ÔMEGA? DISLIKE!;; taegi

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Min Yoongi não era alguém mauzinho.

Na verdade, às vezes até era. Pelo menos, tinha dias. Como por exemplo: quando colou a bunda da professora na cadeira e gastou sua mesada inteirinha em uma caixinha de chocolates que deixou no dia seguinte, em cima da mesa da mesma. Ou quando pintou os cabelos de Jimin de rosa e fez seus trabalhos de casa pelo resto do ano como modo de pedir desculpas. Até mesmo quando atirou uma cadeira na cara do coleguinha que lhe presenteou com um vestido rosa porque, segundo ele, Yoongi parecia uma menininha. Contudo, nesse caso, o ômega não se sentia nem um pouco culpado, pelo contrário, estava satisfeito até hoje quando depois de uma ida ao hospital, o pestinha passou a respeita-lo como o lindo garotinho — e não garotinha — que era.

Resumindo e concluindo, Min Yoongi não era uma má pessoa. Só quando estava meio puto com a vida e infelizmente ou felizmente — só deus sabia — o Min estava naqueles dias em que até o vento conseguia a proeza de faze-lo perder as estribeiras.

Quando acordou antes mesmo de seu despertador. Seus olhos ardiam e a sua íris brilhava em um vermelho sangue ligeiramente assustador aos olhos alheios. Naquele momento, qualquer um que o visse, podia jurar que Yoongi era como a personificação de toda a cólera existente no mundo.

Rosnou de ódio. Ódio esse que não sabia de onde vinha.

Acordou Jinyoung aos berros mas o beta nem reagiu, já habituado com as sessões de "ódio ao mundo" que seu colega possuía. Era nisso que dava partilhar o quarto com um ômega, pensou Jinyoung.
Yoongi grunhiu, respirando fundo e marchando para o banheiro. Sentia-se irritado e frustado. Irritantemente frustado ou Frustantemente irritado? Não sabia.

Lavou o rosto com raiva. Escovou os dentes com raiva. Tomou seu banho de água quentinha com raiva e algo que devia ser relaxante, se tornou uma tortura para o ômega que quase derreteu no banho, de tanto calor sentia.

Calor… mais uma coisa que contribuía para a irritação que sentia.

Não comeu absolutamente nada por raiva e quando pisou fora do dormitório, praguejou de todos o nomes possíveis as nuvens acinzentadas daquela quinta-feira fria. E como algum tipo de resposta divina, uma avalanche de água caiu sobre a cabeça de Yoongi que deixou-se ser encharcado enquanto caminhava lentamente até ao colégio. Maldita chuva e maldita tensão muscular. Todo o seu corpo doía para cacete e questionou-se até se não tinha sido atropelado por um caminhão enquanto dormia.

Suspirou.

Não tinha como piorar, pois não? Ledo engano.

O professor de Coreano estava lá para provar que sim, tinha como piorar e em suas mãos, carregava orgulhosamente o teste surpresa. Sorrindo largo como se sentisse prazer em ver a desgraça que eram os seus alunos.

E pah! Yoongi sentiu uma vontade absurda de chorar.

Pronto.

Lá estava Yoongi chorando no meio da confusão hormonal que era seu corpo.

[ … ]

Espremeu Jimin entre os braços assim que o alcançou, caindo sobre um dos grandes sofás da enorme sala de convívio do dormitório. Praticamente enforcou o alfa enquanto mergulhava em uma mistura esquisita de ódio e carência.

— Seu cheiro está forte.— o Park indagou enquanto desvencilhava-se do forte aperto dos braços de seu hyung e cheirava os fios azuis. Confirmando que sim, o cheiro cítrico de seu hyung parecia mais forte que o normal.