Four - Life Sucks

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Seokjin se mostrava empolgado, coisa que surpreendeu até mesmo Jungkook, que nunca havia o visto daquela maneira, sorrindo quase sempre e fazendo gestos empolgados com as mãos.

— Então tudo ficou acertado para se mudarem semana que vem, ok? A senhorita Kim vai repassar tudo pra vocês por email. Espero que agarrem essa chance. — Disse antes de sorrir animadamente e sair da sala juntamente com Jennie e Yoongi.

Os quatro ficaram se olhando por um tempo, cada um observava atentamente as pessoas com quem passariam pelo menos uma parte da vida. Jisoo constatou que seria melhor morrer de vergonha de Taehyung do que aturar os olhares que denunciavam o climão de Rosè e Jungkook.

— O clima nessa sala tá ó. — Jungkook disse rindo com um gesto. — A julgar pelo próprio clima, as pessoas aqui exalam sexo — Olhou para Rosè que se deteve apenas em revirar os olhos. — Ou exalam tesão por querer fazer sexo. — Sorriu presunçoso para Tae e depois para Jisoo.

— Cacete, garoto, não enche. — Jisoo se pronunciou arrastando Rosè para fora dali.

Porém não satisfeito, Jungkook também saiu com Taehyung segundos depois. Jisoo concluiu que poderia socar a cara do mais novo antes mesmo de conviver com ele sob o mesmo teto, mas ao mesmo ficava irritada por ele ter tanta razão assim.

Ela até teria acompanhado Rosè, se não fosse pelo seu telefone tocando estridentemente em sua mão, com o ecrã acusando uma chamada de sua mãe. Então ela já soube, pensou.

— Pode ir pra casa antes de mim, isso aqui vai ser longo. — Apontou pro celular e a amiga assentiu enquanto a morena andava até a esquina.

O que pensa que está fazendo da sua vida, Kim Jisoo? — A mãe dela praticamente berrou.

— Tomando o controle dela, mãe. — Tentou responder paciente.

Mas ela sempre soube que com os pais, paciência não era o forte. Eles sempre tomaram conta de parte da vida dela, das suas escolhas, e ela havia se cansado disso, apenas não havia confessado isso para si. Tudo porque antes era cômodo deixar como estava.

Entretanto, quando Jisoo cantou naquela tarde, sentiu como se tivesse controle sob a sua vida, como se precisasse sair da sua zona de conforto, mas isso não significava que os pais ficariam tão calmos com isso.

Quero que esteja ciente de que quando dar errado, não conte comigo, para absolutamente nada. Esqueça que algum dia e seu pai existimos para você. — A garota esperava que seus pais surtassem, mas não que a machucassem a esse ponto.

— Mamãe, eu sinceramente não ligo mais. — Mentiu e desligou o telefone.

Lágrimas involuntárias desceram por sua bochecha, e foi quando ela encostou na parede e abraçou seu própio corpo, foi que se deu conta de que aquilo doía mais do que ser atropelada ou qualquer coisa do tipo.

— Ei, tudo bem? — Ela reconheceu a voz, era Taehyung.

Ótima impressão para deixar para alguém, a louca que chora na esquina.

— Claro. — Ergueu o rosto e o encarou. — Se você contar que a minha mãe tacou o foda-se pra mim. — Sorriu em meio às lágrimas.

— Pelo menos a sua não morreu. — Deu uma risada triste.

— Puta merda...eu...ai que merda! Sinto muito, ok? — Disse confusa.

— Tudo bem. Acho que foi uma tentativa fajuta de tentar te animar, detesto ver alguém chorando. — Sorriu.

— Se quer animar uma garota, pague uma bebida para ela. — Disse simples.

— Então a garota aceita tomar uma bebida comigo? — Perguntou.

— A garota aceita tomar uma bebida com você. — Sorriu antes de saírem dali.

💟

O mais velho levou a morena até um pub conhecido localizado pelas redondezas da gravadora mesmo. Tudo ali era perfeito, a música ambiente não era tão alta, a cerveja sempre chegava rápido, e a iluminação que passava de azul para roxo deixava o clima cada vez melhor.

— A garota está melhor? — Taehyung perguntou ao terminar de dar um gole na cerveja.

— Definitivamente sim. — Apontou para o copo com a bebida. — Você sabe mesmo como melhorar uma garota fodida pela vida, hein? — Esboçou um sorriso.

— Definitivamente eu sei, meu bem. — Piscou para mais baixa.

Tudo em Jisoo chamava a atenção do Kim, o modo como ela fazia beicinho enquanto bebia a cerveja, como ela passava de tímida para atrevida em segundos. Ele poderia até mesmo beija-la ali mesmo.

E do outro lado da mesa, Jisoo encontrava-se tentando decifrar quem era Kim Taehyung, e o porque seu sorriso ser tão lindo e iluminado, mas o olhar triste e abalado. Entretanto, ela sabia que não iria descobrir tão cedo.

[REPRODUZA O AÚDIO DA MÍDIA]

— Minha música favorita! — A garota anunciou ao ouvir a música ambiente.

— Quer dançar? — Taehyung ergueu uma sobrancelha e se levantou.

— Agora? Aqui? Você tá doi..

— Babe, melhor não pensar muito, uh? — Interrompeu a garota puxando-a pela cintura e a levando até uma espécie de pista de dança do local.

Apesar de ser um lugar para dançar ali dentro, poucas pessoas estavam presentes, o que fez Jisoo travar um pouco de início, ainda mais com as mãos do garoto de cabelos azuis em sua cintura.

— Se solte, babe. — Sorriu e começou a se mexer, guiando o corpo alheio.

Jisoo compreendeu ali mesmo que Kim Taehyung poderia conseguir o que quisesse dela somente sendo ele mesmo. E isto só se fez mais claro quando eles dançavam ali como se fossem um só.

💟

Capítulo revisado.

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