Capítulo Quatro: Pobre Hope.

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Capítulo Quatro
Pobre Hope

Capítulo QuatroPobre Hope

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Setembro de 1993, 3º ano

Hagrid e Dumbledore não compareceram ao café da manhã do dia seguinte.

Millicent, que ficou responsável por entregar a correspondência para Draco, ainda na enfermaria, esperando para ser liberado, confessou ter bisbilhotado a carta e roubado os deliciosos docinhos élficos que a mãe dele enviara para confortá-lo em um momento tão difícil. Pobrezinho, sofrendo dores excruciantes, sozinho, em uma ala hospitalar desconfortável e solitária. E o quão caridosos e companheiros eram seus amigos, que fariam de tudo para tornar a recuperação dele o mais agradável possível. Daphne, Blaise e Hope tranquilizaram o coração inquieto de Narcisa Malfoy com promessas doces e reconfortantes de que tomariam conta de Draco, garantindo que todas as suas vontades seriam satisfeitas.

— Que amáveis — zombou Gina, entregando a carta para Sally-Anne Parks e Emma Vance lerem também. — Como Draco é sortudo por ter amigos tão dedicados.

— Somos mesmo maravilhosos, obrigado — engrandeceu-se Blaise, sorrindo charmosamente. — E nos preocupamos imensamente com o bem-estar do nosso queridíssimo Draco.

— Coitadinho. — Millicent fingiu enxugar uma lágrima sorrateira. — O que seria dele sem nós? Como ele suportou essa madrugada tortuosa, agonizando devido a dor?

— Me parte o coração saber que o deixamos sozinho a noite toda. — Hope colocou a mão no peito, parecendo tão angustiada que fez Astoria rir. — A única coisa que me conforta são esses docinhos.

— A culpa está me devorando viva! — Daphne tampou os olhos com as mãos, baixando a cabeça com uma aflição devotada, enquanto surrupiava um dos docinhos da caixa.

Quem visse de fora, acharia mesmo que eles estavam preocupados com a condição de Draco. Marcus Flint fez uma excelente encenação de profunda angústia ao reunir os companheiros de time e sacudir a cabeça, desoladamente, como se compartilhasse notícias terríveis; Adrian Pucey buscou conforto nos braços de Anastasia Spellman, uma das monitoras da Sonserina, e não havia como negar que a expressão inconsolável dos dois merecia aplausos devido a dedicação.

Eles estavam interpretando tão bem o papel que Eleanor Argent, a editora-chefe do Jornal da Escola, aproximou-se de mansinho de Cassius Warrington para entender melhor a situação e desejar melhoras para Draco. Em breve, haveria alguma coluna mencionando o acidente infeliz dele com o hipogrifo. Pansy aproveitava bem a atenção, agindo com a revolta de uma namorada aflita e desolada. As coisas estavam indo tão bem — para Draco — que, até mesmo Snape, na mesa dos funcionários, parecia um pouquinho abatido, como se tivesse passado a noite em claro, remoendo-se de preocupação.

McGonagall parecia desaprovar o teatrinho dos alunos, e não era a única; Hermione, Rony e Harry lançavam olhares emburrados para Hope e os demais, parecendo achar que tal hostilidade faria-os desistir da encenação.

O Olho do Dragão, Harry PotterOù les histoires vivent. Découvrez maintenant