Capítulo 08

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Uma semana depois

Grego🔫

Grego: Cobra tá por onde? Nem deu as cara no trampo hoje..- Falei soprando fumaça, quando vi a Júlia passar com várias sacolas.

Júlia: Pela manhã tive que levar ele no hospital, ele não estava muito bem.

Grego: Tu já tá ligada nas idéias, né não? Tô ligado que tu não é otária, aceitou voltar pra ele por algum motivo.

Júlia: Mas como você pode imaginar isso de uma pessoa como eu? - Sorriu cínica.

Grego: A tua cara não nega, Júlia.- Joguei meu baseado no chão, e pisei em cima.

Júlia: Cuidado Grego, a cobra mata abraçando, tem gente do teu lado, torcendo contra você.

Grego: Colfoi, Júlia? Manda os nome ai, vai ficar de indireta pô?

Júlia: Entenda como você quiser, só não confia demais, nem nas pessoas que estão na caminhada contigo a um bom tempo. Porque eu confiei demais, e tomei no meu cu.

Grego: Valeu aí.- Fiz belezinha pra ela.- amanhã tem uma resenha na goma, brota lá.

Ela concordou com a cabeça, e saiu andando.

Continuei a usar minha droga, sem nenhuma vontade de ir logo pra casa.

Paula tava pesando na minha, e eu não tava com nenhuma paciência.

Hoje passou a tarde vomitando, pediu pra eu ir comprar remédio, nem fui, sou empregado de ninguém não.

Já tava no meu limite, sem zoeira, tava querendo mandar ralar.

Pra falar a verdade eu nem sei por qual motivo eu tô com a Paula, não rola nenhum sentimento, é como se fosse uma troca de favor.

Piei pra casa marolando, e quando entrei ela tava no sofá pintando a unha.

Paula: Vai nem perguntar se eu tô bem?

Grego: Não.- Joguei a chave em cima da mesinha.

Paula: Grego, você é ridículo.

Grego: Vai embora.

Paula: Como assim? - Me olhou.

Grego: Pega as tuas coisas, e vaza, irmã.

Paula: Você sabe muito bem que eu não vou fazer isso.

Grego: Tu é chata pra um caralho, em. Só tá aqui ainda porque eu quero, se não já tinha ralado a cotas.

Paula: Você me deixa aqui, porque tem um sentimento, não? - Dei risada, olhando pra cara dela.- pode não ser amor, mas alguma coisa você sente.

Grego: Eu vou nem te falar o que eu sinto...- Nem terminei de falar, só vi ela passar correndo pro banheiro.

Estiquei o pescoço pra olhar, e só vi ela vomitando no vaso.

Grego: Vai botar as tripa pá fora mermo?

Paula: Comi alguma coisa estragada, certeza...- Começou a lavar a boca.

Nem rendi muito pra ela, tirei a minha camisa e fui direto pro quarto.

Tomei um banhozão e quando saí nem vi sinal dela, procurei pela casa, mas ela não tava.

Liguei a tv me jogando no sofá, e senti o meu bolso vibrar.

"Quer saber com quem a tua mulherzinha tá? Beco sete, segunda casa."

Olhei a mensagem boladão, e me levantei pegando minha chave.

Podia ser mentira, mas se fosse verdade, nego ia se fuder.

Cheguei de moto, deixei na entrada do beco, e fui andando com a mão na oitão que eu tava na cintura.

Empurrei a porta com o pé, na maior marra, só que não tinha ninguém, barraco vazio, tinha nada.

Respirei fundo, controlando o ódio e fui voltando pra minha moto que tava parada, se eu pego o nego que quer zoar com a minha cara, sobra nem pó.

Meu RecomeçoWhere stories live. Discover now