20 || niall horan again ✔

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CAPÍTULO XX

Esse homem consegue fazer com que a minha raiva por ele suma igual a água no deserto, talvez seja porque estou sensível e ele todo legal e delicado tem parecido muito protetor.

Estava olhando pra tv onde uma comédia romântica passava, um edredom em volta de meu corpo e uma vasilha de pipoca em mãos. A luz da lua iluminava um pouco a sala, sozinha, sensível chorando por um casal que nem existe. Essa era eu.

_Posso te acompanhar? -Seu sorriso doce me fez assentir sem ao menos perceber, ele coçou a nuca e caminhou lentamente em minha direção.

O edredom foi puxado, com os pés mesmo ele tirou os sapatos e sentou ao meu lado, bem perto mesmo, e voltou a nós cobrir.

A pipoca ja estava na mesinha de centro e algumas lágrimas teimosos caíam pelo meu rosto. Eles não podia matar um cachorro!

_Não me diga que está assim pelo cachorro. - Zombou e eu concordei limpando o líquido de minhas bochechas.

_Eles podiam muito bem ter dado um tiro na cabeça do cara e fazer seus miolos se espalharem pelo chão... Mas o que o coitadinho fez? Mordeu o filho da puta tentando proteger o dono! - Funguei.

_Tadinha da Am... Pensa que agora ele está em um lugar melhor... Lá no céu dos cães. - Seus braços circularam meu pescoço e minha cabeça ficou a altura de seu peito, minhas lágrimas aumentaram e me senti boba por chorar na camisa do Horan...

Era mais forte que eu, desculpa. E ultimamente ele tem sido tão amável, sem me dar indiretas e me forçar a nada. Tão amigo.

_Obrigada, estou me sentindo muito melhor. -Sorri e me afastei um pouco dele.

Ouvi um grito e olho assustada pra tv, uma criança fora atropelada.

_NÃO! - Gritei involuntariamente e ele voltou a me abraçar limpando as novas lágrimas. "A betty tambem?" Murmurei meu coração estava apertado. Eu sei que ninguém morreu, mas dói.

_Ok, chega de televisão. - Pegou o controle e desligou o aparelho. _Que tal um jogo? - Me arrumei no sofá e sorri fraco querendo apagar da mente as mortes em uma noite só.

_O que sugere? - Minha voz sai fraca e falha pelo choro.

_Perguntas e respostas... estou mesmo interessado em te conhecer. - Se virou de frente pra mim. Fiz o mesmo.

_Pode começar. - Suspirei nao sabendo o que esperar.

_Qual sua comida preferida?

_Meu paladar é bem brasileiro então fico com strogonoff de frango.

_Nada de salada? Pensei que fosse do tipo que vive em dietas...- Senti que por instantes ele estivesse a me comparar com a barbie dos infernos.

_Não, gosto de coisas que engordam.

_Tipo pênis?

_Hã? Eu não entendi.

_Tem carne, leite, ovos e te deixa cheia por nove meses...

_Seu idiota!- Gargalhei. _Minha vez- pensei um pouco. _Tem irmãos?- Questionei com a primeira coisa que me apareceu na mente.

_Sim, ela tem 15 anos e se chama Lexi... Quem sabe em breve a conheça.

_Eu adoraria.

O silêncio pairou sobre nós.

_Hm. Como aconteceu?- Por segundos fiquei confusa, mas algo me fez perceber que ele se referia a meus pais.

_Sequestraram minha mãe obrigando meu pai a devolver as armas... Ele quis dar uma de herói e salva-la. Ficar com a mulher e com as armas. Mas era uma emboscada. Eles estavam escondidos.

Ele me olhou com pena.

_Não sei o que dizer.

_Eu estava lá, vendo meu pai levar um tiro na cabeça e minha mãe gritar desesperada, a última coisa que vi foi seus olhos me fitarem e não sei, mas senti que ela quisesse me falar algo. Eu me escondi no banco do carro e por sorte não me acharam. Em partes foi culpa minha -Suspirei.

_Porque?

_Eles queriam a mim, não minha mãe... Era para eu estar morta. Não os dois!

_Se isso tivesse acontecido, eu nunca te conheceria.

Olhei profundamente seus olhos azuis e sorri, ele se levantou e me puxou para um abraço. Me senti protegida e feliz. Seu perfume amadeirado entrou em minhas narinas e fez com que eu quisesse que isso nunca acabasse.

_Cadê a sua namorada?... Onde se conheceram.

_A Bárbara, não sei se sabe mas ela é filha de uma modelo já aposentada... Lolita. E ema festa eu acabei me esbarrando com elas, foi meio que automático. Me interessei por ela, ela por mim e em menos de um mês estávamos namorando - Encolheu os ombros. _Ela está no aeroporto a caminho de Los Angeles, vai visitar a mãe.

_E porque não esperou até o casamento de vocês pra engravida-la?

_Uma pergunta por vez, mas eu respondo - Sorri. _Na verdade ela não queria, e como sou apressado resolvi testar em um barriga de aluguel. Não sei, quando ela te viu começou a tentar ter um bebé também mas eu não queria te dispensar.

_Quer dizer que estou aqui de favor? -Engoli em seco.

_Tecnicamente sim... Mas não.

Me levantei irritada e magoada.

_Então é o que?

_Eu gosto de ti! E só você não percebe isso

_Não Niall você não gosta, isso é apenas coisas da sua mente!

_Estou disposto a tudo pra te provar isso...

_O quão disposto isso quer dizer?

_Disposto a largar a Barbie.

_Você não está falando coisa com coisa, não pode jogar um relacionamento de dois anos fora pro causa de uma menina que acabou de conhecer!

_Essa menina não é uma qualquer, ela é humilde e com uma personalidade que faz qualquer um se apaixonar.

_Não está dizendo coisa com coisa.

_Eu nunca disse algo com mais sentido.

_Estou na TPM, não se brinca com alguém nesse estado Horan.

_A última coisa que eu faria com você é brincar. -Ele pareceu sincero.

_Isso não é certo... -Abaixei o olhar.

_Não é certo eu não poder te beijar.

Voltou a me agarrar mas dessa vez suas mãos foram ao meu rosto, e em seguida seus lábios no meus.

Olhos fechados, respiração acelerada, interior queimando, e um sentimento de culpa. Essa era eu beijando novamente Niall Hora.

Sua língua acariciou a minha calmamente, minhas pernas bambearam, segurei em seu pescoço pra não cair, ele simplesmente sorriu entre o beijo e voltou a explorar minha boca, eu seguia seus movimentos lentos com desdém, estava em dúvidas ainda se era certo continuar com aquilo.

Suas grandes mãos desceram a minha cintura e a apertou de leve, logo depois me puxou pra me fazer encostar mais nele.

O ar já faltava e nos ali, nem nos importávamos continuamos a nós beijar como se nada fosse necessário a não ser nossa troca de saliva. Mas meus pulmões começaram a arder, ele se separou de mim com os olhos ainda fechados e seus dentes puxaram meu lábio inferior.

_Esquece tudo, não diz nada. - Me puxou calmamente até o sofá, ligou a televisão, e graças ao bom Deus o filme assassino de bichinhos já não passava mais.

Rodei um pouco e acabei por deitar, ele me apertou e deito atrás de meu corpo, me abraçando me impedindo de cair.

Acabo de perceber que não odeio o loiro, estou apaixonada por ele. Mesmo sabendo os riscos e o quão errado é isso.

Barriga De Aluguel || N.H ||Where stories live. Discover now