Itália.

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Enrico.

Eu tinha passado a noite em claro com o meu filho e estava exausto, mas por ele eu ficaria mil noites sem reclamar, mas pela manhã eu fui informado que o Enzo passaria a próxima noite sozinho. Eu tinha ficado um pouco mais calmo com esse pedido quando o médico informou que ele estaria com alguma medicação que o faria dormir toda a noite, como não podíamos ficar fomos para casa, no fundo ia ser bom dormir em uma cama e ter uma noite completa de sono, meus pais também estavam muito cansados, pois estavam com o Enzo desde do início dessa jornada.

— Vamos pra casa?

— Sim filho, e vamos levar a Anne também, ela está muito abalada e parece sentir muito pelo filho.

— Espero que ela com esse susto comece a ser uma mãe de verdade.

— Ela sempre usou o menino para chegar a você, mas quando ela viu que os planos dela não deram certo ela largou o menino com a babá, e se não fosse nós ele não seria essa criança feliz.

— Mãe eu me sinto cada vez mais culpado quando escuto isso.

— Não sinta meu filho, você não podia ficar aqui com a Anne aprontando para cima de você, e se você tivesse ficado aqui o Enzo ia sofrer por causa das brigas de vocês, e isso não ia fazer nada bem para ele.

— Mãe eu quero o Enzo para mim.

— E a Anne, como que vai ficar?

— Eu ainda não sei.

— Vamos eu já estou pronta para irmos meu amor. era a Anne.

— Anne eu estou cansado, e por favor não se dirija a mim assim.

— Minha filha, não comece uma briga no hospital, estamos todos cansados e vamos embora.

Carol.

Eu tinha acabado de chegar na Itália e estava embarcando em um táxi rumo à casa do Enrico, eu tinha falado com o Giovanni que tinha me garantido que o Enrico ia dormir hoje em casa, e eu espero que ele me aceite por lá. Já era tarde quando o táxi parou no endereço que eu dei, eu fiquei na dúvida se batia ou não na porta. Eu decidi bater, estava morrendo de saudade e ele estava precisando de mim.

— Grazie (obrigada senhor).

Agora era reunir um pouco mais de coragem e bater na porta da casa do Enrico. Então que seja.

— Quem a essa hora está batendo na porta?

Todos tinham ficado na casa do Enrico porque ficava na cidade e era mais perto do hospital, inclusive a Anne que estava indo abrir a porta da casa como se fosse a dona do pedaço.

— Você?

— Anne!!

— O que você faz aqui?

— O Enrico está?

— Meu marido está dormindo.

— Anne por favor você pode chamar ele para mim?

— Você não escutou? Ele está muito cansado e só agora que ele conseguiu dormir, eu não vou chamar ele para falar com você.

— Tudo bem, amanhã eu volto.

— Eu se fosse você não voltava, agora que estamos juntos e somos uma família de verdade novamente não ouse ser a destruidora de lares.

— Eu voltarei, e se o Enrico falar para eu ir embora aí sim eu vou.

Eu tinha me mantido firme diante da Anne, mas confesso que quando ela abriu aquela porta meu coração se quebrou, enfim consegui me manter firme. Olhar para esse quarto sozinha me dava uma sensação ruim, o meu maior desejo era que o Enrico estivesse aqui comigo.

Alma Gêmea.Onde histórias criam vida. Descubra agora