Minha Vingança.
Safira é vítima de abusos constantes, sofridos por seu padrasto Nicolas, e apesar desse trauma, cria em sua mente uma visão distorcida da realidade.
Sendo uma menina ingênua, doce, Mas pervetida, Safira, faz tudo por amor a famíli...
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No quarto do hospital, já acordada lancei um olhar para o lado direito e arqueio as sombracelhas ao notar um lindo garoto com feições encantadoras.
Acho que morri, por que só isso explica o que vejo. _ O meu anjo tem cabelos castanhos claros extremamente lisos e curtos, combinando com o tom de sua pele clarinha,músculos avantajados e bem distribuídos, tinha em média um metro e oitenta.
Nossa senti meus braços arrepiarem quando o seu olhar bateu no meu. _ Seus olhos são tão azuis quanto o céu.
Um sorriso lindo surgiu nos seus lábios carnudos. Ao ver que eu fui descoberta, simplesmente fiz uma cara de assustada. E ele prontamente se aproximou de mim, pondo uma de suas mãos na minha testa.
_ A febre cessou. _ Diz animado, arrancando de mim, um suspiro de alívio e nem sei por que fiz isso, me senti uma completa idiota, ninguém morre por uma simples febre. _ Você lembra por que foi trazida para o hospital?
Soltei a respiração aos poucos, procurando na memória minha última lembrança e infelizmente lembro, com ricos detalhes.
Balançoa cabeça em afirmação.
_ Você pode me dizer o que aconteceu?_ Perguntou, enquanto tirava minha pressão, mas noto que ele não tirava os olhos de mim.
_ Eu não quero falar sobre o que aconteceu. _ Sinto um vazio enorme só de pensar. _ É tudo ainda muito confuso.
Ele assentiu, apertando meu ombro com cuidado.
_ Tudo bem._ Fala compreensivo, brotando um lindo sorriso no canto da boca.
Nossa como ele é perfeito._ Penso_ Desvecilhando esse pensamento, ao arfar.
Sabendo que minha resposta tinha o decepcionado, pela maneira que ele saiu do meu lado. Passei parte do tempo encarando suas costas, mas não vi nenhuma asa . _ Será que elas estão ocultas?
_ E-Eu, não entendo. _ Meus olhos se enchem de lágrimas e minha cabeça começou a doer com muita intensidade, pus as mãos na cabeça tentando amenizar a dor. _ Pensei que depois que morresse Jesus estaria a minha espera..._ Digo com a voz embargada. _ Não um anjo.
O dono dos lindos par de olhos azuis riu alto, deixando de lado um prontuário e vindo até mim, vejo que ele ficou envergolhado, suas bochechas coradas o entregaram.
_ O- O que te faz achar que sou um anjo? _ Perguntou carinhosamente, tentando não rir.
Me encostei na cama, pensativa, pisquei os olhos várias vezes, mas não conseguia lembrar de nada a não ser de uma mulher chamada Ana, e de ter discutido com alguém e o resto se resume num clarão.
_ Eu não morri._ Concluo, sentindo uma pontada forte na cabeça. _ Mas o que aconteceu?
Sinto os seus braços fortes me envolver num abraço caloroso.
