Primeiras impressões

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Quebra de tempo (Casa de Hoseok) 
 

Hoseok já estava melhor. Ainda gostava de saber como é que aquele remédio cura tão rápido, quer dizer, a doença espelha-se rápido, portanto, o remédio cura rápido. É faz sentido. 
 

JH - Obrigado S/n - A voz de Hoseok estava muito melhor, isso me deixava bem mais tranquila. 
 

S/n - De nada Hobi, também me ajudaste estes anos todos, especialmente quando cá cheguei - Sorri exagerada e abracei-o pelo pescoço. 
 

Jin - Quando é que vais aceitar? — Disse Jin, fazendo-me olhar para ele confusa e desfazer o abraço.
 

S/n - Aceitar o quê Oppa? — Perguntei, eu não sabia exatamente o que ele queria dizer com isso, tinha muitas coisas para aceitar aqui. 
 

RM - Aceitar como é que tu vieste para o céu - Namjoon interrompeu Jin, prevendo que ele seria demasiado direto. 
 

S/n - Ah isso, eu aceito, só não quero falar e nem me lembrar disso - O que não era total verdade, o assunto é muito frágil e só  por ter me lembrado do acontecimento tive que conter as lágrimas que queriam descer. 

De facto eu não tinha aceitado, mas também não me incomodava como antes, não é uma coisa fácil de ultrapassar. 
 

Jin - S/n já se passaram 1500 anos e olha o estado que tu ficaste por te lembrares, um dia tens de aceitar a ideia que aquilo aconteceu, faz parte da tua história, é para teu bem anjinha - Jin aproximou-se, escondendo-me no seu peito, como se quisesse me proteger, eu sei que isto é para meu bem, mas quer dizer, é difícil. 

S/n - É difícil, okay? E, além disso, vocês não passaram por nada disto, vocês morreram num acidente de carro e quando cá chegaram, deram-vos oportunidade de continuar uma semi-vida humana porque são os famosos BTS - Disse contra o peito do Jin, quase como um sussurro, mas eu sabia que eles podiam ouvir, tinha quase sido um desabafo desesperado para justificar a minha dor. 
 

 Mesmo escondida no peito de Jin e quase sufocada com o cheiro de maçã, pode sentir os olhares surpreso sobre mim, ficando um silêncio constrangedor, fazendo-me arrepender de ter aberto a boca.

RM - Sabes o porquê de isso ter acontecido e não foi só connosco, e sim é diferente, não tivemos que aceitar uma morte tão cruel como a tua, mas também nos custou, é claro que a tua dor não vai passar assim tão rápido, e para nós 1500 anos é muito porque estamos sempre a mudar de ritmo de horário, Jin, para ela 1500 anos não foram nada - A voz de Namjoon quebrou o silêncio, justificando todos e defendendo todos ao mesmo tempo, e como sempre Kim Namjoon estava correto, dava até raiva. 
 

Jin - Eh, desculpa S/n, mas é para teu bem e certo senhor Kim, entendo o seu ponto de vista – A sua voz era fofa me apertando mais um pouco no seu abraço, rindo no final, deitando a língua para Namjoon enquanto nós riamos também pela formalidade que o Namjoon odiava.
 

Até entendo, eu ia odiar que o meu namorado me trata-se formalmente, é tão frio. Um namorado é uma pessoa íntima que confiamos, não faz sentido ser formal. 

S/n - Desculpem também, e eu sei que é para o meu bem, um dia vai passar, certo? — Eles assentiram e eu sorri exagerado para Jin, que deu um beijo na minha testa e voltou a esmagar-me. 

Quebra de tempo (1 semana, casa do Namjoon) 
 

RM - S/n estás pronta para receber o teu primeiro convidado? — Já era a décima terceira vez que eu ouvia esta frase.

Ele estava bem preocupado com o convidado, será que era algum demónio? Ou pior um Diabo? Não, não deve ser alguém muito importante, algum humano importante na terra, tipo...quem é que era importante quando eu estava viva? Ah! O Barack Obama, alguém do género.


S/n - Sim Nam, mas quem é? — Assim que terminei de falar, a enorme porta de ouro é movida.

No momento em que vejo o aspeto da pessoa que entrou, engoli a seco, os olhos de Namjoon intercalavam entre a minha pessoa e o convidado, ele estava com as mãos no anel de compromisso com o Jin, o que demonstrava que ele estava nervoso. 

 O convidado era extremamente bonito, tinha uns olhos muito negros que tiveram minha especial atenção, os seus cabelos eram negros e ele era bem alto. As suas asas pretas e o símbolo do seu anel entregavam o que eu temia, ele era um diabo, mas poxa um diabo extremamente bonito. Quê? S/n o que raio estás a pensar? Foco.

RM – Seja bem-vindo Jay Park, teve uma boa viagem? — O diabo assentiu com a cabeça, mas dava para perceber que os olhos deles estavam presos em mim – Que bom que pode vir, não foi incómodo, pois não? — Perguntou Namjoon, mas não obteve resposta, o que fez com que ele bufasse irritado, porém prosseguiu – Ah, está é a S/n, a minha anja conselheira.

 
Fiz um sinal com a cabeça, cumprimentando-o com os olhos fixos nos dele. 


JP - Ah, já tinha ouvido falar dela, parece que o falam sobre ela é verdade - Os olhos dele pesavam sobre o meu corpo, avaliando desde os pés até à cabeça.
 

RM - E o que dizem sobre a minha anja conselheira? — Perguntou fazendo ênfase no anja. — E quem? — Prosseguiu com a sobrancelha arqueada, com um certo tom de irritação.
 

JP – Ah, nada de mais e alguns kidols estavam a falar disso no mama, apenas ouvi – Os olhos dele, finalmente, saíram de mim e foram para Namjoon com um sorriso falso – Namjoon, és bem mais amigável no mundo humano, onde é que está o respeito com os mais velhos RM? — A sua voz tinha claramente tom de deboche. 
 

RM será esse o nome do Namjoon no mundo humano? Eles conhecem-se? Eu queria muito ouvir as músicas dos BTS, eles nunca cantam, eu só ouvi o Jungkook a cantar uma música no casamento dele porque a Caty (a esposa dele) pediu muito, quase implorou.
 

RM - Vamos entrar, Jay queres alguma coisa? — Nam ignorou a provocação, virou-se, seguindo para a sala dele - S/n, vá buscar cafés e depois volte, por favor. 
 

S/n - Certo, estou a ir - Retirei-me, indo para a cozinha. 
 

POV S/n off.
 

Um pecado extremamente bonito - Jay ParkDonde viven las historias. Descúbrelo ahora