Capítulo 20

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Jimin: posso sentar ao seu lado? Fica mais fácil pra acompanhar no livro

Sem segundas intenções garoto? Deveria saber que você já me provoca apenas estando a minha frente, não precisa se encostar em mim. Se você sabe disso seu ego deve estar muito bem alimentado

Jimin: então eu vou ter que decorar esse frase toda?

Decorar não era bem o que eu gostava de ensinar mas nesse caso memorizar as etapas que dão origem a um coágulo é necessário

Eu: apenas memorize as fases: iniciação, amplificação, propagação e finalização. Procure entender como ocorre cada uma. Se tentar memorizar isso também vai acabar confundindo

Jimin: então me explica de novo de um jeito mais simplificado — meu aluno se aproximou mais do que antes encostando a coxa exposta na minha coberta por uma calça de couro

Tive que segurar a vontade de aperta-la. Não é nem um pouco moral apertar a perna de um aluno de 16 anos num lugar público e, principalmente, sendo casado. Mas por um momento eu pensei no nosso relacionamento que ia de mal a pior desde muito tempo e em como ela gostava de fingir que éramos o casal mais feliz do mundo pra todos. Veio a minha mente, também, em como esse garoto se esforça pra me deixar nervoso. Se ele soubesse que eu fico vermelho apenas ao olhá-lo, mais especificamente para sua bunda muito bem desenhada e esculpida cuidadosamente, nem se coçaria para me provocar

Ele estava muito perto. Seu perfume invadia minhas narinas, era um cheiro natural de sabonete de lavanda, parecia que não tinha usado perfume. Sua nuca estava bem perto de mim, como eu faço pra conter a vontade que eu estou de arranha-la?

O lápis que estava em sua mão caiu "acidentalmente" no chão do meu lado. Ele poderia ter me deixado pegar mas se não se deitasse sobre minhas pernas, incluindo uma parte muito sensível do meu corpo, não teria conseguido o que queria. Me deixar vermelho e nervoso e com o pai duro

Jimin: me desculpa, professor. Pode continuar

Eu: e-eu preciso ir ao banheiro

Jimin: posso ir também, estou um pouco apertado. Tom! Cuide mas nossas coisas por um instante, por favor — ele gritou o dono do estabelecimento. Não sabia que eram tão íntimos. Foda-se, eu tenho problemas maiores agora

Tom aceitou tomar conta dos materiais enquete íamos ao banheiro. Por que todos os meus pensamentos envolviam o Park nu embaixo de mim?
O banheiro era pequeno e iluminado com algumas Luzes roxas e azuis. Isso só deixava o ambiente mais erótico. Merda!

Entrei logo em uma das cabines mas achei melhor não tirar as calças. Esperaria que ele saísse pra tentar resolver meu problema. Pensei em fazer isso pensando na minha mulher mas cada vez que eu lembrava de seu rostos imaginava com outro. Eu imaginaria qualquer coisa mas não me permitiria pensar no Park

Houve um silêncio absoluto no banheiro e deduzi que tivesse saído dali. Eu estava errado. Quando sai da cabine pude vê-lo apoiado na pia de frente pra mim como se estivesse esperando que algo acontecesse

Eu: achei que tinha saído — minha tentativa de não parecer um adolescente nervoso e não gaguejar deu certo

Jimin: é que eu fiquei quietinho

Eu: eu vou só lavar minhas mãos e podemos voltar

Jimin: claro. Te espero aqui

Minhas pernas vacilaram por um segundo antes de eu andar até a pia. Era pra ser simples: ir até a pia, lavar as mãos, secá-las e voltar a mesa. O problema era que Jimin estava incluso o que tornava as coisas complicadas ao invés de simples. Tinha medo de minhas pernas não me levarem a pia mas sim ao Park e meus braços o encurralarem na parede. Era o que eu queria. Mas eu consegui não desviar meu caminho e chegar até a pia de mármore

Jimin: não tem sabonete aí — disse se referindo a falta do produto da pia que eu usava — Jimin: aqui tem — pegou um pouco do líquido verde e cheiroso no recipiente de outra pia. Ele poderia apenas derramar o sabonete na minha mão como eu pensei que fosse fazer mas acho que não teria graça pra ele. Ele enfrenou suas mãos com o sabonete nas minhas molhadas, lavando-as. Depois as guiou até a torneira e enxaguou. Eu não tinha nem forças pra afastá-lo, seu toque era bom demais. Pegou alguns papéis, que eu odiava usar ora secar as mãos mas era o que tinha, e com eles começou a secar as minhas mãos. Ele não faria isso se soubesse o que quero realmente fazer com ele, talvez não estivesse fazendo isso. Ou apenas continuaria até que eu fizesse

Jimin: prontinho — ele sorriu e me encarou com seus olhos irritantemente brilhantes

Chega!

Eu: chega!

Quando me dei por mim minhas mãos estavam em volta de seu rosto, ele encostado num canto da parede e a minha boca na dele. Não deu
Logo elas saíram se deu rosto e foram para a cintura. Eu as desceria mais, mais tarde. Sua língua brincava com a minha, ele deixava a entender que queria que eu chupasse a dele. Enquanto ele mordia meus lábios levemente, eu não me segurava e mordia com força. Sabia que seu lábio ficaria vermelho e inchado. Adoraria ver essa imagem e saber que fui o responsável

Eu poderia ficar sentindo-o assim de pertinho por horas e horas

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Eu poderia ficar sentindo-o assim de pertinho por horas e horas. Não me incomodaria. O fato de, naquele momento, eu não me importar com a aliança em meu dedo me assustava. Na minha família, casamento é para ser eterno. Meus pais deveriam dizer isso a Any tanto quanto diziam pra mim. Eles dicariam decepcionados mas eu não sentia nada além de excitação. Não pensava em nada além de "eu adoro toca-lo". Eu não lembrava de nada além do dia em que nos beijamos na minha casa, eu agradeço àquela queda de luz até hoje

Minhas mãos desceram para suas coxas. Elas haviam me chamado atenção desde que ele entrou aqui, finalmente pude descontar toda a minha vontade de aperta-lãs. Quando meus lábios saíram dos dele, eu os direcionei a pele sensível de seu pescoço. Eu estava de olhos fechados mas pude perceber que ele se encolheu quando beijei a região. Uma risadinha discreta e gostosa me alertou que ele sentia cócegas. Realmente adorável. Tão sensível ao toque que me dava ainda mais vontade de vê-lo se encolher ou se contorcer pelo prazer que eu lhe proporcionava

Suas mãozinhas pequenas e impacientes começaram a subir minha blusa na intenção de tirá-las. Levantei meus braços para que a tarefa se facilitasse. Assim que meu abdômen estava a amostra, Park passou suas unhas por toda a região. Meu corpo respondeu a suas atitudes instantaneamente. Cada pelo do meu corpo se arrepiou e eu o beijei mais uma vez com mais vontade do que nunca

Dei impulso para que ele envolvesse minha cintura com suas pernas e assim ele fez. O sentei na pia, que estava molhada, uma pena que eu tenha percebido só depois de já tê-lo colocado ali. Mas mesmo que eu tivesse visto antes eu, sinceramente, duvido que ligaria. Quando o coloquei sentado no mármore gelado, mais uma vez se encolheu, inconscientemente, por causa da temperatura perfeita pra equilibrar o calor de nossos corpos

Ter sexo com ele bem ali no banheiro me parecia uma ideia perfeita. Tudo se encaixava. O banheiro estava vazio e pelo visto o espertinho havia trancado a porta. O espelho atrás dele e na minha frente me daria visão de tudo. Sua boca cabia perfeitamente na minha. Tudo parecia certo. Mas não era. Quando lembrei quem era aquele que eu estava beijando, quando lembrei que era meu aluno de apenas dezesseis anos e eu um homem adulto de vinte e quatro anos, eu parei

Parei por que não podia fazer isso. Eu queria, queria muito mas não podia. A muito tempo não sentia o que eu senti com Park Jimin mas eu, simplesmente, não podia.

Jimin: o que foi?

Eu: nós...eu...eu não posso fazer isso

Hey prof... hey baby...Onde histórias criam vida. Descubra agora