A lácrima

74 8 0
                                    

Olá \o/

Desculpa a demora, tive vários problemas pessoais e só finalizei o capítulo agora...

Provavelmente, esse é o penúltimo capítulo.

Boa leitura!

_______________________________________

Aquela sala não fazia o menor sentido. Samantha tentou tirar a lácrima de várias formas: batendo no vidro, puxando, chutando, jogando magia, teletransportando... Porém, a cada tentativa, o vidro mudava de lugar, como se estivesse fugindo.

Não conseguia encostar naquela lácrima e já sabia disso, mas se negava a entregar a vitória assim para Lérico. Sabia do que ele era capaz e isso a assustava, logo o homem pretendia expandir seu alcance, para controlar novas cidades.

Olhando ao redor, a morena viu algo que poderia ajudá-la. Um pouco afastado do vidro, estava um martelo do tamanho de um polegar, brilhando fracamente. Pegou-o na mão, não acreditando que algo tão pequeno pudesse ajudá-la, mas sem perder as esperanças.

O martelo brilhou mais forte, conforme ela se aproximava do vidro e, bastou a encostar no mesmo, que ele se despedaçou, deixando a lácrima exposta.

— Então era assim tão fácil?

— Sim, fácil como pegar alguém em uma armadilha — Lérico entrou na sala, despreocupado. — Eu pensei que quisesse me impedir de concretizar meus planos, não roubar minha lácrima.

— A lácrima é a fonte dessa sua palhaçada, não vou deixar que ela fique nas suas mãos.

— Quem disse que preciso dessa coisa para alcançar meu objetivo final?

— O que quer dizer com isso? Você não... ?

— Absorvi todo o poder que tinha aí. Essa lácrima não tem mais utilidade.

— Mentiroso.

— Continue duvidando, uma hora a verdade vai bater na sua porta. Enquanto isso, você ficará quietinha na prisão, cansei desse joguinho.

— Não vou deixar!

— Vai me impedir como? Com seus túneis subterrâneos ou com sua magia de ilusão?

— Como você... ?

— Eu sei de várias coisas, minha querida. Espero que seu amiguinho saiba lutar, diferente de você.

— Engraçado, sabe tanto, mas nem se tocou que passei esses anos escondida não para você não me achar, mas sim para aprender magias novas — riu.

— Impossível — olhou-a com raiva.

— Minhas amiguinhas não acham impossível — apontou para os pés do homem.

Lérico sentiu algo encostando em sua perna e olhou para baixo, arregalando os olhos. Ao seu redor, várias cobras se rastejavam, algumas tentando subir em sua perna.

— Virou encantadora de cobras? — tentou não demonstrar seu receio.

— Não, apenas aprendi a me comunicar com alguns animais meio... perigosos.

— Essas minhocas crescidas?

— Você chamou elas de... minhocas? Cansei. Ataquem-no!

O homem nem sequer teve chance de fugir. As cobras enrolaram-se em suas pernas e braços, impedindo que pudesse se mexer corretamente. Manteve-se imóvel, temendo que alguma o picasse.

— Medo de cobra, Lérico?

— Eu nunca tive medo dessas coisinhas — mentiu. — Elas apenas são pesadas, mas nada que eu não possa suportar.

Olhar Preto e BrancoWhere stories live. Discover now