Amnesia

16. Doçura.

*Capítulo narrado em terceira pessoa.

Noite  anterior.

CHRISTOPHER

Christopher já sabia como funcionava as coisas em Vegas e isso fazia com que seu ânimo aumentasse consideravelmente quando estava na cidade. E era ainda melhor estando com seus melhores amigos, mesmo estando sozinho no momento já que acabou se separando dos amigos quando disse que iria ao banheiro. Depois, foi ao bar. Ao invés de beber um drink, acabou bebendo mais de cinco.

Caminhava sem rumo, adentrando cassinos e hotéis diferentes, rondando a área. Observava tudo, desde as mulheres até a jogatina. Quanto mais andava, mais perdido ficava. Parava ao menos uma vez em cada bar para pegar algo para beber.

Em um desses cassinos, avistou uma quantidade considerável de pessoas em um só local, agrupados em apenas um salão. Sua curiosidade falou mais alto e como ele estava sozinho não tinha ninguém pra dizer não a ele. 

Mais alguns passos, ainda segurando o copo de whisky na mão, estava em um salão oval. Alguns stands e posters chamaram sua atenção e ele pensou ser algum tipo de evento, só não sabia sobre o que. As cores predominantes eram vermelho e preto. As luzes eram baixas, um ambiente mais íntimo. Christopher adorou essa parte.

Passando pelo local, seus olhos encontraram algo que o deixa muito satisfeito. Mordeu o lábio inferior e observou aquela mulher que tanto o chamou atenção.

Loira, estava com um vestido de couro justo ao corpo na cor vermelha e botas que vinham até seu joelho na cor preta. Seu cabelo era curto, o que a deixava sexy.

Christopher não conseguia tirar seus olhos da mulher, mesmo ela estando de costas. Queria ir até lá falar com ela, mas percebeu que a mesma estava ocupada conversando com um casal. Resolveu não interromper, mas se aproximou cautelosamente.

Esperou o casal se afastar para iniciar uma conversa. Sua bebida estava no fim, então resolveu começar por aí.

— Você sabe onde consigo mais disso? — ele falou, balançando o copo.

A mulher virou-se. Se antes Chris havia ficado interessado, agora estava dez vezes mais.

— Oh, querido, tenho certeza que vi um bar perto do cassino. — respondeu naturalmente, arrumando o cabelo, deixando-o alinhado — Meu nome é Laura.

Ele não se conteve e automaticamente mordeu os lábios de novo. Laura percebeu e gostou, abrindo um sorriso encantador. Chris teve a certeza de que aquela mulher conseguiria levá-lo ao céu e ao inferno em questão de segundos e ele estava ansioso pela viagem.

Os dois iniciaram uma conversa cheia de segundas intenções e trocadilhos nas palavras que ambos estavam entendendo muito bem.

Laura tinha trinta e dois anos. Christopher não  se incomodou, para ele idade não era um problema desde que fossem maiores de vinte e um.

Chris não conseguia reparar em mais nada a sua volta. Laura pareceu ter roubado toda a sua atenção. Ela sabia disso. Deixou bem claro o quanto gostou do garoto quando sussurrou baixinho em seu ouvido de que aquele salão estava ficando cheio demais.

— Vamos para o meu quarto então — Christopher respondeu a insinuação — Tomar algum drink, conversar um pouco mais.