Capitulo 17

77 18 71
                                    

Rosie ficou ali com a menina por uns vinte minutos chorando até fechar os olhos de Emilly, a mulher saiu dali pegando algumas flores brancas e depois colocando em volta e em cima da sua filha.

- Eu volto pra te buscar. - Ela limpou as lagrimas que caiam e saiu caminhando.

O dia todo Rosie andava e nem se quer havia algum sinal de estrada e muito menos de carros, por alguns segundos ela achava que estava perdida e indo em direção errada até ouvir barulhos de passos. Ela parou e ficou de cabeça baixa prestando atenção pra qualquer tipo de movimento brusco ela simplesmente sair disparada a correr. Um homem sai atrás de uma árvore com as mãos levantadas, Rosie observa rapidamente o homem de aproximadamente quarenta e cinco anos com barba grande e ja alguns fios brancos.

- Olá, eu não quero problemas. - Ele diz com as mãos ainda para cima.

- O que você quer? - Pergunta Rosie encarando.

- So quero ajudar. - Ele olha o estado físico da mulher que estava acabado. - Meu nome é Roger, qual o seu?

       - Rosie. - Fala a mulher com receio.

       - Rosie, eu sinto muito pela sua filha.

- Como sabe da minha filha? - Ela franziu as sobrancelhas.

- Eu ando seguindo vocês a um tempo. - Ele faz uma pausa. - Eu vi o que aconteceu.

- Por que estava nos seguindo?

- Eu queria ajudar. - O homem se aproximou mais perto de Rosie fazendo ela dar uns passos para trás. - Mas não sabia se vocês eram pessoas do bem.

- Uma mulher e uma filha de quinze anos perdidas na floresta se parecem pessoas más para você? - Perguntou Rosie.

- É... eu deveria ter ajudado antes, mas só queria ter certeza. Me deixe ajudar agora. - Ele olhou para o norte. - Minha picape está na estrada alguns km daqui.

- Eu só preciso chegar até a praia. - Disse Rosie engolindo em seco.

- A praia? - Homem estava confuso.

- Minha filha, Millie, deve estar lá. - Por algum momento ela se perguntou se deveria dar essa informação para o estranho.

- Tudo bem, eu te levo até lá. - Ele colocou a mão na cintura.

- Eu acho que consigo ir sozinha. Obrigada. - Rosie disse desconfiada.

- Eu não vou te fazer mal Rosie. Me deixa ajudar.

- Eu disse que consigo ir sozinha.

Ele lançou um olhar amedrontoso para Rosie.

- E eu disse pra você deixar eu ajudar. - Ele foi até a mulher jogando-a contra árvore deixando ela imóvel e tampando sua boca. - Ah sua cretina... poderia ser tudo tão facil, você está dificultando as coisas. - Ele cheirou o cabelo loiro da mulher fazendo Rosie chorar. - Não chore não. - Ele limpou o rosto dela. - Não vai doer nada, eu prometo.

Ele passou a mão pelos cabelos e depois indo para o pescoço fazendo movimentos circulares com os dedos e finalmente indo aos ceios quando sentiu uma dor forte em sua mão vendo Rosie morde-la até sair sangue.

- Desgraçada! - Ele tira a mão sangrando dando oportunidade de Rosie correr.

Ele observa a mulher de longe correndo pegando a faca de sua cintura e indo atrás dela. Rosie corre como nunca correu em toda sua vida até sentir algo em sua perna fazendo ela cair.
A mulher olha para baixo vendo a faca em sua coxa, ela levanta mais rapido possivel e corre mancando sentindo que o homem chegava cada vez mais perto. Ela cai novamente so que dessa vez em um buraco tentando fazer o maximo de silêncio possível logo em seguida.

Ela olha o homem passando e correndo para outra direção. Rosie pega uma folha grande de bananeira e segura a faca chorando e retraindo os labios da boca tirando rapidamente a faca e gemendo de dor sem nem abrir a boca para não fazer muito barulho. A mulher enrola a folha em sua perna para parar o sangramento. Ela olha para cima vendo tudo imbaçado e adormecendo.

Longo Caminho Onde histórias criam vida. Descubra agora