, porém um dos garçons ficou doente e não poderá trabalhar... Eu e minha noiva convidamos muitos amigos, um garçom a menos é fatal para nossa organização.

Olhar Preto e BrancoWhere stories live. Discover now