Capítulo 10

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Grego🔫

Júlia: Celular pra que né? Nem olha as coisas que recebe.- Olhei pra cara dela.

Grego: O que?

Júlia: Tive que vim dizer pessoalmente.

Grego: Dizer o que? - Joguei um pedaço de carne na boca.

Júlia: Você acreditaria se eu falasse que você também é corno?

Grego: Não.

Júlia: Ala, porque?

Grego: Paula sabe muito bem o que acontecesse, maluca ela não é. Deixa de onda Júlia, eu já tava com muita merda na cabeça, ai tu vem com essas parada?

Júlia: Deixa de ser cínico, gado.

Grego: Tu me chamou de que? - Olhei putão pra ela, que sorriu de lado virando o rosto.

Júlia: As mensagens, era tudo verdade. Não tinha ninguém querendo zoar com a tua cara.

Grego: Tá me achando com cara de que, Júlia? Era tu que tava mandando a porra das mensagens? - Apertei o braço dela.

Júlia: Me solta, ridículo..- Soltei o braço dela, passando a mão no rosto.- nós dois fomos traídos, e sabe por quem? Teu braço direito, o que se diz matar e morrer junto contigo, o cara que tu tirou do fundo do poço, e hoje ele se virou contra você, pegando a tua mulher.

Grego: Tu ficou abalada, por saber que é corna, aí tá querendo vim dizer isso pra mim?

Júlia: Não acredita? Vai lá ver com os teus próprios olhos. Beco quatro, terceira casa, é lá que eles se encontram, Grego.

Grego: Tu só pode ter usado maconha estragada.

Júlia: Deixa de ser otário.- Alterou a voz.- o teu amigo, nesse momento, tá lá com a tua mulher na cama. Por isso eu voltei com ele, pra conseguir a vingança, vai logo! Tá esperando o que?

Nesse momento várias merda rodava pela minha cabeça.

Bati no peito e chamei de amigo, pra isso? Aceito não, papo reto.

Júlia já chorava, esperando que eu acreditasse e fosse atrás daquela história.

Já coloquei a oitão na cintura, e fui passando no meio do pessoal que tava na área da piscina.

Eu já tinha notado que o Cobra tinha sumido, só depois que a Júlia falou, que eu reparei que a Paula também não tava ali.

Peguei minha moto em cima da calçada, e subi indo direito pro lugar que a Júlia tinha falado.

Meu amigo, meu irmão, me traindo? Eu não ligo pra nada, vou meter bala, nego acha que pode me fazer de trouxa e fica por isso mesmo?

Chutei a porta com pé, que já caiu no chão, me dando a visão da Paula agarrada com Cobra.

Paula: Ricardo...- Se separou rápido do Bruno, colocando o lençol na frente do corpo.

Grego: Filho da puta! Eu te coloquei dentro da minha casa, te ajudei quando tu não tinha mais ninguém do lado. Tu me traiu, confiei em tu, arrombado.- Destravei a arma.

Ele ficava todo tempo calado, já a Paula só chorava, segurei a arma firme, mas senti o meu corpo ir no chão, e a arma ir parar longe.

Grego: Desgraçada...- Gritei com a Paula que tinha me derrubado, metendo um tapão na cara dela.

Peguei a arma do chão, ela se encolheu na parede, e eu olhei pro lado, vendo que não tinha mais ninguém ali, só eu e ela.

Paula: Grego, por favor não...- Implorou, mas nem deu outra, foi só três tiro no peito, olhei o corpo cair sem vida no chão, me dando mó sensação estranha.

Passei a mão no rosto tomando postura, só olhando a sangue tomar conta de quase todo o quarto.

Minha mente nem pesou, a vingança pra mim era a melhor coisa.

Coloquei a arma na cintura, e fui saindo do barraco, passando o radinho, mandei fecharem a barreira, mas nem sei se tinha dado tempo dele fugir, eu vou arrancar cada pedaço do corpo daquele arrombado, vou torturar até ele pedir pra morrer de uma vez.

Meu RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora