Capítulo 11 - A velha casa

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Sentando-se perto da lareira Raven nos olhos e perguntou finalmente pegando um dos livros que estava na mesa ao lado da sua poltrona e nos olha.

– Sobre o que quer falar comigo Rafael?

– Mãe... Não sei como vai receber isso, mas já aviso que não há anda que a senhora possa fazer.

Raven nos olhou preocupada, ela deixou o livro de lado e nos fuzilou.

– O que você quer dizer com isso Rafael?

– Eu estou apaixonado mãe.

Raven suspira e relaxa na poltrona.

– Não há nada de errado com isso filho... – diz ela aliviada e conclui – porque acha que eu não iria deixar?

– Porque eu estou apaixonado pelo Adam. – ele segurou a minha mão.

Silencio.

Raven ficou estática na poltrona e nos olhou, havia um misto de sentimentos não reconhecíveis na sua face. Rafael segurou mais forte minha mão e disse:

– Não posso fazê-la aceitar isso. Mas eu o amo e não há nada que possa fazer sobre isso.

Dona Ângela continuava inerte em um canto da sala ouvindo tudo e sem falar uma única palavra. Eu abaixei a minha cabeça e me preparei para o pior. Ser expulso daquela casa não seria um dos maiores problemas eu estava mais preocupado com as outras opções. Ela poderia mandá-lo para longe, eu poderia ficar sem teto, mas não seria fácil ficar sem ele.

Raven fechou os olhos e relaxou na poltrona. Ela abriu os olhos e disse:

– Você sabe no que isso acarreta não sabe filho?

– Sei mãe.

– Não quero que sofra. Não vou dizer que é fácil aceitar isso, mas você é meu filho e eu te aceito do jeito que você é... E se Adam o faz feliz quem sou eu para tirar a sua felicidade.

– Obrigado mãe. – ela assentiu – mas isso não é tudo...

– Há ainda mais?

– Sim, vamos nos mudar.

– Mas porque motivo? – ela o encarou.

– Já é algo que quero há algum tempo. Quero viver na casa onde meu pai foi criado. Não que eu não queira ficar aqui mãe, só quero me conectar com meu pai de alguma maneira e dizer a ele que eu estou feliz.

– Meu filho...

– Já foi decidido mãe... Nos mudamos na semana que vem.

Eu ainda não havia me acostumado com a nova casa. Ela ficava ao sul da cidade, era em estilo colonial com uma pequena varanda e um velho e gasto balanço de madeira que acompanhava um velho banco de carvalho. Na frente havia uma grama verde e arvores frutíferas. Na entrada do terreno havia um enorme portão de ferro e uma pequena estrada que levava ate a casa, mas para chegar ate lá todos tinham que passar por um lago que havia. A casa era linda e aconchegante e tinha um motivo para estarmos lá. Era a casa dos avos de Rafael, onde seu pai havia passado toda a infância e juventude antes de casar com Raven.

Havíamos saído da casa dele há alguns dias, e por algum motivo que eu não compreendo ainda não havia me acostumado. Ainda me lembro do dia em que ele disse que me amava e do dia em que disse a sua mãe e a dona Ângela o que sentia por mim.

Tudo era relativamente novo. A casa estava fechada a mais de vinte anos. Rafael se concentrava em deixar a casa utilizável para nos. Havia algumas coisas que eu não sabia sobre Rafael.

De Repente Amor | Romance BLOù les histoires vivent. Découvrez maintenant