Capítulo 10 - Eu amo

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Adam

A casa estava em silencio naquela noite de inverno, logo seria o verão e os dias ensolarados tomariam conta da cidade que agora parecia nebulosa. O Sedan prata da mãe de Rafael estacionou na vaga da garagem e ouve um pequeno ruído. A porta fora aberta e fechada. Rafael abriu a porta do quarto e eu o olhei.

– Minha mãe chegou.

– Tem certeza de que é isso o que quer fazer? Não me importo de...

– Não – disse ele veemente – Vou fazer do jeito certo, sem segredos.

Rafael sai do quarto sem pressa e caminhou pelo corredor iluminado ate chegar à escada, eu o sigo e ele para na soleira da porta enquanto sua mãe se aproxima e nos olha.

– Algum problema Rafael?

– Não nenhum problema mãe, precisamos conversar. É algo importante.

Ela nos olhou por um breve momento e avaliou a face seria de seu filho e a minha que estava desconcertada.

– Primeiro o jantar depois falamos sobre o que você tanto quer me dizer. Esta bem?

– Claro mãe! – ele abriu um largo sorriso.

Ela retribuiu e entrou e enquanto caminhava fazia a sabatina diária:

– Fizeram o dever de casa?

– Sim – respondemos em coro.

– Tomaram banho?

– Sim.

– Arrumaram o quarto?

– Sim.

– Lavaram as mãos para o jantar?

– Sim.

– Certo. Vou tomar um banho trocar de roupa e já jantamos.

Raven – a mãe de Rafael – subiu as escadas e se direcionou ao seu quarto. Quinze minutos depois estávamos na mesa de jantar. A mesa estava farta e apesar de eu ter um ótimo apetite aquela situação não estava me agradando muito e eu estava sem apetite para comer. Dona Ângela fez um prato razoável para mim que apenas mexi e fingi comer um pouco. Meu estômago estava embrulhado e meu nervosismo não deixaria eu me alimentar de maneira correta. Rafael jantou normalmente e ele sempre me olhava com um brilho no olhar e com um largo sorriso. O jantar finalmente acabou, levamos os pratos para a cozinha e ajudamos dona Ângela a lavar a louça e a guardá-la em seguida fomos para a sala. A lareira estava acessa, a lenha queimava e esquentava a casa e deixava um ar de aconchego no ambiente.

Sentando-se perto da lareira Raven nos olhou e perguntou finalmente pegando um dos livros que estava na mesa ao lado da sua poltrona e nos olha.

– Sobre o que quer falar comigo Rafael?

– Mãe... Não sei como vai receber isso, mas já aviso que não há anda que a senhora possa fazer.

Raven nos olhou preocupada, ela deixou o livro de lado e nos fuzilou.

– O que você quer dizer com isso Rafael?

– Eu estou apaixonado mãe.

Raven suspira e relaxa na poltrona.

– Não há nada de errado com isso filho... – diz ela aliviada e conclui – porque acha que eu não iria deixar?

– Porque eu amo o Adam. – ele segurou a minha mão.

De Repente Amor | Romance BLWhere stories live. Discover now