CAPÍTULO 5

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— E então? — Eles morderam a isca? — Ingrid questionou após mim.

— Eles estão lá agora. — Felipe engoliu em seco. As câmeras transmitiam ao vivo tudo para o celular do Felipe através de um aplicativo.

— Isso não é o tipo de coisa que se faça com um irmão, não — Ingrid comentou baixinho ao vermos as cenas quentes ao vivo e a cores.

— André acha que ela ainda não chegou e está feito um bobo esperando no saguão. — Felipe se recusou a olhar as cenas.

— E agora? Já temos a prova, como iremos contar? Ele vai ficar arrasado. Ele a ama, Felipe — lamentei deixando o celular de lado.

— Se vocês quiserem eu falo. Ele precisa saber da verdade, se coloquem no lugar dele — Ingrid pediu. O celular de Felipe tocou e ele arregalou os olhos. — Oi?... Estou no quarto da Isabella... Deixa de graça... Estou te esperando. — Ele está vindo pra cá? — arranquei minha unha com os dentes, Ingrid me olhou estranha.

— Que foi? Estou nervosa, estamos prestes a destruir um relacionamento de anos, um noivado, e você quer que eu fique como? — questionei com as mãos na cintura.

— Relaxa! — aconselhou.

— Vamos levá-lo até lá? Ou mostramos a gravação? — Felipe andava em círculos e comecei a fazer o mesmo. — Não! — A loira exclamou. — Vamos descer e encontrá-lo antes que chegue nesse andar. Vamos fingir que não sabemos de nada, depois que a... que terminar, vamos deixá-lo se encontrar com ela e contaremos tudo para sua mãe. Ela é muito sábia e com certeza vai saber lidar com essa situação melhor que nós.

— Ingrid está certa — admitiu Felipe.

— Sempre! — sorriu convencida.

— Então vamos antes que ele chegue. — A campainha tocou e nós três nos assustamos.

— É tarde demais! — abri agindo normalmente. — Ingrid, seguida por nós, foi até a porta.

— André? Que surpresa — abraçou-o e ele ficou sem reação.

— Felipe não avisou que eu viria?

— Claro, avisou sim — respondi. Ele estava mais bonito a cadadia.Como aquela megera tinha coragem de trair um homem desses?

— Estamos indo para o restaurante, você nos acompanha? —Felipe perguntou ao irmão.

— O gene dessa família é bom, né? — Ingrid avaliou os dois.Revirei os olhos e não disse nada.

— Vamos, pelo menos estarei lá no primeiro andar quandoEvelly chegar.

Droga! Os olhos dele tinham que brilhar tanto assim?Não comentamos nada ao ouvi-lo citar o nome dela, seguimospara o elevador, mas André insistiu para seguimos pelas escadas,fazendo gracejos com nosso sedentarismo.

— Já que não querem ir, vou pela escada e vocês vão deelevador. Encontro oas três lá embaixo. — despediu-se após tentar nosconvencer, como não obteve resultado, seguiu sozinho.

— E se eles fizerem barulho demais e o André ouvir?

— Não há hóspedes naquele corredor, deixei avisado que ascâmeras estão desativadas e lá está interditado. — Felipe passou asmãos pelo cabelo.

— É melhor irmos atrás dele. — Ingrid completou e andamosapressados.

— Mudaram de ideia? — perguntou sorrindo de um jeito doce eencantador.

— Sua companhia é tão necessária como o ar que respiro —Felipe ironizou.

A tensão ficou palpável ao fazemos a curva que ficava entre ocorredor do meu quarto passando para a área onde estavam ascâmeras desativadas. André caminhava na frente e nós três atrás, umdo lado do outro. André parou e nos encarou com o olhar questionador.

Ele Nunca EsqueceuNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ