As Crônicas de Darkwood - A origem da Magia (CONCLUÍDA)

Parentes

"A VERDADE É QUE NÃO SIMPATIZO MUITO COM OS PARENTES. TALVEZ POR QUE NOS CUSTE A SUPORTAR AS PESSOAS DOTADAS DE DEFEITOS IGUAIS AOS NOSSOS "

- OSCAR WILDE 

Ava andava de um lado para o outro em seu luxuoso quarto, ela sentia que alguma coisa estava errada, algo ruim estava acontecendo, só esperava que suas amigas estivessem bem.

─ Ava ─ seu pai, George entrou no quarto. ─ Seus tios chegaram.

Ela apenas assentiu e o pai a olhou com uma expressão desconfiada e se aproximou dela.

─ Está tudo bem? ─ perguntou.

─ Pai, por que deu seu cargo de líder para a mamãe?

─ Por motivos que você não precisa se preocupar, Ava.

Ele se virou para ir embora e aquele simples gesto despertou a fúria de Ava.

─ Tenho a impressão de que vocês estão me escondendo alguma coisa ─ disse.

─ Desça em cinco minutos para falar com seus tios ─ e fechou a porta.

Ava pegou sua caixa de joias e jogou contra a porta, ela ouviu o barulho de seus brincos, anéis e colares se espalhando pelo chão. Aos olhos de muito Ava Sophia Osborn tinha uma vida perfeita, era filha de um homem de negócios descendente de um dos fundadores da cidade e era filha da prefeita de Darkwood o que fazia muitos terem inveja, mas ela se sentia sozinha e abandonada pelos próprios pais, a vida dela estava longe de ser perfeita.

Se olhou uma última vez no espelho, arrumou seu vestido azul escuro e foi ao encontro de sua família.

─ Ava ─ sua tia Olivia a abraçou assim que desceu as escadas. ─ Como você cresceu.

─ Olá, tia Olivia.

Sebastian Osborn se encontrava próximo a lareira, o tio era muito parecido com o pai e com seus avós, Cameron e Tamara, cabelos castanhos claros e olhos azuis, características típicas de um Osborn.

Ava havia puxado a mãe com cabelos loiros apenas seus olhos eram de seu pai.

─ Oi, tio.

─ Ava ─ ele sorriu. ─ Já faz muito tempo.

─ Ava chegou? ─ uma voz surgiu atrás dela.

Ela se virou e viu um garoto, ele era mais alto do que ela, forte e seus cabelos eram loiros e seus olhos eram azuis com uma expressão severa, o que a fez reconhece-lo foi o sorriso que ele lhe lançou.

─ Christopher?

Isla surgiu ao lado de Christopher e colocou a mão no ombro do garoto.

─ Gostou da surpresa querida?

─ Realmente ela está surpresa, tia─ Christopher respondeu por ela. ─ Não vai dar um abraço no seu primo, Avie?

Ava avançou em sua direção e o abraçou, Christopher retribuiu o carinho com a mesma intensidade e a levantou e a girou fazendo-a rir.

─ Você me deve explicações seu idiota ─ disse sentindo as lágrimas em seus olhos.

─ Eu sei, e prometo que vou te contar tudo.

O celular de Isla tocou e os dois se separaram.

─ Mary? ─ disse Isla. ─ O que? Se acalme querida e Roland? Tudo bem peça para Derek arrombar a porta, estou indo.

─ O que houve, Isla? ─ perguntou Olivia.

─ Aconteceu alguma coisa com as gêmeas, se trancaram no quarto e não respondem.