Capítulo 1

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Kagome
- mana, estou com fome. – disse minha irmãzinha Korraru de oito anos de idade vindo correndo e se sentando para o café da manhã antes de ir para a escola.
- já imaginava. – disse sorrindo, coloquei a sua frente uma fatia de pão com margarina e um suco de laranja um pouco fraco. – desculpe pequena, mas por agora é só o que posso lhe dar. – disse um pouco triste. Já estávamos nessa a um mês, mal tínhamos o que comer e o aluguel estava a cada dia mais atrasado.
- não tem problema mana, eu gosto assim. – disse animada passando a comer aquele pão sem graça. – estou ansiosa para a minha aula hoje, teremos um novo professor e três novos colegas. – disse de boca cheia me fazendo rir.
- não fale de boca cheia. – a repreendi, ela sorriu sem graça. – que bom, espero que se comporte bem na escola. – pedi e ela assentiu já se levantando e pegando sua mochila.
- já estou pronta. – disse me esperando na porta, peguei um casaco e a segui para fora, juntas fomos até a entrada de sua escola aonde as professoras costumavam receber seus alunos. – tchau mana. – se despediu me dando um abraço.
- tchau, me espere que virei buscá-la. Não saia sozinha por aí e nem com estranhos. – disse e ela assentiu para logo depois correr para dentro da escola.
- senhorita Higurashi. - chamou-me alguém, me virei vendo a diretora da escola de Korraru.
- diretora Young, como vai? – perguntei por educação.
- estou bem. Que bom que ainda não foi, precisava mesmo falar com você. – disse sorrindo gentilmente.
- Korraru fez algo errado? – perguntei e ela negou com a cabeça.
- não, Korraru é um exemplo para as outras crianças. O problema é que em breve será a excursão das crianças para uma cidade vizinha e os pais estão ajudando com a viagem, sei que para você é difícil já que perdeu seus pais e agora tem de cuidar de sua irmã sozinha, mas essa viagem ao museu seria uma inspiração a Korraru. – disse a diretora, ela sabia que eu não teria dinheiro agora e mesmo assim me cobrava constantemente dinheiro.
- eu verei o que posso fazer diretora Young. Preciso ir agora. – disse me despedindo antes que ela viesse com mais um sermão para o meu lado.
Sai andando para longe da escola sabendo que a diretora ainda mantinha seus olhos em mim. Na verdade os últimos três anos estão sendo um verdadeiro desafio para mim, cuidar de Korraru sem meus pais é mais difícil do que parece, até mesmo meus estudos eu tive de abandonar para poder cuidar dela.
Não culpo Korraru por nada, na verdade ela é a minha alegria. Minha única família e que me faz continuar lutando desde que nossos pais morreram em um assalto ao banco que trabalhavam. Korraru e eu ainda tivemos sorte por temos recebido um seguro para nós mantermos, mais esse dinheiro acabou a três meses e eu mal estou conseguindo emprego.
Olhei para os lados vendo um anúncio em um restaurante fino, provavelmente aonde as famílias ricas vem ostentar seu dinheiro e terem um jantar prazeroso. Me aproximei para ler o anúncio.
“Estamos em busca de assistente para cozinha. Exigência é que seja homem e disposto ao serviço, não é preciso ter experiência, que tenha disposição nos horários de pico e seja pontual. Interessados por favor procurar o gerente no restaurante...
Restaurante Bistrô Taisho’s”
Aquela era uma boa oportunidade de emprego, o único problema é que eu não era um homem. Eu já estava desesperada e não poderia deixar Korraru ficar sem ir na excursão que valeria pontos e nem deixá-la passar fome. Estava decidida, dei as costas ao restaurante e segui para casa com um único pensamento.
“esse emprego será meu.” – pensei determinada.

Sesshoumaru
- faça seu trabalho direito. Estamos servindo pessoas importantes e não mendigos. – disse frio para o meu funcionário.
- sim, chefe. – respondeu se curvando e recomeçando seu trabalho.
Eu sou Sesshoumaru Taisho, o cozinheiro chefe do restaurante Bistrô Taisho’s. Sou rico, bonito, frio e um youkai poderoso. Muito poucos sabem que este Restaurante Bistrô me pertence já que passo boa parte viajando e me aperfeiçoando para trazer pratos ainda mais sofisticados e deliciosos.
Mas manter este restaurante com pessoas tão incompetentes está sendo ridiculamente difícil, faço todo o trabalho e eles estragam tudo. Deveria ter recusado a proposta de meu pai de sossegar e trabalhar em seu Restaurante, deveria ter aberto o meu próprio e escolhido a dedo os meus funcionários.
- Sesshoumaru, tenha calma. – pediu meu pai assim que me viu sair da cozinha.
- por que só contratou gente desqualificada? Deveria ter colocado mais exigências na hora de solicitar novos funcionários, ainda mais com essas mulheres estúpidas que choram por qualquer coisa. – disse frio.
- hoje você pode dar a lista de quem quer demitir, já coloquei um anúncio desejando novos funcionários homens. Assim você poderá lidar com eles facilmente. – disse meu pai, até que enfim uma ideia sensata.
- está bem. Irei fazer a lista imediatamente. – disse lhe dando as costas. Assim que entre na cozinha vi as mulheres colocando fogo nas panelas e outras chorando por terem feito algo errado.
Suspirando peguei meu bloco de notas e coloquei o nome de todas e de alguns homens que estavam a me atrapalhar por ali, assim que terminei mandei entregar a meu pai e voltei a meu serviço naquela noite.
No dia seguinte cheguei ao restaurante cedo para receber a seleção de ingredientes frescos para o almoço do dia, entrei no restaurante e vi os poucos que sobraram limpando o lugar cuidadosamente. Segui para a cozinha podendo finalmente ter um momento de relaxamento antes de começar a agitação.
Horas mais tarde meu pai entrava na cozinha acompanhado de um homem baixo, cabelos curtos, olhos azuis escuros, pela clara e parecia tão macia. Magro com roupas um pouco largas e velhas, suspirei, meu pai só sabia escolher pessoas decadentes.
Mas o cheiro daquele rapaz me deixou curioso, ele não tinha um cheiro másculo, seu cheiro era de Sakura com jasmim. Seu sorriso era de alguém que estava realizado e tão feminino, tem alguma coisa nesse rapaz que não se encaixa.
- Sesshoumaru meu filho este é Kay, ele vai trabalhar como assistente de cozinha e ajudará no que for possível. – disse meu pai colocando a mão no ombro do rapaz.
- prazer senhor Taisho, darei o meu melhor. – sua voz não era tão grave como deveria, na verdade era doce e suave, arqueei uma sobrancelha.
- seu nome é Kay certo? – questionei e ele assentiu. – você será meu aprendiz a partir de hoje. – disse firme vendo meu pai dar um pequeno sorriso.
- sim chefe. – disse fazendo uma reverência.
- venha, irei lhe levar para se trocar. – disse já dando as costas, ele me seguiu, assim que chegamos ao vestiário fui selecionar um dos uniformes que poderia servir a ele e lhe entreguei. – deve se trocar e usar este uniforme sempre que estiver trabalhando, você ganhará um extra para poder estar sempre com o uniforme limpo. – disse e comecei a retirar minhas roupas, afinal eu também precisava vestir meu uniforme de chefe.
Assim que fiquei nu olhei para meu novo aprendiz o vendo corado. Não entendo por que minha fera se agitou ao ver aquele rapaz corado, por que sinto tanta curiosidade sobre ele? Decidi afastar estes pensamentos e colocar minha roupa.

Notas da autora

Olá amores, eu finalmente voltei com mais uma fic desse casal que tanto gosto
Gostaria de agradecer a minha amiga Anete12348 por fazer a capa e me dar essa ideia incrível, você é demais

Espero que vocês gostem
Kiseu 😘😘😘

Me Apaixonei Pelo Meu AprendizOnde histórias criam vida. Descubra agora