Capítulo 11

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( Ana Júlia)

Como assim?
Ainda sentada sob a pia sem acreditar no que acabara acontecer, ofegante e desapontada , questiono-me como ele fora capaz de quebrar todas minhas barreira e simplesmente ir embora como se nada tivesse acontecido . Eu simplesmente não consigo acreditar e ao mesmo tempo estou tentando entender o porquê de suas ações terem me afetado tanto, o mesmo me beijou , me seduziu e eu não o impedi , nem mesmo protestei, mas o o que realmente me deixou sem ação foi ele ter fugido sem dá uma explicação lógica.


_ Quem está aí?

Uma voz conhecida me tira de minhas indagações. - Pulo rapidamente da pia quando vejo Remédios entrar na cozinha, ela me olha um pouco surpresa .

_ Desculpe-me, não queria incomodar .

Remédio é uma mulher linda, ela é alta , magra e de pele negra , quando lhe vi a primeira vez não tinha notado seus cabelos encaracolados e cortados como de homens , pois na ocasião ela usava um turbante , não que seu cabelo diminua sua beleza , pelo contrária sua beleza continua intacta , mas a algo de místicos nos seus olhos negros , não sei dizer ao certo o que seja.

Sorriu e falo:

_ Não precisa se desculpar , a propósito , muito obrigada por curar meus ferimentos , estou bem melhor.

Ela apenas acena com a cabeça, dito isso encho a minha jarra e caminho para a porta, mas ela segura em meu braço, viro me para olha-la .

_ Desculpe me atrevimento senhora , mas desde que chegou estava querendo lhe fazer uma pergunta.

Faço um sinal para que ela prossiga.

_ Como conseguiu o amuleto ?

Levanto a sobrancelha tentando saber sobre que amuleto ela estava falando.

_ O Que estava em seu braço!
_ Ah, meu bracelete ?
_ Sim!
_Na verdade não é um amuleto, mas um bracelete que ganhei de alguém quando jovem.

Ela me observa e fico curiosa por sua pergunta .

_ Mas porque a pergunta ?
_ Nada demais , é apenas algumas histórias que ouvi quando criança a respeito dele.
_ Como assim? Não entendi.
_ Como lhe disse são apenas histórias tolas de negros .

Dito isso ela sai da cozinha , eu simplesmente não entendi nada, então decido esquecer essa noite e seguir para meu quarto .
Já deitada ,vários pensamentos passam em minha mente, primeiro a forma como Alexander me devorou com os olhos, o jeito como ele me tomou em seus braços , seus lábios possuindo os meus, meu corpo estava queimando por baixo da minha fina camisola de seda, fiquei fora de mim quando senti seu peito encostou em meios seios , sentir seu corpo junto ao meu foi como se meu corpo necessitasse daquele toque , ainda sinto a maciez dos seu cabelos entre meus dedos , seus músculos quando passei a palma da mão em seu corpo, até mesmo o gosto de seus lábios , só não compreendo sua atitude de sair sem me dar uma explicação coerente ao que tinha acabado de dizer.

_ Talvez lembrou-se da duquesa e sentiu que estava lhe traindo .

Meu subconsciente tenta encontrar respostas que justifique sua reação, mas é inútil, ele não consegue o fazer , é quando sinto minhas pálpebras ficarem pesadas e adormeço.

Um fecho de luz passa por meus olhos , ouço alguns ruídos , som de água sendo derramada, abro os olhos ainda sonolenta , minha visão ainda distorcida , mas posso ver um vulto andando no quarto, pisco os mesmos e vejo uma mulher com roupas coloridas de costas para mim .

_ Remédios?

Ela vira-se .

_ Desculpe senhora não quis acorda-la.
_ Que horas são ?

Ana Júlia de Aragón( com erros ortográficos e sem revisão )Where stories live. Discover now