Allyson Parker é uma mulher jovem que conheceu muito cedo a dor da perda. Carrega consigo marcas do passado conturbado que teve. Sozinha nesse mundo, sua única companhia é sua irmã mais velha, Angelique. Allyson se vê em um momento critico de sua vi...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Hoje é o meu primeiro dia de trabalho e aqui estou eu na frente do guarda roupa sem saber o que vestir. Já sei da fama do Sr. Daniels e por isso estou quatro horas adianta. Resolvi vestir uma blusinha social preta com uma saia lápis verde. Arrumo meu cabelo e faço cachos nas pontas, faço uma maquiagem leve e finalmente estou pronta.
Pego um táxi e chego a empresa com duas horas de antecedência, sou autorizada a subir pela recepcionista que já sabe quem eu sou. Ao chegar, me deparo com a Sra. Glória.
- Allyson o que faz aqui tão cedo? - Pergunta assutada. - Seu horário é as oito e meia e ainda são seis horas.
- Eu sei Glória, mas quis chegar bem cedo. Melhor prevenir do que remediar, é bom chegar mais cedo, assim já vou me acostumando.
- Acho que alguém ficou traumatizada com o atraso da entrevista. - Diz rindo.
Ela volta a arrumar uns papeis e suas palavras me fazem pensar na humilhação daquele dia. Logo logo estarei na frente do Sr. Daniels e ainda tenho medo de como vai ser trabalhar para esse homem.
Decido deixar esse pensamento de lado. Vivo dizendo que quem vive de passado é museu, que tipo de pessoa eu seria se não seguisse o que falo? Estou aqui para trabalhar e é isso que vou fazer.
- Já que chegou cedo, vamos tomar café? - Pergunta Glória me tirando dos meus pensamentos.
- Vamos sim. Aonde?
- Aqui mesmo, na cozinha.
- Aqui tem até cozinha para nós tomarmos café?
- Sim, tem pessoas como eu que chegam cedo por causa do ônibus, o Sr. Daniels sabe disso e nos permite tomar café aqui. É claro que tem pessoas metidas que vão para uma cafeteria que é aqui perto, mas não é o meu caso.
- Também não será o meu. - Falo. - Vamos logo então, estou morrendo de fome.
Pegamos o elevador e paramos em um andar que deve ser a cozinha. Ao entrar fico embasbacada com a beleza do local. A cozinha é extremamente aconchegante, toda planejada e tem diversas mesas.
Fico imaginando qual a demência do seu humano em sair daqui e ir para outro local, aqui é lindo gente!
- Pela sua cara vejo que gostou da nossa cozinha. - Ela me puxa em direção a cafeteira. - Eu já lhe disse que o Sr. Daniels costuma tratar seus empregados muito bem.
Assim espero.
- É tudo muito lindo, realmente ele deve tratar seus empregados bem mesmo.
- Você não sabe o quanto.
Tomamos nosso café e quando estou quase acabando, sinto alguém sentando do meu lado. Olho e vejo que é um homem. Ele é alto, olhos castanhos penetrantes e muito bonito.
