□ Capítulo 28 □

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KIM SEOKJIN

Chutes e socos eram distribuídos em repetidas vezes em meu pelo mesmo garoto, enquanto outros quatro batiam em Taehyung.

Eu podia escutar Taehyung gemer de dor e pedir para que parassem ainda meio sem forças, aliás ele estava embriagado e apanhando.

A dor presente em meu corpo, apesar de parecer estar me matando, não importa. Não é como se isso nunca houvesse acontecido.

Não é a primeira vez.

Agora Taehyung... Taehyung estava apanhando de quatro garotos.

Os socos pararam e eu já não podia sentir muita coisa do meu corpo, que agora estava estirado no concreto gelado da calçada, totalmente dormente.

— Tá vendo seu amiguinho viadinho? Então. — o garoto de cabelos pretos que havia me batido se afastou parando ao lado dos seus colegas que batiam em Taehyung. — Calma calma, ele é bonitinho, tenho uma ideia melhor, muito melhor... — o tom malicioso na voz do garoto me fez estremecer.

Mesmo sem resultados, tentei me levantar, e impedir que os garotos rasgassem a camisa de Taehyung. O que não deu certo.

Eu pude ver a infeliz e nojenta cena onde os garotos distribuíam beijos no corpo de Taehyung, onde o beijavam sem sua permissão e judiavam de seus lábios.

Suas bocas nojentas encostavam em Taehyung que tentava se soltar de todos, sendo totalmente em vão.

— Você gosta de dar né seu viadinho de merda? Que tal você fazer um serviço pra mim rapidinho hein? — um garoto alto e magro, passou a desfivelar seu cinto.

Eu não posso permitir que eles toquem em Taehyung dessa forma, não posso permitir que eles abusem de Taehyung como eu fui.

Falhas atrás de falhas eu não conseguia me mover.

O peso da realidade, o choque de ambos tempos presentes, me deixava incapaz de completar ou fazer alguma coisa.

— Por favor, por favor deixe-o em paz, não toque nele, por tudo que é mais sagrado em sua vida — deixei que as lágrimas escorressem de meus olhos, chamando a atenção de todos pra mim. — Deixe-o em paz, eu te dou meu celular, meu carro, tudo, mas deixe ele em paz — implorava, sentindo a culpa pesar em minha consciência.

Minha cabeça parecia que iria explodir, tudo estava um completo barulho.

— Vocês são tão patéticos, aberrações que vão queimar na porra do inferno.— o mesmo garoto que havia me batido, deu um forte chute em meu estômago, me fazendo cuspir todo o sangue já presente em minha garganta. — Nós não vamos comer seu amiguinho não. Vou deixar que outras pessoas façam isso, aliás é pra isso que ele ou raça como a de vocês servem. Pra dar, dar e passar doenças. Ratos nojentos miseráveis. — eu podia ver o ódio presente em seu olhar, o nojo que ele sentia era explícito.

— Se um dia vocês dois cruzarem meu caminho de volta, eu termino de quebrar suas pernas e vou foder tanto com seu amiguinho que ele vai esquecer a porra da aberração de nome dele. — eu já não me importava com quem proferia as palavras.

Apenas eram pessoas sem amor no coração, pessoas que deixam que o ódio tome posse de seus corpos, onde não há alma presente, apenas ódio, odio.

— Aberrações do caralho. — mais um chute foi dado em mim, antes de cuspirem e se afastarem.

Ao passarem por Taehyung deixaram mais um beijo, seguido de uma agressão.

Com a visão ainda meio turva, os vejo se afastarem, rindo alto.

O que fazer quando é preciso agir o mais rápido possível, porém você se sente perdido? Caindo em um abismo.

As lágrimas voltaram, mais grossas, mais dolorosas.

Colocando todo o peso de meu corpo sobre minhas mãos, consegui levantar, sentindo todos os meus ossos doerem.

Minha cabeça parecia que iria se deslocar e cair de tão pesada e insana que estava.

Quando cheguei em Taehyung, sem hesitar o peguei no colo, mais um vez despertando dores insuportáveis por todo o meu corpo, me fazendo soltar um alto grito de dor.

Com Taehyung no colo, atravessei a rua e entrei em meu carro que por sorte não foi levado.

O coloquei deitado no banco de trás e me apressei em ir para o banco motorista dando partida

[...]

Após limpar todos os machucados do corpo de Taehyung, me afastei do mesmo, olhando todos os hematomas deixado pelo grupo de garotos.

Fui até o banheiro, deixando água morna mais pra gelada, encher a banheira.

Como a calça de Taehyung já estava meio aberta, foi mais fácil de tira-la por mais apertada que fosse.

Taehyung estava apenas de boxer e eu fiz o mesmo.

Assim que a banheira estava cheia, peguei Taehyung no colo, que deixou escapar um grunhido de dor de seus lábios maltratados pelos garotos de outrora.

Coloquei Taehyung na banheira, sentado porém segurando suas costas para que não caísse.

Me sentei atrás de Taehyung, deixando o mesmo ficar entre minhas pernas.

Suas costas se encostaram em meu peitoral, automaticamente deixando sua cabeça pender para trás, onde eu a coloquei já curvatura do meu pescoço.

A água era relaxante, mas não deixava de ser dolorosa para as feridas abertas.

Deslizei minha mão pelo braço roxo de Taehyung, até chegar em suas mãos, tocando seus finos e longos dedos, os levei até meus lábios, dando leve selares antes de os soltarem na água novamente.

Agarrei a cintura de Taehyung e afundei meu rosto em seus cabelos.

Meus olhos começaram a arder, minha cabeça ainda permanecia barulhenta.

— Me desculpe... Me desculpe. — as lágrimas agora caiam com precisão.

Taehyung havia sido machucado eu não pude impedir.

Taehyung passou por algo parecido com o qual eu passei.

Taehyung não podia se esconder atrás de personagens, não podia fracassar como eu fracassei.

Taehyung não poderia abaixar a cabeça para as pessoas que lhe apontarem o dedo como eu baixei.

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Os votos estão caindo, espero que não esteja decepcionando vocês, juro que farei meu melhor para capítulos bons virem com mais frequência, me desculpem 🙏🏽❤

Como vcs estão meus anjos?? Sejam sinceros por favor ok?

Eh isso, amo vocês, até o próximo capítulo ❤❤❤❤




Just Me and You 》 TaejinWhere stories live. Discover now