Histórias de uma louca mente

Texto 19

As vezes acho que o amor não existe.

Sabe não tenho exemplos bons de amor, meu pai não liga pra mim, minha mãe critica tudo que eu faço, meu irmão nem se fala, minha tia, a quem eu tinha um enorme carinho, prefere votar em alguém que fala que pessoas como eu tinham que  estar mortas e eu me pergunto se algum dia fui amada por eles ou se algum dia fui amada por alguém.

Eu acho que conheço o amor, mas ele dói então não deve ser amor.

 Minhas amigas disseram que não era amor de verdade que nós éramos muito novas pra amar sério, mas eu discordei óbvio que eu sentia algo forte por ti, não sentia? E você o mesmo por mim, certo? Errado. Você não fez nada a não ser brincar com meus sentimentos e por sua culpa minha depressão voltou mais forte ainda me  fazendo  faltar as aulas, pois não suportava a ideia de te ver rindo com seus amigos, e reprovar de ano, mas você me chamou umas semanas depois e disse que ainda me amava, mas como poderia ser amor? Amor não machuca assim, ou machuca?.

Eu quero conhecer o amor.

Eu quero o amor, quero o amor como nos filmes mais clichês e românticos que existem, quero amor como eu vejo nos livros que leio,  quero o amor próprio, quero o amor que é se sentir bem consigo mesma, quero um amor sem julgamentos e preconceitos, quero um amor puro, mas também quero um amor avassalador, quero um amor que me faça descobrir novas coisas, quero um amor sexual  no qual possamos transbordar nossos sentimentos apenas pelo toque e por fim quero o amor que me fora muitas vezes negado.

Estou conhecendo o amor.

Uma parte dele pelo menos é minha, quando me olho no espelho e gosto do que vejo,  gosto do meu rosto meio gordinho, das minhas sardas, das minhas gordurinhas a mais, do meu cabelo não mais rebelde e dos meus olhos dos quais me orgulham tanto.