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POV JAMES

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POV JAMES

Acordei com a cabeça sangrando e vi que estava em meu quarto, mas não lembro de como cheguei aqui.

Levantei-me com dor por todo o corpo e consegui, depois de quase cair várias vezes, chegar ao jardim novamente.

Estava muito escuro, porém consegui ver Mary caída no chão e Klaus em sua frente, com algo na mão.

Meu coração acelerou e corri até os dois.

Mary estava com o rosto molhado em lágrimas e um buraco no peito.

— Meu Deus! — Senti meu estômago embrulhar. — Mary... — Segurei seu corpo inerte. — Acorde, por favor. — Meu olhos queimaram em lágrimas.

— Infelizmente seus atos a levaram a isso. — A mulher que é conhecida por minha mãe, balançou a cabeça.

— Por que você a matou, Klaus? — O olhei com ódio e empurrei seus ombros.

— Vá para casa, James — Rebekah falou. — Você teve uma concussão. Não está em condições de passar por isso.

— Passar por isso? Ela é minha irmã, Rebekah! Você fala como se não fosse nada!! Vocês tiraram ela de mim! — Passei a palma das mãos pelo rosto, secando as lágrimas.

— Ela tentou nos matar... Não podíamos permitir isso. — Elijah limpou a mão ensanguentada em um lenço branco. — Se ela morreu no processo... — Deu de ombros —, então tudo bem. Ninguém machuca minha família e vive.

— Ela não queria matar vocês! Era uma projeção, eu descobri seu plano, mãe! — Apontei para ela. — A minha mãe criou tudo isso, mentiu e iria matar vocês logo após!

O queixo de Klaus caiu e ele olhou para o corpo de Mary. Não conseguiu se mexer em choque. Se ajoelhou lentamente e segurou a cabeça de Mary.

— Isso é verdade? — Esther perguntou.

— Bom, — ela começou —, não é nada que vocês não mereçam!! — Logo em seguida, com magia, desapareceu sem deixar rastros.

— Eu a matei, eu matei ela — Klaus repetiu em choque. — Eu matei a Mary... Não, não!! — Chorou. — Eu não queria, eu só...

— Não toque nela. — Afastei ele com magia. — Vocês já tiraram muito de mim. Não acham que é o suficiente por hoje?

— Vamos. — Esther segurou o ombro de Klaus. — O que está feito está feito.

— É menos uma bruxa miserável — disse Mikael.

— Será que nem nesse momento você não consegue ser pelo menos solidário? — Perguntou Rebekah, com raiva de si mesma pelo o que acabou de fazer.

— Não precisamos da solidariedade de pessoas como vocês — falei e pude ver o olhar decepcionado, até triste, de Rebekah.

— James, você precisa entender que...

— Não há nada para entender, Rebekah! Minha irmã está morta e eu nem pude fazer nada para impedir isso.

Peguei o corpo de Mary e segurei-o com cuidado.

— James, nós sentimos muito pela sua perda — disse Elijah, mas não pareceu sentir. Ele nem conhecia Mary o suficiente para sentir algum remorso.

— Nós sabemos o quanto família é importante — completou Rebekah.

Então todos foram embora com velocidade de vampiro. Klaus insistiu em ficar, mas Esther obrigou o filho a ir com eles.

Levei Mary até a cripta Stuart, onde a coloquei no centro, rodeada por velas e um feitiço protetor. Isso deixaria a alma dela segura enquanto eu acho um jeito de trazê-la novamente à vida. Mas, se isso não acontecer como eu sei que feitiços de ressussitação são quase impossíveis, mesmo na morte ela ainda vai continuar viva.

Suspirei, limpando as lágrimas que não paravam de cair e olhei uma última vez seu rosto sereno, manchado por sangue. O vestido vermelho disfarçava a enorme mancha de sangue em seu peito e parecia como se ela estivesse dormindo.

 𝐴𝑙𝑖𝑣𝑒 ✦ 𝐾𝑙𝑎𝑢𝑠 𝑀𝑖𝑘𝑎𝑒𝑙𝑠𝑜𝑛 ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora