Provocações

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Kit Sprouse

Se pudesse realmente mataria o desgraçado que se atreveu a entrar no meu quarto na noite passada. Odiava aturar os novatos bêbedos da faculdade que se perdiam nos corredores. Não sou a pessoa mais simpática, mas sempre é melhor entrarem no meu quarto do que no dos meus melhores amigos. 

Não os posso culpar damos as melhores festas e a noite de ontem tinha sido incontrolável. 

Sorrio ao lembrar-me da maneira como ela saiu irritada da fraternidade UST ontem à noite. Talvez tenha exagerado um pouco, mas ela mereceu e pagaria em ouro para voltar a vê-la tão chateada. 

Pego no telemóvel que não parava de tocar. 

-Estou? - digo secamente para a voz do outro lado, que parecia bem irritada. 

-Onde estás? Ficaste de passar cá esta manhã para tratar das flores. 

Merda, merda, merda. 

Tinha prometido à minha mãe ajudá-la com o negócio das flores e entregar alguns ramos esta manhã. Arranjava facilmente uma desculpa, mas prefiro dizer a verdade. 

-Desculpa mãe, bebi de mais e esqueci-me completamente. -oiço um suspiro do outro lado. 

Detestava desiludir os meus pais. 

-Tudo bem Kit, mas promete-me que não te esqueces do almoço este fim de semana? Tenho saudades tuas. 

-Também tenho saudades tuas. - desligo o telemóvel passado mais alguns minutos de conversa e encosto a cabeça à madeira da cama. 

Preciso de dormir umas boas horas antes de voltar à rotina chata das aulas e exames de faculdade, mas por alguma razão o mundo queria arranjar uma forma de me tirar do sério. 

-Kit? - oiço alguém gritar do outro lado da porta. 

Uma voz feminina. 

Ignorei a gritaria lá fora e tapei-me com as mantas. Quem quer que fosse acabaria por desistir e se não o fizesse saltava pela janela e ia dormir para o dormitório do vizinho. 

-Abre a porta seu idiota! - ela grita irritada. -Sei que estás aí. 

Suspirei fundo e um pouco atrapalhado abri a porta do quarto, confuso pela vista turva devido ao efeito do álcool. 

-Tu? - levanto as sobrancelhas surpreendido. 

A loira à minha frente espeta-me uma grande chapada no rosto e fico por segundos atrapalhado, mas recomponho-me rápido, porque ninguém se chega a mim desta forma. 

Ninguém mesmo. 

-Não me digas que passámos a noite juntos e não me lembro de ti? - sorri com desdém. -Desculpa querida não foste e com certeza não serás a primeira. 

Sabia perfeitamente que não era por isso que ela cá estava, aliás tudo o que disse foi só para irritá-la ainda mais. Era como se irritá-la fosse a minha coisa preferida no mundo. 

Choque ElétricoWhere stories live. Discover now