CAPÍTULO 4

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— Que bom que vocês vieram. — Evelly nos recebeu com abraços apertados e beijos no rosto. — Entrem!

O apartamento era bem espaçoso, havia quatro sofás posicionados em forma de quadrado com um espaço no meio onde se concentrava uma mesa com alguns livros em cima.

— Meninas essa é minha sogra Odét. — Nos apresentou a senhora, que assim que entramos, surgiu na sala. Não me lembrava de tê-la visto na noite do noivado.

— Ingrid Castilho. — Beijou a mulher no rosto. Essa minha amiga era muito folgada.

— Muito prazer, estou encantada. É bom tê-las aqui. Ah, você é a famosa Isabella. — Se dirigiu a mim.

— Famosa eu não sei, mas me chamo Isabella Thompson. — Estendi minha mão sentindo aquele maldito aperto no peito ao pronunciar meu nome. A mulher não correspondeu ao cumprimento de longe, ela se aproximou e me abraçou forte, como se pudesse sentir a dor que se instaurou em meu coração.

Esforcei-me para não desabar
em um choro profundo, olhei para Ingrid pedindo socorro.

— Ah, eu quero um abraço também. — Ela abriu os braços e esperou que Odét fosse até ela. Somente essa minha amiga para me fazer querer rir numa situação daquelas. Evelly torceu o nariz olhando as duas, mas logo um sorriso falso moldou seu rosto. Assim que as
duas se separaram, os dois irmãos adentraram a sala com Ricardo ao
lado.

— Olha que surpresa boa. — Ricardo reversa o olhar malicioso entre nós duas. Felipe vendo sua expressão, se adianta vindo nos cumprimentar.

— Vamos nos assentar — convidou Odét. Acomodamo-nos e então Felipe se dirigiu primeiro a Ingrid.

— Seja bem-vinda — disse sorridente.
Ingrid fechou a cara e lhe dei uma cotovelada.

— Obrigada. — Foi o que respondeu em seguida.

— Felipe, que bom te ver. — Me levantei para abraça-lo. Como se fosse um imã, meu olhar foi atraído para o de André, que engoliu em seco. Evelly se achegou ao seu lado, segurando em suas mãos. Desviei
o olhar, desfazendo o abraço.

— Quando Evelly contou que vocês viriam, fiquei contente. — Expos ficando entre Ingrid e eu.

— Ingrid, Isabella já conhece, mas você ainda não. Esse é André, meu noivo. E esse é meu irmão, Ricardo. — Apontou para os dois que estavam ao seu lado.
Ingrid cumprimentou os dois com um ar profissional, era a postura que assumia quando não queria demonstrar seu descontentamento.

— Que bom revê-la, Isabella. — André me cumprimentou, mas não levantei como fiz com Felipe. Apertamos nossas mãos rapidamente e isso foi o bastante para me fazer sentir vergonha.

— As brasileiras são as mulheres mais lindas do planeta, isso não é uma teoria, acabei de comprovar que realmente é uma afirmação concreta. Estou encantado! — As palavras de Ricardo pareciam ser um elogio, um elogio que não queria estar incluída.

— Mas eu não! — Ingrid soltou. — Estou brincando, somos cheias de graça também. — Disfarçou bem e aceitou o cumprimento de Ricardo. Felipe segurou o riso, olhando para a cerâmica de porcelana.

— Isabella. — Acenou com a cabeça e se assentou ao lado de Evelly.

— Meninas, essa reunião é para aprendermos mais sobre o
nosso Deus, para compartilharmos o momento entre família. Vocês são
cristãs? — Odét era uma mulher que transmitia paz e discrição, mas
nesse ponto foi direta ao assunto. Olhei para Ingrid, que estava com expressão de desespero, assim como eu, se sentindo um peixinho fora d'água.

— Não! — Respondemos ao mesmo tempo.

Ele Nunca EsqueceuOnde histórias criam vida. Descubra agora