WRONG GIRL [✾] SAMMY WILK

WRONG GIRL [✾] 25

MEREDITH JONES
um mês depois

Solto um suspiro quando escuto o som de batidas na porta. Ele tinha avisado que vinha, então não foi nenhuma surpresa, mesmo assim eu estava nervosa.

Não sei o que esperar dessa conversa. Nós nunca tivemos coisas bem resolvidas, o que aconteceu não passou uma bela e grande merda.

Franzo o cenho quando vejo Sammy com uma mistura de verde e roxo abaixo do seu olho direito. Ele sorri para mim e da de ombros, como se dissesse que não foi nada demais.

Mas sei que foi.

— Foi o Benny, não foi? — apesar de nem precisar perguntar, achei que devia fazer isso.

— Você ainda tem dúvidas? — Sammy sorriu fraco. Me afastei da entrada para que ele pudesse passar.

Tranquei a porta seguindo ele até a sala.

— Quer tomar alguma coisa?

— Não, acho melhor a gente ir direito ao ponto. — ver Sammy Wilk sério é uma novidade pra mim.

— Tudo bem. — sentei no sofá de frente para o dele, esperando o que ele tinha pra falar.

— O que a gente faz agora? — olho confusa para ele.

— Como assim, Sammy?

— Essa confusão toda foi atoa? Quer dizer, a gente sente atração um pelo outro, você mesma quis me beijar aquele dia...

— Sam. — ele parou de falar e me olhou. Acho que eu já sabia que seria sobre isso que ele viria falar. — Você confiaria em mim? Porque eu não confiaria em você. Olha só pra como a gente começou, Samuel. Você dando em cima da namorada do seu irmão. Eu sempre teria um pé atrás com você, pois o fato de você sentir atração por mim enquanto eu estava em um relacionamento e você também, me diz muita coisa.

— Olhando por esse lado, você tem razão. — ele baixou seu olhar e ficou encarando suas unhas, que percebi estarem pintadas de rosa e roxa. — Acho que a gente sempre daria errado.

— Exatamente.

— E eu estou tentando fazer as coisas certas dessa vez. — relaxei meus ombros, pois aquela tensão entre nós estava acabando. — Bom, minha mãe me colocou pra fora de casa, na verdade ela me mandou pra casa da minha avó. O Benny me bateu e não quer me ver nem pitado de ouro, ninguém na minha casa.

— Eles vão voltar a falar com você, Sammy. São sua família e pessoas boas. Até o Benny pode te perdoar um dia.

— Ele pode perdoar você também. — Sammy tentou me reconfortar ao perceber o tom triste na minha voz. — ele ainda ama você, quem sabe vocês até voltem.

Nego com a cabeça: — Como eu disse, não vai ser a mesma coisa. Todo nos precisamos recomeçar do zero.

Sammy concordou com a cabeça e se levantou.

— Bom, acho melhor eu ir. — acompanhei ele até a porta. — Hm...podemos ser amigos?

— Quem sabe. — me encosto na porta. — primeiro tenta se reconciliar com seu irmão.

— Acho que depois de alguns murros, ele me perdoa. Me arrependi muito, Jones.

— Eu também, Sammy.

— Tchau. — ele veio na minha direção, me abraçando e dando um beijo na minha testa.

— Boa sorte com o novo Sammy. — ele sorriu e se despediu de mim com um aceno de mão, sumindo dentro do elevador.

O que eu e Sammy fizemos não foi bonito, e eu nunca vou me orgulhar disso. Mas por outro lado, serviu para eu rever muitas coisas sobre relacionamentos, uma delas, é que eu não estou pronta para um e que eu não posso deixar uma simples atração, interferir em algo grande e bom que Benny e eu tínhamos. Porém, mesmo que uma dia ele me perdoe e queira voltar, eu nunca aceitaria, Ben precisa de alguém incrível que nem ele e esse alguém não sou eu, pelo menos não agora.

Sou a garota errada, para os garotos Wilk.

THE END.