Ana Júlia de Aragón( com erros ortográficos e sem revisão )

Capítulo 18

_ Senhora Ana , onde coloco essas flores?
Sou tirada do único momento de paz que tive em duas semana.
_ Pergunte para Amélia, ela saberá!

Já faz duas semanas que Amélia começou com os preparativos, é compra de vestidos, sapatos , acessórios, flores , tecidos , até mesmo candelabros, ela é inacreditável!
Sem esquecer o menu do cardápio, ela passou três dias para decidir , mas dois dias para escolher entre um bolo de três ou quatro andares , que eu particularmente acho isso uma grande besteira, até parece que é meu casamento e não meu aniversário, e para ser o casamento teria que ter um noivo, mas faz exatamente um mês que Alexander viajou, por mais que ele sempre escreva , a sua ausência é notável em tudo , as vezes fico me perguntando de ele sente o mesmo, se me extraña , se estou frequente em seus pensamentos como ele está nos meus , penso em ir ao seu encontro, mas certamente ele me acharia uma tola , então me contento em ler e reler sua cartas , até mesmo as que não são para mim.
Respiro fundo e tento me recompor;
Levanto-me do piso , onde passei uma parte desses dias olhando para o horizonte na esperança de vê-lo chegar.
_ Vamos Ana! É seu aniversário!
_ Eu sei Amélia, mas não precisava de todas essas coisas.
_ Precisava sim dona Amélia! Nem no convento ela teve uma festa assim.
_ Joana!
_ Tenho certeza que se meu filho estivesse aqui faria o mesmo.
_ Sabe Amélia, eu desisto, nunca irei ganhar para a senhora.
_ Que bom que sabe! Venha!
_ Onde está a Clara?
_ Acredito que esteja com a Remédios na cozinha.
_ Vou busca-la , a Remédios com certeza está muito ocupada para ficar de olho nela .
_ Espero que isso não seja uma desculpa para fugir.

Sorriu.

_ Não Amélia, não é!

Sigo em direção a cozinha, como se fosse possível passar pela casa com tantos servos, mas depois de quase derrubar uma bandeja de petiscos e um jarro de flores consigo chegar ao meu destino;

_ Tia Remédios já poço mexer esse camarão?
_ Sim, mas tenha cuidado para não se queimar!
_ Tá certo tia.

Clara está com um avental, um lenço sobre a cabeça, para prender seus cabelos, toda suja comida e com um lindo sorriso no rosto;

_ Posso lhe ajudar cozinheira Clara?

A mesma sorrir para mim , e vejo em seu rosto o seu pai, é como se ele tivesse viajado mas deixado ela para que eu nunca o esquecesse.

_ Não juju , é seu aniversário! O papi sempre fala que no dia do nosso cumpleaño não fazemos nada , só descansar, então vá descansar!
_ Nossa ! Parece até uma adulta falando.
_E já sou quase uma .

Todos da cozinha começam a rir.

_ Tudo bem, mas não quero descansar só, é muito chato ficar sozinha, você poderia ficar comigo?
_ Tudo bem.

Ela desce do banco de madeira, tira o avental e o lenço, e segura minha mão.
_ Vamos?
_ Sim!
_Tenho um lugar lindo para mostrar a você!
_E o que seria?
_ Surpresa!

Ela me guia toda sorridente para fora da cozinha, e logo depois para fora da casa; Já fora da casa ela caminha mais rápido, me guiando em direção da floresta.
_ Não podemos entrar aí!
_ Porque não?
_ É perigoso!

lembro- me imediatamente do quilombo.

_ Não iremos muito longe!
Eu a observo.
_Por favor...
_ Está bem! Mas não iremos longe!
_Certo!

Ela empurra os galhos que estão a nossa frente, por um momento lembro- me da primeira vez que fui ao quilombo, na primeira vez me senti incomodada , mas nas outras vezes que voltei já não me senti da mesma forma, e continue voltando mesmo sem Alexander.
_ Chegamos!
Levanto o olhar e vejo uma linda cachoeira com águas cristalinas, e um rio em sua volta, vejo também uma cabana, com algumas conchas decorando a entrada da mesma .
_ Que lugar lindo Clara!
_ Isso é um segredo, mas você tem que prometer que não vai contar para ninguém, nem mesmo o papi.
_ Eu juro que não conto, nem mesmo para ele!
_ Quando o papai está triste ou cansado e quer ficar sozinho ele vem pra cá, esse é o lugar secreto dele, e foi ele que fez a casinha.

Graça a Deus eu tenho a Clara para contar tudo sobre Alexander! Então quer dizer que aqui é o esconderijo dele , interessante.

_ Esse lugar é lindo, não me surpreende!
_ Vamos tomar banho?
_ Vamos sim!

Tiro minhas roupas de cima, Clara faz o mesmo e pulamos na água, a mesma é refrescante, e por uma fração de tempo me deixo esquecer os últimos acontecimentos e aproveitar esses momentos de descanso ao lado da Clara...

_ Vamos Clara, sua abuela deve estar nos procurando!
_ Já estou pronta.

Depois de relaxar nessas águas caminhamos floresta a dentro.
Estávamos quase chegando em casa quando Clara pergunta:

_ Ju , o papai vai voltar quando?
_ Não sei ao certo pequena, mas muito em breve creio eu.
_ Sinto saudades dele!
_ Eu também minha flor, mas logo, logo ele chega!
_ Tudo bem então...

Finalmente chegamos em casa.

_ Onde estavam? Os convidados já estão para chegar! Vão rápido se arrumar!

Amélia nos ordena.

Já no meu quarto tomada banho aguardo Joana trazer meu vestido.

_ Ana o detalhe rendado sobre os ombros ficou perfeito!

A mesma a parece na porta carregando o vestido que Amélia mandou fazer , ele é verde com uma renda branca nos ombros , luvas douradas , e um colar de pérolas.
Joana me ajuda a vestir, coloco o colar, e as luvas .

_ Irei fazer um penteado preso!
_ Não, Alexander prefere eles soltos.

Joana para e me olha, na verdade até eu fico surpresa com minhas próprias palavras, como alguém pode estar 24 horas em meus pensamentos?
Cada dia que se passa Alfonso se tornar uma lembrança, enquanto Alexander uma realidade, acho que já está no momento de aceitar meus sentimentos por ele , é ele que eu quero , que desejo .

_ Posso até ouvir seus pensamentos!
_ Deixa de ser boba Joana, você não está apta para falar nada.
_ Tudo bem então.
_ Acabou?
_ Sim!

Levanto-me, vejo meu reflexo no espelho e me sinto magnífica, será que Alexander iria gostar?

_ Sim ! Você está linda!
_ Não vale , você é minha sogra .

Amélia sorrir na porta do quarto, ela aproxima e estende a mão.

_ Pronta para ser o centro das atenções?

Não ligo muito para essas coisas, mas me contento em guardar só para mim.

_ Sim!
_ Então vamos...