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Narrado por Holland

Boate Dream 01:53 am

Passo pelos corredores da boate, indo até a sala de Peter.

Hoje eu vou dar um ponto final nisso, eu preciso.

Ando ouvindo barulhos desconfortantes de gemidos, e camas batendo na parede.

Chego em frente a porta, Respiro fundo.

É agora ou nunca.

Bato na porta, e escuto um 'Entre'

Entro e fecho a porta, o homem escrevia alguma coisa em um caderno, enquanto fumava um cigarro podre.

- Eu quero falar com você. - Ele para um minuto, e olha pra mim.

Ele está sério hoje.

-Você? - Arqueia as sobrancelhas.

- Senhor. - Falo com a voz carregada de nojo.

Ele relaxa sobre a cadeira, e cruza os braços.

- O que você quer?

- Eu quero que você me deixe ir embora. - Ele ri. -Por favor Peter, eu não aguento mais, eu sou agredida todo dia, eu sou usada...

- Você sabe Que é assim desde o início, você só piorou as coisas quando fugiu daqui. - Ele fala sério e rude. - Volte ao seu trabalho, eu não tenho tempo para suas besteiras.

Ele apaga o cigarro e volta a escrever.

Me viro indo em direção a porta, mas a frase que vem me matando durante um bom tempo, vem na minha cabeça:

" A Alisson não merece alguém como você na vida dela, ela merece uma família digna, não uma mãe prostituta... "

Me viro, e em passos muito rápidos dou a volta na mesa, puxo a mão de Peter o fazendo virar para mim.

- QUE PORRA....

- Me diga o que você quer para que eu possa ir embora e nunca mais volte para esse lixo, pra que eu quebre a merda desse contrato e que eu nunca mais tenha que olhar pra essa sua cara nojenta. - Em menos de segundos meu rosto sofre um impacto tão forte que eu me jogo contra a parede.

Como um cão furioso ele vem pra cima de mim. Me puxa pelos cabelos me forçando a ficar em pé e fecha a mãos em volta do meu pescoço me tirando do chão, eu me debatia tentando te soltar, meu corpo pedia urgentemente de ar.

Minha garganta estava fechada. Meus pulmões doem, como se eu fosse ferida por mil facadas.

Eu via fúria em seus olhos.

As lágrimas quentes, e grossas caíam pelas minhas bochechas.

Eu estou morrendo, lentamente e gradativamente.

- Sua vadia, você está falando comigo, e não com aquele cara que você estava, mas uma palavra e você sabe os que acontece. -Ele me solta, e eu caiu no chão, procurando ar, eu me engasgava, essa era com certeza uma das piores sensações da minha vida. - Eu já sei o que posso fazer por você, 2 mil programas, eu quero que você faça isso em um mês, então você sai daqui sem dever nada, e eu nunca mais que procuro.

O ar começava a se fazer presente no meu corpo.

- Levante e saia. - Quase sem forças eu consigo me levantar e sair apoiada pela parede.

Eu nunca vou sair daqui, nunca vai haver uma solução, talvez tenha, talvez eu seja obrigada a fazê-la.

[...]

Prometa NÃO se Apaixonar. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora