❃002

4.2K 246 28
                                    

GILINSKY, Margot

Revirei os olhos tentando não cometer um assassinato. Minha melhor amiga estava me empurrando para onde meu irmão e seus amigos estavam, fato: para tentar ajudar Nate.

O que eu não faço por comida, Deus?

- Ei...vamos conversar - puxo Nate até um quartinho do zelador - Soube que você tá muito triste e que precisa de ajuda, sabe? Pra esquecer aquela garota.

- Não preciso da sua ajuda -

- Meu irmão me disse-

- Eu não estou pedindo sua ajuda e pouco me importa o que seu irmão te disse, garota. Será que entendeu ou preciso desenhar? - ele cruza os braços possivelmente irritado

- Vai tomar no seu cu, Nathan. Eu só tô fazendo isso porque eu fui obrigada, mas se o "pegador da escola" não quer ajuda, quem sou eu pra julgar o do cérebro pequeno, né? - sorrio cínica, eu que não iria sair por baixo nessa - Nossa conversa ainda não acabou.

- Se depender de mim, ela acabou sim. - ele diz abrindo a porta e começando a andar até a sala

O garoto chato!!!

Saio da salinha e arrumo minha bolsa andando até a sala de aula, enquanto pensava em como fazer Nathan parar de ser cabeça dura. Parem de ser maliciosos!

Recebi olhares da turma e, principalmente de Alissa. Nego revirando os olhos fazendo a menina bufar e cruzar os braços, me sentei no lugar de sempre e abaixei a cabeça.

- Seu amigo é simplesmente um babaca - aponto para Alissa que faz cara de debochada

- Tá falando de quê? Margot, por favor, ajuda o Nate! Por favor! - ela junta as duas mãos em suplica e bufo escrevendo um "me encontra atrás da escola na saída" em um papel e o embolando

Cutuco Nate várias vezes, até o mesmo olhar para trás pronto para me esmurrar quando eu lhe entrego o papel. Ele me encara confuso e se vira abrindo o papel.

- Tem alguma coisa importante aí senhor Maloley? - o professor abaixa o óculos e Nate nega

- Não professor, é que a Margot me pediu para jogar esse papel fora, mas eu fiquei curioso e o abri. É um dos desenhos dela, que por sinal é muito bonito. - ele fala a última parte mais baixo, porém, eu escutei.

- Então me mostre, Maloley.

Nate se levanta e mostra a parte ao contrária da folha, onde estava o meu desenho do spider-man. Fechei meus olhos com força tentando impedir os gritos do professor ao perceber que tinha alguma coisa atrás, mas não veio nada.

- É um desenho realmente incrível senhorita Gilinsky, mas por quê iria jogar fora? - ele cruza os braços

- Não achei que ele estava tão bom assim - dei de ombros ainda de olhos fechados

O professor então não disse mais nada. Ouvi os passos de Nathan indo até a lixeira e depois voltando para o seu lugar, e depois de alguns minutos o professor iniciou sua aula.

- Eu já disse que não, qual o seu problema em ouvir um não? - o garoto cruza os braços visualmente irritado

- Qual o seu problema?

— Você é louca ou o que?

— hmmm, ou o que! — sorrio debochada fazendo Nathan revirar os olhos e se escorar na parede — Você é um garoto apaixonado que precisa de ajuda ou apenas um drogado que não quer ajuda e não sabe levar um fora? — pergunto me aproximando do mesmo e cruzando os braços

— Você quer me ajudar como, Margot? Eu NAO to apaixonado, apenas não estou acostumado a levar um fora. — ele massageia as têmporas.

— Eu posso te ajudar, eu já disse. Sabe que eu não sou boa com relacionamentos e posso te ajudar a não ser também, se bem que ajudar VOCÊ nisso é uma coisa fora do normal. — ele me encara confuso — Deixa pra lá! Passa na minha casa todos os dias depois da escola, sabe que minha mãe tá viajando e quase nunca ta em casa, o plano é isso acabar antes do mês que vem. Ok?

— Se eu não gostar das suas "dicas" você vai me pagar, e caro! — ele semicerra os olhos e dou de ombros

— eu sou rica, amor.

Pego minhas coisas e o deixo lá sozinho, encontro Gilinsky em frente a escola nos esperando. Alissa me encara e dou um sorriso jogando meu cabelo para trás, convencida.

Entro no carro ignorando as perguntas dos dois e coloco o cinto deixando a bolsa no banco de trás.

— Apenas não falem nada! — nathan resmunga entrando no carro e sendo seguido por meu irmão e Alissa

— Nós nem abrimos a boca seu estranho.

Jack liga o carro e começa a dirigir até a casa de Alissa a deixando em casa e depois partimos para a nossa.

ʜᴇᴀʀᴛʟᴇss  ⟲ Nɑthɑn Mɑloley [1]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora