Capítulo Um: Era Para Hope Esquecer.

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N/A: oi gracinhas!!!!! eu sei que nos livros e nos filmes os Weasley ganham uma viagem para o Egito e é a fotografia deles no jornal que faz o Sirius escapar de Azkaban, por conta do Perebas, mas eu resolvi modificar isso, então, nesta versão, os Weasley não ganharam nenhum prêmio e passaram as férias em casa mesmo, bem gente como a gente. obrigada pela atenção, e aproveitem a leitura <3 por favor perdoem qualquer erro, eu revisei o capítulo, mas algum sempre passa batido <3 <3


Capítulo Um
Era Para Hope Esquecer

Entre Julho e Agosto de 1993, 3º ano

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Entre Julho e Agosto de 1993, 3º ano

— Você é perfeita — ele diz, roçando os lábios nas bochechas dela; segurando-a perto do coração, ela quase sente-o bater; há um eco dentro dela, há um eco dentro dele; o retumbar de um pulso errático. É um sonho, ela tenta convencer a si mesma, é só um sonho; mas os beijos dele parecem reais demais, ela sente a pressão na testa, na ponta do nariz. — Você é perfeita.

Deixe-me em paz, ela quer gritar. Deixe-me ir.

Nunca, ela o ouve dizer, nunca. Você pertence a mim; você — sua magia — é minha.

Hope acordou suando no meio da noite. Mais um pesadelo. Empurrou o cobertor, sentou-se na cama, calçou as pantufas e saiu do quarto. Saphira, sua gatinha de estimação, enlaçou-se entre as pernas dela, seguindo-a. A casa estava escura e silenciosa; todos dormiam. Ela passou em frente ao quarto dos pais, tentada a bater e pedir por companhia, mas ainda sentia aquele nó na garganta, a sensação gelada do medo. Foi só um pesadelo, ela disse a si mesma, descendo as escadas, não é real.

Mas parecia, e como parecia. Ela acendeu a luz da cozinha, ficou na ponta dos pés e pegou uma xícara de porcelana azul no armário. Ligou a chaleira e esquentou o leite. Havia mel na despensa. Era a técnica que aprendera com o pai para afugentar os terrores noturnos. Ela observou seu reflexo na janela da pia. Toda turva e indefinida. Toda errada. Era para Hope esquecer — ela precisava esquecer, mas ficava lembrando, revivendo as memórias. Ainda sentia o toque dele em seus cabelos; ainda inspirava um cheiro de sândalo no banho; às vezes, estava no pequeno ateliê da casa, em meio a luz e as telas, e finalizava um retrato dele. Era o medo falando mais alto, e ela odiava.

Hope despejou uma colher de mel na xícara, vendo-o ser absorvido pelo leite. O cheiro estimulou a oquidão em seu estômago. Saphira acariciou os tornozelos dela, tentando chamar sua atenção. Hope agachou-se, esfregou atrás das orelhinhas brancas e peludas da gata, e sentou-se à mesa; em vez de beber o leite quente, envolveu as mãos ao redor da xícara, aquecendo os dedos, e esperou. Às vezes, no escuro, na calada da noite, conseguia ouvir a voz dele sussurrar ao seu ouvido lindas promessas. Era um tipo de encanto; uma necessidade. Hope nunca sentira esse tipo de desespero antes — como se algo visceral dentro dela chamasse por ele. Era sua ganância. Sua fome incontrolável por conhecimento. Era sua fraqueza.

O Olho do Dragão, Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora