-Minha Lua, Meu Sol-

*35*

O dia tinha acabado de nascer, mas o loiro ja esta de pé. Era o único de olhos abertos naquele momento.
Ele já tinha tentado voltar para seu sono diversas vezes e sempre acabava tendo o mesmo pesadelo: sua garota morta em seus braços. Acabou desistindo de dormir, indo passear ao redor da casa.

Vestia somente uma calça, tendo o seu peito exposto ao sol daquela tarde.
Parecia ter uma feição tranquila, mas as olheiras denunciavam sobre a verdade.
Seu coração batia dolorido ao lembrar o quão sozinho estava. Faziam um ou dois dias que haviam levado quem mais amava e aquilo ardia, doia como se o inferno resolvesse fazer morada em seu corpo. Confessaria que não aguentava mais, porém estava muito ocupado pensando modos de achar a morena.

Infelizmente todos esses modos falharam em sua cabeça.

Andava despreocupado, pisando na grama macia e verde que rodeava o casarão, deixando tudo ainda mais bonito. Eram para ser dias felizes nesse mundo, mas parecia que a vida queria dificultar tudo para aquele casal. Isso o irritava.

Tinha planejado os dias e contado os segundos para virem até sua terra natal. Apresentaria seu mundo para sua amada e mostraria como seriam felizes ali. Queria a levar na cidade das fadas, pois tinha certeza que as pequenas se encantariam com sua companheira, já que odiavam o lobo. A levaria no reino dos bruxos, onde passou grande parte de sua curta infância. Mostraria as florestas, os campos floridos e tudo aquilo que ele mais amava naquele lugar.

Mas a vida novamente tinha lhe pregado uma peça.

Som de passos interromperam seus pensamentos. Olhou para onde vinha o barulho e se surpreende com quem estava ali.

- Yahiko?- o loiro se esforçou para sorrir.

- Você cresceu, moleque! Faz anos que não te vejo.- abraçou o loiro.- Quando me falaram que você voltou, vim correndo até aqui!

- Não chegou em boa hora.- Sorri triste- Infelizmente.

- Não?

- Acho que ouviu falar da minha companheira.- Coçou a nuca.- Ela foi levada por um dos cachorrinhos do Orochimaru.

- Estamos os dois com problemas então.

- Você tem uma companheira que foi roubada?- o loiro perguntou confuso.

- Não!- riu da confusão do outro.- Consideraria algo pior, mas sei como é orrivel ter a companheira tirada de si.

- Como aconteceu?

- Lembra do meu irmão mais novo? Ele esta de volta.

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- Quando você pensa em me soltar?- perguntou entediada.

- Já está cansada, querida? Você nem fez nada.- Orochimaru entra tomando uma bebida colorida.

- Você acabou de me contar que meu companheiro matou meu tio! O que mais quer de mim?- tenta tirar seus pulsos apertando ainda mais as cordas.

- Pensando bem. Não preciso mais de você.- Tomou o resto da bebida.- Sua mãe vai saber que a filhinha mais velha dela esta aqui e virá atrás de mim, então me aproveito dela.- Sorriu macabro vendo a feição assustada da outra.

- O que vai fazer com ela? Não encoste um dedo na minha mãe.- gritou aflita se mexendo na cadeira.- Nunca irei permitir ah!- sentiu seu pulso deslocar causando uma forte for na menina.

- Você não pode fazer nada, meu anjo! Além de fraca, agora tem um pulso deslocado!- Se aproximou da morena, que chorava pela dor.- Agora, calada!- Apertou suas bochechas.- Vai se reencontrar com seu lobinho de merda.- Bateu no rosto da garota.- Kabuto, leve nossa anjinha embora!.- Sorriu vendo a gota de sangue sair da boca da garota.- Mandarei um beijo para sua mãe.- A agrediu novamente, mas com força o suficiente para a desacordar.- Faça uma boa viagem.

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- Não estou surpreso por ele vir atrás do Naruto, mas o que ele quis dizer com isso?- Jiraya estava sentado juntamente com os outros.

Após ter dito com Naruto sobre seu irmão mais novo, Yahico foi juntamente com ele para dentro do casarão esperar os outros acordar, enquanto isso discutirão sobre o tempo que ficaram longe.

Agora, estavam todos ouvindo sobre a volta de um dos piores demônios que já enfrentaram.

- Ele esta procurando a profecia que estava em seu clã. Não sei se deveria falar isso com todos aqui.- O ruivo encarou seu amigo de tantos anos.

- Aqui so estão quem eu mais confio. Pode falar.- Naruto se ajeita no sofá.

- Já te contei que seu clã foi destruído por ele, porque estava em busca de uma profecia que envolvia você e seus pais. Ele ia te matar, mas minha antiga companheira não permitiu. Então te deixou na floresta perto do Reino do senhor, Jiraya. Me disse que ele foi atrás de você de novo e que conseguiu fugir dele. Pois então, na cabeça dele o Naruto está com o pedaço que falta da profecia que tanto busca. Por isso ele quer te matar.- Encarou seu amigo com pesar.- Seus pais selaram a raposa junto com o papel.- ele respirou fundo.- Naruto, você...

Um barulho alto foi ouvido de fora da casa interrompendo a conversa dos outros.

O loiro se preparou para um possível ataque, os bruxos amigos dele também. Sasuke foi em passos lentos ate a porta, abrindo-a lentamente e saindo de perto.

- Hinata?- Naruto grita eufórico por ver a amada ali.

Corre até o corpo da morena com o coração na mão. Não sabia se comemorava por ela estar ali, se ficava irritado pelos roxos em seus pulsos e rosto ou curioso por ela ter aparecido ali misteriosamente.

- Leve ela para seu quarto! Vamos revisar a área.- Sasuke disse e virou para a rosada.- Você ajuda ele, meu amor?

- Claro! Tenha cuidado.- Sorriu e foi atrás do loiro que corria escada acima.

Colocou o corpo da morena delicadamente sobre sua cama macia, tomando cuidado para não piorar sua situação.

- Como você apareceu?- passou a mão pelo rosto dela, analisando seu corpo.

- Ela foi presa.- Sakura chegou mais perto.- Os pulsos dela estão muito roxos, os tornozelos também, além do corte da boca e o machucado na bochecha.- descansou a mão no ombro do garoto.- Ela só esta desmaiada.

- Obrigado.- suspirou e sentou na cama.

- Não se preocupa.- Sorriu tentando confortar.- Vamos dar um banho nela e a gente cuida dos...

- Naruto?- A voz fraca da morena chamou atenção dos dois.- Não!- sussurrou.

- Hina!- se aproximou e tomou ela em seus braços.

- Não, por favor!- tentou empurrar o loiro, mas a dor a lembrou do seu pulso torcido.- ah!- gemeu e puxou a mão dolorida.

- O que aconteceu? Está machucada?- SaKura se aproximou e tocou seu cabelo.

- Por favor! Salvem a minha mãe.- sussurrou pesado, caindo no choro no colo de seu amado.