Prólogo: cidade ou país qualquer:
O telefone que está em cima da mesa do escritório tocou, com uma das mãos grandes e fortes retirou do gancho e uma voz masculina atendeu autorizando a entrada da pessoa que está do lado de fora aguardando. Levantan...
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Madrugada de quinta...
Cansados de discutir e tentar salvar o casamento falido, a mulher está na sala de televisão sentada em um canto qualquer do sofá olhando para o teto com os seus olhos com a cabeça inclinada para cima enquanto que o ex-marido está no quarto terminando de arrumar as malas para sair de casa. Passando pelo local empurrando as bagagens nas alças nas respectivas mãos a voz exaustada perguntou sem olhar para a cena:
- Para onde você vai?
- Esta casa será sua, não se preocupe depois iremos cuidar disso. - Indo para a porta principal da casa.
- Ela se levantou do sofá e ficou parada. - Responda a minha pergunta.
- Deixando as malas no local, o homem virou-se para ela respondendo de uma forma áspera e agressiva. - Quer saber para onde eu vou? - De um lugar que eu nunca deveria ter saído.
Assim que a porta foi fechada um objeto de vidro fora atirado e quebrando-se em mil pedaços, do lado de fora podia se ouvir o barulho do carro partindo deixando apenas a ex-esposa sozinha na residência e com uma companhia que o jovem homem aprendeu muito bem nos últimos tempos, o silêncio.
Escola de fotografia, Osaka...
Depois de organizar o material para a aula desta noite, Kira sentou-se na cadeira em frente da mesa do professor e começou a mexer no seu celular com uma das mãos enquanto aguardava a chega dos alunos e de repente:
- Querido? - Parada no vão da porta da sala de aula e segurando as alças da bolsa com uma das mãos.
- Ianinha. - Deixando o objeto em cima da mesa e olhando para a esposa com um belo sorriso no rosto.
- Assim que se aproximou ela ficou parada na frente dele colocando a bolsa em cima da mesa com a mesma mão que carrega e dera um belo beijo apaixonado nos lábios dele. - A aula de hoje irá demorar?
- Não, hoje será apenas teoria e você sabe muito bem que eu gosto de fazer duas semanas de teoria e duas semanas de aulas práticas. - O quê foi? - Olhando-a com certo ar de dúvida.
Sentando em uma cadeira qualquer, a bela mulher encostou a cabeça na parede e suspirou profundamente. O fotógrafo mais "badalado" já imaginava o quê seria e também sentou em uma cadeira de frente para a sua eterna menina:
- É saudades dele não é amor? - Colocando a mão direita no rosto delicado dela.
- Sentindo e olhando com os olhos cheios de lágrimas. - Kira, faz 2 anos e sinto muita saudades dele. - Abraçando-o tentando não chorar.
- Oh minha menina mulher, o Kenzo te amou como se fosse a filha dele. - Não fique assim. - Beijando uma das bochechas da amada com os seus lábios.
