Descobertas e choro

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Pov Jay Park On

Estava a sair do restaurante tinha ido jantar com Gray, vendo o carro dele se afastar, aproximei do meu, vendo uma certa demónia a passar as suas unhas no volante. 
 

JP - Tu não andas um pouco abusada demais? — Entrei no carro sentando-me do seu lado. 
 
 
DN - Eu sou abusada baby - Arranhou a minha perna parando na virilha, se aproximado da mim. 
 
 
JP - A que me devo ilustre presença? — Puxei-a para o meu colo. 
 
 
Dn - Eu descobri que não precisas esperar duas semanas, aqueles gostosos que são muito bons na cama vulgo BTS, embora que eu nunca foi para a cama com o Jungkook, mas é… Pelo que a minha anjinha favorita fala, ele é ótimo na cama… Tá não interessa, eu tive com a Caty e ela disse-me que eles não vão voltar para o céu nos próximos três meses, so you can go to the heaven today and fazer a tua anja fall in love - disse mais perto dos meus lábio fazendo-me sentir o hálito quente.
 
 
JP - Ótimo, porque eu ia ficar a corroer por dentro, e tu vais beijar-me ou vais ficar de joguinho - ela riu e deu-me um beijo quente e rápido. 
 
 
DN - Agora vai lá garanhão antes a princesinha caia nas garras do lobo mau - Tirou as minhas mãos da sua cintura voltando para o lugar do condutor - E passa-me a chave que eu tenho um encontro com o Gray - Dei-lhe a chave e usei os meus poderes, logo encontrando-me numa praça do céu. 
 

 
Que lindo, como que eu vou saber qual é a casa da S/n? 
 
 

POV Jay Park Off

POV S/n on
 

Tinha ido comprar coisas que precisava para a minha casa quando passei pelo parque e sentei-me num banco à frente do rio, vendo as flores mexerem-se com a leve brisa e um casal de namorados a passar de mãos dadas, tão fofos. 
 

 
Flashback on
 
 
X - Estás a ver aquele casal ali, tão fofo, nunca vais ter isso na tua vida, sabes porquê? - neguei com a cabeça enquanto sentia as lágrimas salgadas nas minhas bochechas - Porquê vais ficar comigo para sempre e porque ninguém vai querer uma vadia como tu, nem te vai salvar das minhas mãozinhas.
 
 

Estávamos escondidos no parque, os seus dedos ásperos entravam e saíam da minha intimidade, a outra mão tapava com forma a minha boca e o seu pénis estava entre a minha bunda, ameaçando colocá-lo lá dentro. 
 
 
Os meus olhos ardiam de tanto chorar, as minhas bochechas doíam de tanta força que ele fazia com a mão, assim como tudo o meu corpo doía.
 
 
Mentalmente, eu gritava para aquelas pessoas me salvarem deste inferno, mas ela não viam, não ouviam, elas apenas se importavam com a sua felicidade naquele momento, as mãos interlaçadas com as das pessoas que amam, os olhares apaixonados, os beijos carinhosos trocados algumas vezes, até as mães que corriam atrás dos seus filhos, enquanto esses fugiam atrás de uma linda borboleta, ninguém via o quanto eu estava a sofrer, nas mãos de um monstro, escondida atrás daquele maldito círculo de arbustos, no meio daquelas árvores robustas que todos dizem estar assombradas. 
 
De certeza estavam, porque nem elas se importavam com a minha dor, elas até ajudavam, nos escondendo, com certeza estão a divertir-se com tudo o meu sofrimento. 
 
 
 
Senti um impacto forte nas minhas costas, indo de encontro à relva fofa, ouvindo o barulho da fivela do cinto.
 

 
Flashback Off
 
 
JP - S/n, S/n, está tudo bem? O que aconteceu? — Foi abanada por Jay fazendo-me voltar à realidade. 
 
 
S/n - Está, está tudo bem, o que fazes aqui? - levantei-me, enxugar as lágrimas com as mangas do casaco. 
 
 
JP - É óbvio que não está tudo bem, estás a chorar, vem cá - Jay puxou-me para um abraço, escondendo a minha cara no seu peito - porque choras, meu anjo? — Perguntou carinhoso afastando-se um pouco para enxugar as lágrimas teimosas que ainda saiam dos meus olhos. 
 
 
S/n - Vamos para minha casa, eu te explico lá. 
 

 
Afastei-me, peguei nos sacos de compras e comecei a caminhar em direção a minha casa.
 
 
No meio do caminho, Jay tirou-me um dos sacos, entrelaçando os seus dedos nos meus, fazendo-me chorar novamente. 
 

 
JP - Hey, não chores, olha que esses olhinhos deitarem lágrimas dá direito a inferno - O seu tom de voz era fofo e preocupado, completamente diferente do pervertido sarcástico do costume. 
 
 
S/n - Não sabia disso - Ri de leve - Chegamos - Disse enquanto colocava a chave na fechadura. 
 
 

Entramos e fomos para o meu quarto, enquanto em fiz um mini tour pela minha casa. 
 
 
Quando chegamos ao meu quarto atirei-me para a minha cama, afundando a casa na almofada, senti o outro lado da cama afundar e ouvi um suspiro vindo de Jay. 
 
 

JP - Vais contar-me ou preferes que eu te abrace e tu simplesmente choras? — Passou a mão pelo meu cabelo. 
 
 

Ele está estranho, está carinhoso demais, mas eu preciso contar a alguém, não posso ficar três meses com isto entalado sem puder contar a ninguém.
 
 

S/n - Quando era viva, eu não sabia quem eram os meus pais, eu não sabia o meu aniversário, eu mal sabia a minha idade, apenas sabia que eu pertencia a uma pessoa, eu tinha nascido para satisfazer essa pessoa, e que eu morreria no dia que deixa-se de fazer - Virei-me para cima, encarando a estrela e Jay fez o mesmo - Eu estava presa numa casa, numa casa amarela, com um mini jardim e nas traseiras da casa um pequeno parque e uma casa, onde ele guardava tudo o que usava para me torturar, havia uma cerca branca para com um portão que dividia a casa do jardim. Sempre que ele estava em casa, eu ficava trancada no quarto, o quarto permitia ouvir tudo o que acontecia fora, nas não o que acontecia dentro, eu conseguia ouvir quando as palavras carinhosas que ele dizia às namoradas dele, conseguia ouvir os gemidos de ambos no quarto ao lado - sentei-me, e Jay abraçou o meu corpo puxando para me deitar novamente no peito dele. 
 
 
JP - Que horrível - Murmurou Jay enquanto fazia carinho no meu cabelo 
 
 
S/n - Todos os dias ele deixava uns livros e uns exercícios para eu fazer, especialmente de psicologia para que eu me mentaliza-se sobre o que ele iria fazer comigo nos dias a seguir. Quando ele saía de casa, eu tinha apenas acesso à cozinha, às traseiras da casa, que eu tentei muitas vezes fugir pelo parque, à casa nas traseiras, e ao maldito quarto da porta vermelha…
 
 

Um pecado extremamente bonito - Jay ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora