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19 de julho, 2019.

Ás vezes, eu me pego imaginando como seria eu não ter nascido.

Talvez as pessoas que me conhecem fossem mais felizes, talvez a minha mãe tivesse tido outro filho ou filha e meus irmãos alguém melhor pra conversar e conviver.

Ultimamente, minha vida tem sido bastante duvidosa.

Eu não sei o que eu quero, ou no que eu acredito ou no que eu preciso. E isso é bem ruim, entende? Porque viver com dúvidas é uma das piores coisas que podem acontecer. 

Eu sei lá... Eu só acho que não faço falta nesse mundo.

Afinal, quem eu sou? Apenas uma entre 7 bilhões de pessoas, nascida em um lugar não muito conhecido, porém perigoso. Com uma família que desconta todas as negatividades em cima do primeiro que aparece e que não consegue ou não quer confiar 100% em ninguém.

E é aí, que está algo interessante, talvez, na minha vida.

Eu não consigo e nem quero confiar plenamente em uma pessoa.

É como se existisse um bloqueio que eu tenha colocado lá por segurança.

''-Segurança contra o quê?''

Pessoas.

Pessoas podem ser piores que predadores naturais. Podem atacar no seu ponto fraco ou fazer você ter uma infelicidade que anda com você até a data da sua morte. 

Não vamos ser injustos. Existem pessoas (muito bem escondidas) que são boas e verdadeiras.

Mas, até você achar alguém assim, é exaustivo. Você vai passar por tanta gente que apenas finge que é boa e vai se magoar TANTO, que pode acabar se cansando. E pode acabar criando uma barreira.

Então, vou explicar apenas uma coisa: não criei a barreira propositalmente. Ela se formou sozinha. É como se ela tivesse vida própria. E quem sou eu pra tirar a vida de alguém?

Até a próxima, ou não.

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