Capitulo- 2

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Chego no quintal, vejo Josh cabisbaixo sentado nas espreguiçadeiras. Paro ao seu lado. Ele apoia a cabeça nas minha coxas e abraça meus calcanhares e começa a chorar.

-Hey, vai ficar tudo bem!- o conforto. Sento ao seu lado abraçando.

-Eu sei que vai.- ele enxuga as lágrimas que não param.

-Então porquê está chorando?

-Porque será Frankie, heim? Porque será? Porque talvez minha mãe esteja de volta com a porra do câncer. Deveria ficar feliz com isso?- engulo o choro que já estava segurando com a notícia e essa ignorância me deixou mais chateada. Sei que a pergunta foi besta, mas não precisava falar isso.

-Quando você se acalmar e diminuir sua ignorância. Volto a falar com você.- levanto.- sabe onde me procurar.- estava prestes a ir, sinto ele segurar minha mão me fazendo sentar ao seu lado.

-Desculpa, tô irritado, triste, querendo fazer de tudo para que ela não sinta isso de volta e pelo jeito. Pode ser grave, ao ponto de ser fatal.- o faço escorar no meu ombro.- Semana passada ela estava tão bem e chegou hoje, tudo desandou, desmoronou e voltou a ser como era antes. Agora eu não posso estar ao lado dela.- voltou a chorar. Seguro mais ainda minhas lágrimas, quero ser forte para ele. Não posso mostrar minha fraqueza, se não dá tudo errado.

-Josh.- não olho para ele.- entenda uma coisa. Nem tudo na vida é um mar de rosas e perfeito a todo momento e nem o que queremos. Se eu fosse querer tudo que eu queria Ele estaria lascado, o terceiro era ser milionária e herdeira.- ele ri.- aquilo nunca ter acontecido e que a sua mãe tivesse cem por cento curada ou que nem tivesse isso.- ele pega minha mão.- Isso são ensinamentos da vida, para ter paciência e esperar a hora certa que tudo dará certo.

-Tenho medo de perde-lá.

-Você não vai perdê-la, tenho a minha palavra. E já percebeu como Deus foi e é maravilhoso com a sua mãe, Ele curou ela e a protegeu até agora mas essa aparição novamente foi por conta de erros médicos ou seu corpo não reagiu bem com os remédios. Ele está sempre do lado dela e de todos, porque é isso que Ele faz. Não seja quantos erros, acidentes ou qualquer coisa, Ele sempre vai estar lá! Então não culpe a Deus, mesmo que você nunca tenha falado isso.- Josh me olha com mais calma e tranquilidade.

-Eu te amo demais, se aquele sorvete não tivesse caído no chão. Não sei como seria minha vida sem você.

-Provavelmente seria bem chata e sem cor.- me esnobo. Ele ri negando.

-Que besta. Acredito que seria mais divertida e com muita cor!- mostro o dedo do meio, ele me abraça com rapidez. O faço soltar de mim.- se continuar fazendo isso vou te jogar na piscina.

-Você não é capaz!- continuo. Em segundos sinto meus pés longe da grama e do nada ficando azul.- Não Josh! Não faz isso!- ele está me carregando como se fosse uma noiva.

-Não vou te soltar até concordar com o que falei.

-Jamais!- ele finge me soltar, fecho meus olhos e a respiração prestes a sentir a água bater nas minhas costas. Só que me seguro em seu pescoço com muita força.

-Jenny?!- abro devagar e reparo que ainda está tudo verde em volta e o azul está embaixo de mim. Viro meu rosto para o ver e uol! Está próximo demais.

Impressão minha ou sua respiração está mais rápida e está fazendo a jogada do triângulo no meu rosto. Estou sentindo algo no meu estômago, algo que não sinto a tanto tempo. Preciso acabar com isso.

-Josh?!- voltou a realidade e me desceu.- bom. Eu estou certa e também te amo.- aperto suas bochechas e beijo a ponta do seu nariz.

Nos abraçamos reconfortante, seus abraços sempre são quentes e macios. Traz uma sensação de conforto e que tudo irá ficar bem.

-Josh!- ouço uma voz irritante chamando meu melhor amigo.

-Me chamou?- ele pergunta pra mim.

Aponta com a cabeça mostrando quem o chama.

-Achei!- finge preocupação.- estamos indo embora. Vamos?- assentiu.

Ele está indo na frente e eu e Annie indo logo atrás. Antes de entrarmos, ela me pare.

-Não sei o que vocês estavam aprontando e não é tão do meu interesse. Mas se estiverem tendo algo, não machuque o coração dele. Jamais!

-Annie fica tranquila, eu e o seu irmão somos melhores amigos e para sempre seremos. E se eu machucar o coração dele, pode me enterrar viva! Porque com toda certeza, ele não merece isso e não merecer mais ver a minha pessoa em pele e osso.- falo isso enquanto olho para ele. Que está ajudando sua mãe a se levantar e ir até a porta.- é a deixa para você ir.- aceno em direção a saída.

-Cuida bem dele, só isso que eu peço.- diz com firmeza. Sorri fraco assentindo e saiu da minha frente.

Acenei para os mesmos indo embora. Fomos arrumar as bagunças e não foi dito uma palavra sequer, Paul não apareceu mais depois da notícia. Creio que já deve estar dormindo ou fumando.

E eu já vou fazer isso, não fumar. E sim dormir, essas últimas horas da noite me destruiu no psicológico e no físico. Tomei um banho quente e fui dormi para relaxar. Porque amanhã é um longo dia.

Enquanto eu dormia, escuto batidas suaves na porta, me levanto sonolenta e abro. Meus olhos tentam o máximo abrir para saber quem é.

-Oi é o Mike.- sorri sem mostrar os dentes.

-Oi! Está tudo bem? Quer que eu vou junto pegar água?- brinco.

-Posso dormir aqui?- pergunta sério.

-Aconteceu algo?- fico preocupada. Não é tão comum ele aparecer assim no meio da noite.

-Não.- respirou fundo e olhou para o quarto do Paul.- Só deu vontade de vir aqui.- sorriu fraco.

-Então tá.- entendo a situação.- pode sim. Entra aí.- ele entra, fecho a porta e fomos juntos até a cama. Ficamos de conchinha, eu a maior e ele a menor. Mesmo que ele tenha quase um metro e oito de altura. Prefiro que ele seja a menor. Assim demonstro que eu irei protegê-lo sempre.- ele fez algo?

-Não, mas fiquei com medo dele fazer algo.- inicio um cafuné.

-Na situação que ele se encontra. É um pouco complicado dele fazer algo hoje.- E não devia fazer nunca mais e não devia nem ter começado.

Ele não disse mais nada. Adormecemos em segundos.

Problems of the life {Concluído}Where stories live. Discover now