My Unexpected Host - Min Yoongi

O amigo

Hoseok

— Hoseok! Sai desse quarto! - Mihae grita atrás da porta e acordo assustado.

Droga... Eu só quero dormir...

— Jung Hoseok é melhor que você não esteja pelado porque eu vou entrar!

A porta abre com violência e a claridade praticamente cega meus olhos.

— Até quando vai ficar aí, seu bobo? Vai virar monge no próprio quarto?! - ela começa a abrir as cortinas.

— Mihae! Me deixa! - exclamo cobrindo a cabeça com o cobertor.

— Não vou deixar você aqui nem mais um segundo! Desde que voltou de viagem quase não sai desse quarto!

Sento na cama indignado.

— Claro que saio! Todos os dias!

— Você quer dizer noites, né? Você nunca foi de gostar tanto de balada, mas agora tá parecendo morcego! Vive à noite e de dia só dorme nesse mausoléu. - ela começa a abrir as janelas — Eu tenho que limpar esse quarto! Olha essa nojeira!!

— Me deixa quieto, Mihae... - resmungo.

— Vai, anda logo! Levanta dessa cama!! - ela começa a me puxar e me bate com o travesseiro.

— Hey! Que agressividade é essa? - tento me defender, mas ela continua.

— Anda! Vai!!

Mihae transforma o simples travesseiro em um porrete e não vejo escapatória a não ser sair da cama.

— Tô indo! Você tá louca?

— Você vai ver quem é louca daqui a pouco se não for tomar um banho agora!

Obedeço e vou para o chuveiro, saindo quase 30 minutos depois.

Troco de roupa e quando vou para a cozinha Mihae está cozinhando.

— Achei que tinha morrido no chuveiro.

— Provavelmente você só está vendo o meu espírito caminhando por aqui então. - ela ri e tira uma assadeira de pão de queijo do forno. — Você é mesmo um anjo, Mihae!

Beijo a senhora que cuidou de mim a vida toda e sento para devorar a comida.

— Hoseok! Come devagar!

— Isso aqui tá maravilhoso!! - falo com a boca cheia.

— A S/N que me ensinou a receita, lembra? - ela sorri e eu abaixo os olhos.

— É... Ela era mesmo incrível.

A lembrança de minha irmã adotiva e o medo pelo que pode acontecer a ela caso meu plano dê errado faz meu estômago revirar e deixo o pão meio mordido de volta no prato.

— Acho que perdi a fome. - levanto — Obrigada, Mi — forço um sorriso.

— Hey! Hoseok, não fica assim...

A senhora se levanta e vem me abraçar.

— Eu sinto falta dela... Muita falta... - choro sem conseguir segurar mais.

— Eu sei... Eu sei...

Mihae me aninha em seus braços como sempre fez quando era pequeno. Como se fosse minha mãe.

— Logo logo você poderá vê-la...

— Quando, Mihae? Meu pai não pode saber que ela está viva...

A senhora suspira e se afasta.

— Ele já sabe...

O quê? Como assim ele já sabe? Sinto um frio na espinha, completamente apavorado.