Capítulo 7

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Acordo com uma sensação ruim, como se algo diferente fosse acontecer. Decido ignorar esse pensamento e levantar, faço minhas higienes pessoais e tomo um banho. Coloco um vestido florido e uma jaquetinha jeans por cima. 

Quando sento na cama olho mais uma vez para a foto dos meus pais, até que escuto meu celular tocar na sala. 

- Alô - Atendo.

- Allyson? sou eu, Scott Daniels. - Diz ele. - Tudo bem?

Que cara chato!

- Olá Sr Daniels, o que quer? - Pegunto sem paciência.

- Eu gostaria de saber se você vai vir até a empresa. - Pergunta.

- Não, eu não vou - Respondo seca - E por favor, não me ligue mais.

- Allyson por favor, me dê a chance de me redimir com você - Pede ele.

- Não entendo senhor, o que ainda quer comigo? Você não me deve nada. - Digo na esperança de entender o que se passa na cabeça dele.

- Eu sei que não, mas é que... é que... - Ele gagueja. - Eu apenas preciso.

- Ok. - Digo encerrando a ligação.

Eu vou, e dependendo do que acontecer eu até saiba o que realmente aconteceu naquele dia. Posso estar enganada, mas não acredito que ele fez tudo aquilo apenas por eu ser uma pobre coitada, Scott Daniels parece ser um homem bastante centrado, embora seja um grosso, ele aparenta ser uma pessoa muito justa.

E se eu realmente estiver certa sobre ele ser justo, vou querer saber detalhe por detalhe do que o fez me tratar tão mal.

***

Começo a pensar em tudo o que aconteceu e decido ir hoje mesmo a empresa. Sei que prometi a Angel que não iria, mas eu preciso saber o que esse homem quer.

Tomo outro banho e visto um vestido casual preto, coloco um salto preto e faço uma maquiagem básica, pego minha bolsa e saio de casa.

Pego o ônibus e agradeço mentalmente por estar vazio. Começo a temer o que me aguarda e realmente penso em voltar atrás e ir para casa. Mas algo me diz que isso vai ser bom pra mim e eu decido seguir a minha intuição.

Depois que se ferrar, não ache ruim!

Essa voz na minha cabeça não ajuda, e só me deixa pior.

Quando chego na empresa, vou até a recepção.

- Bom dia, preciso falar com o Sr Scott Daniels. - Digo e vejo que é a mesma recepcionista do outro dia.

- Olha só se não é a senhorita Parker - Diz ela com sua voz irritante - Não cansou de ser humilhada? Veio atrás de desprezo de novo?

Respiro fundo e digo educadamente:

- Senhorita se estou aqui, foi porque o próprio Sr Daniels me chamou. Tenho o número dele aqui e se quiser ligo agora mesmo dizendo que uma sem noção não quer me deixar subir. - Isso Ally, força garota! - O que eu vim fazer aqui não é da sua conta. Tenho assuntos para tratar com ele e é apenas a ele que devo satisfações.

Ela me olha incrédula e responde:

- Sim senhorita, me perdoe. - Responde baixo. Mas gente! - Não se faz necessário que a Srta ligue para o Sr Daniels. Vou comunicar agora mesmo.

- Ótimo. - Digo - Qual o seu nome?

- Emilly - Responde com desconfiança.

- Então Emilly, presta atenção no que vou te falar. - Digo firme - Se você estava falando comigo daquele jeito é porque certamente escutou falar do que aconteceu na entrevista. Eu posso ser uma pobre coitada como seu chefe me chamou, mas eu nunca precisei humilhar alguém pra me sentir inferior.

- Eu sinto muito Srta. - Diz ela - Isso não vai mais acontecer.

- Tudo bem.

Ela assente e faz uma ligação.

- Srta Parker, pode subir. - Diz ela.

- Muito obrigada. - Respondo - Emilly, só mais uma coisa.

- O que? - Pergunta ela.

- Mais amor, por favor. - Respondo indo em direção ao elevador.

Quando chego a recepção, vejo que a Sra Glória está no balcão de atendimento. Quando me vê, quase que imediatamente se levanta e vem até minha direção.

- Menina, que bom que você voltou, o Sr Daniels estava desesperado atrás de você - Diz ela.

- É bom revê-la também Sra Glória - Respondo. - Não sei porque, me tratou tão mal que até agora estou me perguntando o que vim fazer aqui.

Se não fosse tão curiosa, estava em casa.

- Não diga isso, você não sabe o quanto estou feliz que você veio - Me diz ela com uma felicidade que é de se estranhar.

- Ok né. - Respondo - E a fera, já sabe que eu cheguei?

Ela dá uma risada escandalosa e diz:

- Não fala assim dele minha querida, você verá o quanto o Sr Daniels é bom.

- Só se for bom em falar besteira. - respondo.

Ela dá outra risada.

- Ele já sabe que você chegou, está autorizada a entrar quando quiser. - Me diz ela para o meu nervoso.

- Tudo bem, me deseje sorte. Com essa fera eu vou precisar. - Sigo em direção a porta.

Bato duas vezes e escuto uma voz rouca.

- Pode entrar.

É agora Ally, é tudo ou nada!

****

Gente só eu que amo a consciência da Ally? Sou muito parecido com ela nessas coisas.

E aí, o que será que vai acontecer nessa conversa?
Como a nossa Ally disse, é tudo ou nada.

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Uma Secretaria em Minha Vida - Livro 1 (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now