Capítulo 16

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_ E então? O que acha?

Ele vira-se , e me olha da cabeça aos pés, depois se aproxima e fica de frente para mim.

_ Estonteante! Mas isso você já sabe.

Apenas sorriu para ele.

_ Você também não está nada mal .
_ Oh! muchas gracias minha senhora, vamos?
_ Claro.

Ele enlaça minha cintura com seu braço direito, e posso sentir o aroma de seu perfume, que me deixa embriagada , um desejo flui no meu ventre .
Júlia controle-se!
Me repreendo internamente.
Ele solta minha cintura e segura minha mão me guiando pela fazenda, a noite está estrelada , dando uma claridade ao céu, olho ao nosso redor mas não vejo ninguém, está tudo silencioso, e começo ficar inquieta , aperto mais forte sua mão .

_ Calma Júlia , está tudo bem, confie em mim.

Apenas aceno com a cabeça, quando percebo que estamos entrando na floresta, estou um pouco apreensiva, mas confio nele, ele agora caminha em minha frente, afastando os galhos da nossa frente, até que ouço tambores e vozes, e em vez de ficar calma fico assustada e paro.

_ O que houve?

Alexander para e me observa .

_ Acho que não estou pronta!
_ Não precisar se sentir assim, estou com você!
_ Talvez esteja com medo do que existe por trás dessas folhas.
_ Se não estiver pronta podemos voltar.

Estou tremendo, Alexander pega meu rosto em suas mãos e fala;

_ Respire , eu estou com você, calma , não vai acontecer nada , está tudo bem , fique calma.

Respiro fundo e tento me acalmar, respiro mais uma vez , olhando em seus olhos e eles me passam segurança e relaxo .

_ Você quer voltar?
_ Não.
_ Tem certeza?
_Sim!

caminhamos mais um pouco, e avistamos vários negros, homens e mulheres, dançando, ao som de tambores, vejo alguns conhecidos, como alguns servos da casa , e alguém que chama muito minha atenção, Remédios, dançando no centro dos tambores, seu corpo se move sensualmente, passando as mãos no corpo , essa não é uma dança qualquer que estou acostumada ver nos grandes bailes da sociedade, é algo mais carnal , vejo também alguns casais dançando com seus corpos colados e suados , sou tirada das minhas observações, quando Alexander solta minha mão e entra na multidão , logo algumas mulheres se aproximam dele passando as mãos em seu corpo , seus quadris se movem rapidamente ao som dos tambores, e vou confessar que não estou nenhum pouco feliz em ver essa cena , por mas que seus olhos estejam em mim , não posso ignorar as duas jovens negras semi nua .
Percorro meus olhos ao redor, e percebo que estamos em um pequeno quilombo , algumas casas de palha, uma enorme cerca que com certeza passamos por ela , talvez por causa insegurança do que estava por vim não pude perceber, estamos no centro do mesmo  , tudo está decorado para aquele evento, vejo flores , frutas algumas fogueiras, e muita alegria sendo transmitida naquele ambiente.
_ O que achou?
Viro-me ao ouvir a voz ofegante de Alexander.
_ Oi?
_ Oque acho disso tudo?
_ Bem...
_ Pode falar!
_ É diferente.
_ Diferente ruim ou bom?
_ Não sei.
_ Humm... Quer tentar?
_ Não sei se consigo, ainda não estou me sentindo a vontade, isso é heresia!
_ Deixa de bobagem.
_ Alexander cresci em um convento , você achou que eu já tinha visto esse tipo de coisa?
_ Tudo bem, tudo bem, mas tem certeza que não quer tentar?

Ele me olha estendendo a mão e sorrindo, e como todos já sabem, eu não resisto ao seu sorriso.

_ Tudo bem, mas não compartilho essa religião.
_ Cierto muchacha!

Pego sua mão e ele me guia para o centro da festa , soltando minha mão , e já me envolvendo seus braços em minha cintura, fico de frente para ele quando percebo que sua camisa está aberta até a metade, e minhas mãos tem vontade própria quando encontram sua pele suada .

Ana Júlia de Aragón( com erros ortográficos e sem revisão )Where stories live. Discover now