Capítulo Dois

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13 anos atrás.

Os olhos pequenos do Min mal se abriram de tão inchados que estavam e, por mais que chorasse, a angústia que sentia em seu peito só aumentava. Odiava os domingos, pois neles os seus tios o obrigavam a ir à igreja, e período entre às 8:00 hrs e 11:00 hrs da manhã era, para o baixinho de cabelos pretos, o próprio inferno na terra.

Ao contrário do que possam pensar, Yoongi não odiava o local por lá ser propagada a palavras de Deus, mas sim por seus seguidores, que usavam interpretações desta para legitimar o seu ódio e preconceito pelo diferente. Então, sim, odiava ter que sentar naquele banco duro por três horas e ter que escutar o quão impuro, doente e promíscuo eram os seus desejos ocultos por Jungkook.

Quando era mais novo, aos doze anos, rezava toda noite para tirar aqueles pensamentos de si. Pois toda vez que Jungkook resvalava as mãos nas suas, imagina as suas mãos entrelaçadas; quando ele lhe abraçava, desejava poder ficar o dia todo dentro daquele abraço, sentindo o seu calor e seu cheiro; e quando o moreno sorria pra si, ah, Yoongi morria de vontade de grudar os lábios nos do maior.

Mas Deus não tirou seu desejo, e agora, aos 14 anos, sentia-os cada vez mais fortes e aquilo estava o sufocado. E doía escutar todas aquelas ofensas de todos ao seu redor: pastor, prima, tios, amigos... todos em consonância repudiavam o que Yoongi era, mas o que mais doía era não ter Jungkook, talvez, se eles segurasse a sua mão, se tornasse mais fácil respirar...

- Hyung? - Yoongi escuta a voz melodiosa de Jungkook e seu coração tolo já começa a palpitar. - Por favor, abra a porta. - o baixinho podia escutar o tom de preocupação na voz do garoto. - Tio Hyunwoo disse que você não comeu nada desde que chegou da igreja, e agora já são sete horas da noite, Yoongi.

- Vai embora. - dá a mesma resposta que deu pra Yerin e seus pais.

- Não! - retruca. - E, se você não abrir, vou passar a madrugada na sua porta.

Após a resposta do mais novo, Yoongi vai abrir a porta, mesmo que a contragosto, no entanto, sabia que, se não fosse abrir, Jungkook realmente dormiria ali, ele era bastante teimoso.

- Entra. - diz ao abrir a porta e ver Jungkook e Yerin na porta. - Mas apenas você. - se vira entrando no quarto.

Ao escutar a fala do primo, Yerin se levanta batendo os pés até o quarto. Odiava quando Yoongi e Jungkook a excluíam e, por mais que sua mãe dissesse que era normal, afinal, eles eram homens, tinham mais assuntos em comum, a Kim não gostava nem um pouco, eles três tinham combinado de ser um trio.

Ao entrar no quarto todo escuro, Jungkook põe a bandeja na mesa do computador de Yoongi, o Jeon conhecia aquele quarto tão bem quanto o seu. Afinal, eles e Yoongi ficavam tão juntos que só faltava se fundir um no outro, por mais que Jungkook também amasse Yerin, não se comparava à amizade que tinha com Yoongi, pois, por muitas vezes, o maior se pegou pensando no baixinho ao dormir, ou sentia vontade quase que vital de o ter por perto e arrancar um sorriso seu, e quando Yoongi sorria, seu coração acelerava em um ritmo que o Jeon sabia que não podia ser normal. Mas tudo bem, eles eram amigos, era natural ter esses sentimentos intensos, não era?

- Hyung? - chama Yoongi que tinha voltado a se deitar na cama, só que desta vez estava coberto dos pés a cabeça. - O que houve? Por que se trancou no quarto? Por que não visualizou minhas mensagens?

- Eu apenas estou cansado. - fala com apatia.

Esconder o que era, ultimamente, parecia lhe sugar sua força vital.

- De quê, Yoongi?

Jungkook já estava ficando verdadeiramente assustado, por isso ligou a luz e correu até o mais velho, o puxando de debaixo das cobertas, logo o abraçando em seguida. Estranhamente, ter o corpo de Yoongi colado ao seu diminuía sua ansiedade.

Amor Marginal - MYG e JJkWhere stories live. Discover now