O Nosso Destino Traçado 2 [Completo]

Capítulo 11

"É tempo de amor
De curar a dor
Luz na escuridão
Seu beijo cheio de paixão"
(Tempo de Amor – Victor e Leo)

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Priscila oscilava o olhar entre o homem na sua frente e a sala de Tatiane que estava aberta. Estava certa que a amiga iria apoiar aquela loucura, mas não queria deixá-la só.

_Espera aqui – voltou para sala.

Tatiane estava olhando para um ponto fixo, lembrando-se de algo que com certeza lhe deixava triste. Ouviu a voz de Priscila e levou alguns segundos para tornar.

_Pode falar Pri.

_Olha só o que ganhei – fez um meio sorriso enquanto que com o olhar apontava para o buquê.

_Nossa, que lindo.

_Sim. Acontece que ele quer me ver, colocou isso no cartão.

_E onde ele está?

_Sabe que não sei? Acho que o lance da entrevista na rádio era mentira para preparar tudo e deve estar me esperando no apartamento – sorriu nervosa –, mas não sei, sabe?

_Pri, vai vê-lo e por hoje está de folga.

_Mas e você?

_Estou bem e te falei que mais tarde estarei com o Cadu trabalhando. Agora vai.

Aproximou-se da amiga, não precisava de palavras, sabia quão arrasada Tatiane estava. Acariciou sua mão e seus olhos brilharam quando sua voz saiu arrastada:

_Você vai sair dessa, porque você é uma boa pessoa e merece alguém que te ame muito.

_Acredita que o Leo falou o mesmo? – Sorriu com a doce lembrança – Obrigada, sei que vou superar, só estou um pouco perdida e precisando de algumas horas sozinha para refletir. Pode ir.

_Precisando me liga – se retirou da sala.

Tatiane sorriu observando o êxtase de Priscila empolgada enquanto caminhava ligeiramente. Reconhecia o bem que Victor causava na amiga, o quanto ela estava feliz.

Priscila passou pela recepção pegando seus pertences e se aproximou do motorista de Victor, ele olhava para o buquê nas mãos dela.

_Tem certeza de que quer levar isso?

_Mas não pode ficar aqui.

_Elas irão murchar.

Uma funcionária passava por perto quando ouviu a conversa.

_Quer que eu coloque no jarro?

_Melhor mesmo. – o homem tomou das mãos dela e entregou a moça – Faça esse favor. – Olhou para Priscila – Agora vamos.

Estava sem entender, porém, seguiu-o. Ele abriu a porta, Priscila agradeceu e entrou no veículo, sentando no assento traseiro. O caminho não era para o apartamento de Victor, o que a deixou com ansiedade. Ouviu o som ambiental que o motorista deixou ao ligar o rádio, algum locutor falando sobre a data ser especial para os casais. Seu relacionamento com Victor era algo surreal, era estar em altos e baixos. Lembrou-se de um ano atrás quando viajou com ele e houve a discussão, tudo por um ciúme bobo que ele teve.

Ficou boquiaberta quando desceu do veículo e se viu diante do aeroporto, mais precisamente – após andar mais um pouco – diante do Phenom.