Capítulo 11.

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Era aula de biologia, e quando a professora nos entregou o trabalho, vimos que era dividido em duas partes. A primeira para preencher dizendo onde ficava cada parte do órgão sexual feminino e masculino. Na segunda parte do trabalho tínhamos de ordenar as fotos de acordo com cada mês de uma gestação.

— Cadê o bebê? — Harry perguntou olhando uma foto de uma gestação de dois meses.

— Aqui. — Apontei para uma manchinha.

— Esse negócio? — Apontou e eu assenti. — Eu já fui esse negócio? — Perguntou.

— Você ainda é esse negócio. — Tomei a foto dele, Harry revirou os olhos e riu.

Já que Harry não era nada bom com os meses da gestação, deixei ele com a parte dos órgãos sexuais, e ele se saiu muito melhor com isso. Terminamos juntos e fomos entregar.

Depois voltamos para nossos lugares para esperar o fim dessa aula, já que depois dela poderíamos ir para casa.

— Posso perguntar porque saiu do refeitório daquele jeito? — Pedi curioso.

— Eu fiquei incomodado com Calum daquele jeito com você. Eu sei que não somos nada, e você e ele são amigos, mas não pude controlar. — Confessou, sorri por sua honestidade. — Ei, você e Luke ainda estão juntos? Eu sei que já perguntei, mas vi ele muito próximo do Mike e fiquei preocupado de ele estar te atraindo. — Perguntou e eu sorri.

— Não, terminamos ontem. Mas continuamos amigos. — Murmurei.

— Ah, que bom. — Ele sorriu contente. — Quero dizer, vocês serem amigos, não terem terminado. — Murmurou meio atrapalhado.

— Mesmo? — Perguntei sabendo que não era aquilo que ele pensava.

— Quer saber? Eu tô feliz que vocês terminaram sim, assim tenho uma chance. — Encolheu os ombros e eu ri dele. — Você deve lembrar, eu disse que ainda vamos ficar juntos. — Colocou a mão em minha coxa.

— Vamos ver. — Murmurei e ele sorriu feliz.

Algum tempo depois.

Ao fim da aula fui ao banheiro, depois caminhei até o estacionamento onde meus amigos estavam juntos conversando.

— Onde está Luke? — Perguntei vendo que até Ashton e Mike estavam lá e ele não.

— Aqui. — Disse Luke bem atrás de mim me assustando. — Não sabe viver sem mim, não é? — Perguntou me abraçando com força.

— Até sei, mas você pode se perder. Não quero ser responsável por você morrer. — Murmurei com ironia, ele riu e foi para perto de Mike.

Notei eles ficando de mãos dadas e sorri por estarem se dando bem.

— Viu o Harry? — Liam me perguntou.

— Não. — Murmurei confuso.

— Você estava sentado com ele. — Liam falou e eu encolhi os ombros.

— O que tem? Eu estava, mas saí e fui no banheiro. Você é o melhor amigo dele, me diga você onde ele está. — Resmunguei.

— Bem ali. — Mike apontou, olhamos e Harry estava encostado no próprio carro com um cantil pequeno.

— Aquilo é bebida alcoólica? — Calum perguntou.

— Sim, mas ele só bebe quando está estressado. — Liam disse. — O que você disse para ele? — Perguntou me olhando.

— Você já está me irritando com toda essa acusação. Eu não tenho que cuidar do seu amigo. — Me afastei deles já com raiva da situação.

Ok, eu entendo, Harry gosta de mim, tá certo. Mas e daí? Eu sou obrigado a retribuir? Ou ficar cuidando dele?

— Tudo bem? — Olhei para quem falou, Harry.

— Seu amigo tava agindo como um babaca. Achando que eu tinha culpa de você estar bebendo. — Contei para ele. — Não coloquei essa merda na sua boca. — Resmunguei.

— Eu sei, tá legal? E não estava bebendo por estar estressado, só estava com vontade. — Encolheu os ombros. — Desculpe o Liam, é que ele meio que é do tipo de amigo protetor. — Murmurou e eu assenti entendendo.

— Tudo bem, eu sou assim também. — Encolhi os ombros, Harry me sorriu com carinho e ficou me olhando por tempo demais em silêncio. — O que houve? — Perguntei confuso.

— Só estava pensando... — Ele começou, então parou o que ia dizer. — Deixa. — Encolheu os ombros.

— Pensando em que? — Perguntei curioso.

— Em como seria te beijar de verdade. — Confessou e ficou as bochechas vermelhas.

— Por que não tenta? — Perguntei com um sorriso malicioso.

Ele se aproximou. — Posso? — Perguntou tocando meu rosto com a ponta dos dedos, eu senti minha barriga gelar de ansiedade enquanto assentia.

E então ele me beijou.

Eu senti novamente o que senti quando nossos lábios se tocaram antes, mas agora com muito mais intensidade. O puxei para perto e gemi em seus lábios quando ele apertou minha cintura, suspirei sentindo ele morder meu lábio inferior.

E então depois de deixar um selinho para finalizar o beijo, ele sorriu. — Não imaginei que fosse me deixar te beijar. — Confessou.

— Nem eu. — Encolhi os ombros o fazendo rir.

**

Espero que estejam gostando.

Até mais,

–K.F.

When Hatred Turns Love [L.S] Mpreg!LouisWhere stories live. Discover now