Capítulo 20

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Júlia💫

Júlia: Você se arrepende, de ter matado a Paula?

Grego: Ela não. Mas a criança lá, sim.

Júlia: Hum..- Murmurei.- se você soubesse da gravidez quando ia matar ela, isso te faria mudar de idéia?

Grego: Sei lá pô, na hora da raiva ninguém pensa em nada. Mas não ia ficar barato não.

Júlia: Imaginei isso.- Falei olhando pra rua.

Grego: Tá fazendo essas perguntas porque?

Júlia: Curiosidade.

Grego: Tem raiva de mim, porque eu matei ela?

Júlia: Sei lá, Ricardo.- Ele me olhou surpreso, por eu ter chamado ele pelo nome, pela primeira vez.

Grego: Jogo da verdade, diz ai.

Júlia: Não uai, acho que não. Se eu tivesse raiva de você, eu iria querer distância, e a gente tá bem próximo.- Falei olhando pra ele.

Grego: Uhum.- Resmungou.

Júlia: Quero ir pra casa, me leva?

Grego: Bora.

Ele levantou do banco da praça, colocando a mão no bolso e o Jonas encostou do lado dele.

Os dois conversaram por segundos, e logo depois o Grego veio pro meu lado, subindo na moto.

Chegando em casa, reparei que tava tudo escuro, sinal de que a Viviane não estava.

Desci da moto, agradecendo ele pela noite e por educação convidei ele pra entrar, só que ele aceitou.

Enfim, eu não disse nada. Apenas abri a porta, vendo que realmente não tinha ninguém.

Grego foi usar o banheiro, eu tirei o tênis deixando no canto do sofá, e deitei colocando os pés pra cima.

Ele saiu do banheiro com a mão no saco, e eu encolhi minhas pernas, dando espaço pra ele sentar.

Grego: Cadê a mina lá?

Júlia: Foi pra algum lugar, não sei.

Ele me olhou por alguns segundos, e depois desviou o olhar.

Júlia: Eu seria muito filha da puta, se eu te beijasse mesmo que eu tenha falado que eu não queria me envolver com ninguém?

Grego: Eu tava pensando nisso agora, mas deu medo de tu sair por ai me chamando de estuprador.

Júlia: Amanhã você não precisa lembrar disso, ok? - Segurei o rosto dele.

Ele sorriu satisfeito apertando a minha cintura, e foi me beijando lentamente, enquanto sua mão passava pela minha coxa, em seguida no meio das minhas pernas.

Senti um arrepio por todo meu corpo, mas que ao mesmo tempo me deu uma sensação gostosa.

Ele me puxou pro colo dele, ainda me beijando, e foi descendo os beijos até o meu pescoço.

Vivi: Mulher, tu não acredita...- Parou de falar, e eu tomei um susto, pulando do colo do Grego.

Júlia: É...- Coçei a cabeça.- cê tava aonde?

Vivi: Fui no mercadinho ali, comprar umas coisas.- Falou olhando pro Grego.- desculpa atrapalhar.

Eu sorri envergonhada, e fui acompanhando o Grego que andava até a porta.

Grego: Passa ai teu número..- Pediu colocando o celular dele na minha mão, digitei meu número, e entreguei na mão dele.

Júlia: Foi mal..- Olhei pro pau dele, que tava visivelmente duro.

Grego: Uma outra hora tu resolve essa parada aqui, agora eu vou pra casa bater punheta, mas se tu quiser bater, eu não ligo.

Júlia: Não vai rolar, gatinho. Foi só um beijo, quase mais que isso, só que não foi.

Ele riu fraco negando com a cabeça, e foi andando até a moto.

Fechei a porta da minha casa, olhando pra Viviane que dava risada olhando pra minha cara. Semicerrei os olhos pra ela, e fui direto pro meu quarto tomar um banho.

Meu RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora