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- E então? 

- A nossa programação está fantástica hoje, nunca ri tanto na minha vida.

Seto havia chegado em casa, se deparando com Kira e Mokuba na sala de estar assistindo em tempo real as imagens sendo transmitidas de Noah pensando no que fazer com o dinheiro da maleta. 

- Ele está desesperado. - a hacker disse, pegando um punhado de pipocas.

- Imaginei que estaria. - Kaiba respondeu, dando uma olhada rápida na sua televisão antes de subir até seu quarto - A pose de durão dele não convence ninguém.

Os dois continuaram assistindo os movimentos do garoto, que andava de um lado para o outro enquanto encarava o dinheiro na maleta, sem saber o que fazer. Dissera que superaria a façanha de seu usurpador, mas lá no fundo seu pouco de juízo lhe dizia que era impossível fazer algo do tipo em um dia.

- Por que ele não se rende logo e acaba com isso? - Mokuba comentou.

- Acho que isso não vai demorar para acontecer, Mokubinha. O desespero dele é quase palpável. E que tal se a gente falasse com ele um pouco?

- Não sei se é uma boa ideia, Kira.

- A situação não pode piorar.

A hacker acessou novamente o sistema de som de Noah.

- E como vai a multiplicação do dinheiro? Não entendo nada de economia, mas algo me diz que ficar encarando as notas não vai surtir muito efeito.

- Há quanto tempo estão me olhando?

- Há tempo suficiente para dizer que você não tem chances.

O garoto rosnou com um misto de frustração e raiva.

- Sabe, sempre dá para voltar atrás. Seto não é daqueles que guarda rancor.

- Kira, dessa vez eu tenho que... - Mokuba foi interrompido por Kira, que colocou um punhado de pipoca na boca do Kaiba mais novo para que o mesmo parasse de falar.

- E me render para aquele ninguém? Jamais.

- Noah, Noah... Se quer continuar sofrendo, quem sou eu para impedir, não é?

Seto voltou para a sala de estar, observando com mais cuidado a reação do garoto do outro lado da tela. Entre uma pipoca e outra, o rapaz se punha a pensar em outra maneira um pouco mais efetiva de dar um jeito nas coisas, pois essa história de multiplicar o dinheiro não serviria de nada, afinal. Não que ele estivesse sentindo compaixão, mas Kaiba já havia experimentado do sentimento de perder tudo - ou quase tudo - e ter que se virar por conta própria ao invés de se vingar da família. 

- Tudo bem, Noah. Você quer a empresa de Gozuaburo de volta, certo?

- Está pensando em abrir mão da Corporação Kaiba, Seto?

- Nem em sonho. Só estava pensando que você poderia usar esse dinheiro que te dei para recomeçar do seu jeito. É a maior prova que Gozaburo pode ter que você está pronto, garoto.

- Não me venha com conversa fiada. Você roubou o que é meu e eu tenho que recomeçar?

- Enquanto continuar com esse choro de criancinha mimada nada de bom vai vir para você. Mas eu entendo de certo modo, pois nada que fizer chegará aos pés do império que construí.

- Alerta de ego inflado... Alerta de ego inflado... - Kira e Mokuba murmuravam em conjunto, observando Seto encarar Noah com expressão desafiadora.

Rosa NegraWhere stories live. Discover now