Capítulo 18.

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Abri os olhos e minha tia Patrícia estava sorrindo para mim.

— Observar alguém dormir é crime. — Resmunguei coçando os olhos.

— Vá a merda. — Ela disse fechando a cara e me fazendo rir.

— O que quer? — Perguntei levantando para ir tomar banho.

— Você disse que iria ligar para o Harry hoje. — Falou me estendendo meu celular.

Olhei receoso para o aparelho. Fazia uma semana que eu dizia que iria ligar para Harry e não o fazia. Era estranho, mas eu só não me sentia preparado. A ideia de falar com ele me deixava tenso.

— Eu vou... — Sorri nervoso e peguei o celular. — Só não agora! — Falei rápido, joguei o celular em cima da cama e corri para o banheiro.

— Querido, não pode adiar para sempre. — Ela disse do outro lado da porta.

— O que houve? — Ouvi a voz de minha tia Angela.

— Louis está nervoso sobre ligar para o Harry. — Tia Patrícia explicou.

— Meu amor, deixe ele. Ele já disse que ia ligar, é um grande passo. — Angela disse, acho que tia Patrícia concordou, já que ouvi seus passos saindo do quarto. — Tome seu tempo, querido. — Tia Angela disse e saiu logo depois.

Sai do banheiro olhando onde ela estavam, as vi sentadas na sala conversando. Fechei a porta e me sentei na cama, peguei meu celular e disquei o número de Harry. Eu imaginava que ainda era o mesmo.

O primeiro toque soou, eu engoli em seco. O segundo logo após, eu suspirei. O terceiro, e então ele atendeu.

— Louis?

Senti minha respiração parar ao ouvir sua voz dizendo meu nome depois de tanto tempo.

Eu abri e fechei a boca três vezes tentando dizer algo, mas não consegui dizer nada. Então desliguei e joguei o celular na cama. Me encostei na cabeceira da cama e agarrei meus joelhos ficando encolhido, eu era um covarde.

Harry Point Of View.

Estava deitado no sofá da sala, quando ouvi meu celular tocar o peguei, e então vi que era Louis me ligando. Louis me ligando?!

Deslizei o dedo pela tela para atender, coloquei o celular no ouvido.

— Louis? — Perguntei confuso.

A linha ficou muda por menos de um minuto, e então ele desligou.

Pisquei sem entender nada. Eu não podia ter sonhado com aquilo, podia?

Resolvi ligar para ele. Se ele realmente quisesse falar comigo, iria atender.

E ele o fez.

— Louis? — Levantei ficando agitado.

— Oi. — Ele disse com sua doce voz, eu quase tive um ataque do coração.

Faz tanto tempo que não escuto sua voz, muito menos dizendo meu nome.

— Você me ligou. — Falei ainda sem acreditar, ele murmurou um som confirmando. — Você me perdoou? — Perguntei sorrindo grande.

— Bem, eu... — Ele exitou, eu suspirei.

— Tudo bem. — Falei ainda meio triste. — Mas por que ligou? — Perguntei.

— Eu quero saber porque terminou comigo. Você disse antes de eu ir que podia explicar, e eu sinto que preciso ouvir essa explicação para seguir em frente. — Ele disse.

Eu apertei os olhos com força. Estava feliz em poder explicar, mas não sabia se ele queria realmente saber.

— Tem certeza? — Perguntei.

— Sim, eu tenho. — Falou e eu respirei fundo antes de começar.

Estava deitado no sofá jogando videogame enquanto esperava ter coragem para fazer o jantar. Escuto a campainha tocar e parei o jogo para ir atender.

— O que faz aqui? — Perguntei vendo o tio de Louis parado na minha porta.

— Quero você longe do meu sobrinho. — Ele disse, eu franzi o cenho.

— É, eu sei que quer. Mas não funciona assim. — Cruzei os braços.

— Funciona sim. Passa a funcionar do meu jeito, principalmente quando você é um assassino que eu posso entregar a qualquer momento. — Ele disse e eu ri.

— Assassino? E o que eu fiz? Atirei em um pássaro? Fala sério. — Revirei os olhos. — Tá, eu não atiraria em um pássaro, gosto muito deles. Mas enfim, eu não fiz nada. Aquilo que aconteceu foi um acidente. — Murmurei.

Eu estava no lugar errado, na hora errada.

— É, pode até ser. Mas você sabe, sou policial, fabricar provas não seria complicado. — Ele disse com um sorriso sarcástico.

— Não seria capaz. — Falei com raiva.

— Pela minha família? Qualquer coisa. — Ele disse me encarando. "O que eu quero é bem simples. Você só precisa terminar com ele, de uma forma que o magoe, assim ele vai perceber quem você é. — Disse.

— Não posso fazer isso. — Neguei sentindo lágrimas em meus olhos. — Não posso olhar nos olhos dele e mentir.

— Não olhe, simples assim. — Encolheu os ombros. — Faça o que eu digo, ou em 24 horas você estará vendo o sol nascer quadrado. — Piscou e saiu.

Eu fechei a porta com força me permitindo chorar.

Terminei de contar tudo e esperei que Louis dissesse alguma coisa. Tudo o que eu conseguia ouvir era sua respiração ofegante, ele parecia estar chorando.

— Louis? — Chamei preocupado.

Mas então ele desligou.

Louis Point Of View.

Desliguei porque não sabia o que dizer a Harry. Eu não conseguia acreditar que meu tio foi capaz de algo assim só para me afastar de Harry. Mentir desse jeito.

Limpei as lágrimas de meu rosto com força e digitei agora o número de meu tio.

— Louis? Olá, querido! — Ele disse feliz por eu estar ligando.

— Eu vou perguntar uma única vez. — Falei. — Você ameaçou Harry para ele terminar comigo? — Perguntei com raiva.

**

Tan! Tan! Tan! A verdade vem a tona. Espero que estejam gostando.

Até mais,

–K.F.

When Hatred Turns Love [L.S] Mpreg!LouisOnde histórias criam vida. Descubra agora