Capítulo 27

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Chloe Foster

A caminho da Price's, Noah para em frente a uma floricultura.

- Fique aqui, eu não demoro.

- Onde vai?

- Encomendar um buque para que Jhenny receba ao chegar na nova casa.

- Jhenny está a caminho de Londres.

- Eu sei. Por isso me certifiquei de que esta loja possua uma filial em Londres. E adivinha?

- Ela tem.

Ele sorri e abre a porta.

Observo Noah entrar, ir até o balcão e conversar de maneira séria com uma das funcionárias do lugar. Ela, por outro lado, e toda sorrisos, cabelos aos ventos. A mulher olha para a mão dele pelo menos três vezes, procurando qualquer sinal de aliança. O que não há, já que ainda não compramos a dele.

Vejo-o escolher a dedos as flores que quer. Assina um papel e retorna em minha direção. Eu estava hipnotizada. Perplexa com o tamanho do apego que criei por este homem em tão curto período de tempo.
Ele abre a porta, senta no banco do motorista e sorri ao ver que eu ainda o encarava.

- Pode beijar. É seu.

- Meu? O que? - Ele sorri novamente.

- Eu. Eu sou seu. - Ele me beija levemente. - E, isso, é para você.

- Ah, Noah.

- Rosas brancas. Sua flor favorita.

- Como sabe? Eu nunca te disse nada. - Questiono sentindo o perfume da solitária rosa em minha mão.

- Fiz o dever de casa.

Passo metade do caminho sorrindo para a rosa, imaginando como ele descobriu esta informação. Quase me perco em pensamentos, até que percebo que Noah passou a entrada da empresa.

- Preciso ir a um lugar antes.

- Você disse a Akemi que ela poderia tirar umas horas de descanso hoje.

- E ela vai tirar. Vamos para casa daqui a pouco.

Me calo e observo o caminho. Noah entra em uma área residencial familiar. Seja lá quem for que viemos visitar, tem muito bom gosto.

Paramos em frente a uma casa quase inteiramente preta por fora, com exceção de alguns detalhes da porta e janelas na cor branca. Noah desce do carro e me pede para acompanhá-lo. Andamos até a entrada e ele toca a campainha brevemente.

- Sr. Price. É um prazer revê-lo.

- Sr. Viscontti. - Eles se cumprimentam com um firme aperto de mão.

- Esta deve ser a Sra. Price. - Sorrio envergonhada.

- Futura. - Respondo sorrindo.

- Entrem, fiquem a vontade.

Dentro da casa, tudo possuía uma cor degrade de preto, cinza e branco.  Os móveis, quadros, louças... literalmente tudo. Eu estava particularmente encantada.

Sr. Viscontti e Noah foram para o escritório, com a promessa de que não demorariam, e me deixaram sozinha. Curiosa, quis conhecer os outros cômodos da casa, ao menos aqueles que a porta estava aberta. A última coisa que preciso, é que me peguem espiando a privacidade de alguém.

A casa é enorme, embora seja pequena perto da casa do Noah. Pelo que pude ver, a casa tem quatro quartos. Um para o casal, um infantil, um todo branco com uma plaquinha escrita "hospedes" na porta e,  o pouco mais afastado, um com duas camas de solteiro - o que acredito ser por terem filhos mais velhos.

Também o pude contar quatro banheiros, uma sala de estar, uma cozinha, uma biblioteca, uma sala com brinquedos e, o escritório, onde Noah está agora. Na mesa da sala, livros de filósofos renomados, como: Nietzsche, Schopenhauer, Bukowski e Focaut.

Sento-me no sofá e espero até que Noah saia do escritório. Pego um dos livros para folhear para passar o tempo.
No primeiro livro "Crime e Castigo", quase não entendo nenhum dos nomes dos personagens. São todos confusos e muito difíceis de de decorar. Desisto quanto tento repetir o nome pela quinta vez.

Olho para trás e vejo Noah vindo em minha direção.

- O que achou da casa?

- Ela é linda. - Digo sorrindo. - Como sabe que eu a vi?

- Pelas câmeras. O monitor fica no escritório.

Sinto meu rosto ferver. Devo estar muito vermelha.

- Perdão. Eu não devia. O Sr. Viscontti se chateou? Não quero que os donos da casa fiquem zangados.

- Eles não vão... - Noah me entrega um envelope branco. - Abre.

Abro desconfiada o envelope, sem saber o que eu poderia encontrar. Abro o documento que retiro de dentro e o encaro sem entender absolutamente nada.

- Como assim, Noah e Chloe Price?

- Esta é a nossa casa... é aqui que moraremos com nossa familia. Isso, se você quiser.

- Noah, e a outra casa?

- Ela é demasiado grande para nós três... ou quatro,futuramente.

Mordo minha boca em nervosismo. Eu preciso contar a ele.

- Sr. Viscontti. Pode, por favor, nos deixar a sós um instante?

- Claro. Com licença.

- O que houve? - Ele segura em minhas mãos.

- Noah. Não vai haver nós quatro... não se depender de mim.

- Chloe, nós podemos adotar. Ou nunca quis ter um filho?

- Claro... eu... como você soube?

- Jhenny. - Claro. Nossa fofoqueira favorita.

- Você ser estéril, não difere em nada para mim. E juro que eu não quis te ofender.

- Não ofendeu. Só... fiquei com medo de que tivesse esperança de ter um filho comigo.

- Não se preocupe... - ele beija meus lábios. - E então...?

- Eu não sei o que dizer.

- A compra e venda só valera se nos casarmos. Então... Só assina.

Sorrio ainda sem reação. Seguro a caneta e, com as mãos trêmulas, começo a assinar meu nome.

- Como devo assinar?

- Como Price. A casa será sua também após o casamento. E vai se preparando, ele vai ser o mais breve possível.

Começo a escrever a letra "P". A sensação é estranha... boa, porém estranha. O costume de escrever Foster é grande, tanto que quase me esqueço como o sobrenome termina. Céus!, estou muito nervosa.

- Esta será a nossa casa. A casa da nossa família.

Nos beijamos e Noah sai em seguida, para entregar os papéis assinados para o Sr. Viscontti.

Eu ainda não consigo acreditar. É a nossa casa. Nossa!, Nossa. Casa.

***
- Meus Amores! -
ME DESCULPEM

Eu realmente tentei postar mais cedo, mas não
foi possível!

Sobre muitas de vocês não terem conseguido abrir o capitulo, me desculpem.
Meu filho publicou sem querer e quando retirei para
termina-lo, vocês já estavam comentando... rsrs

Mais uma vez
-OBRIGADO!-
👄👄👄

Permita-me AmarWhere stories live. Discover now