Capítulo 32 - Isabelly\Amin\Isabelly

5.8K 513 75
                                    


Isabelly

Sabia que Amin e Theo estavam no quarto, acordei assim que se sentaram em frente à cama e começaram a cochichar, fiquei quieta, fingindo dormir enquanto ouvia o que meu filho tão puro e inocente falava. E isso tinha me surpreendido demais, ouvir aquilo quebrou meu coração, lágrimas escorriam em meu rosto.

Mesmo tendo a certeza de que eu fiz o melhor que pude por ele, desde que descobri a gravidez, a presença constante de Nicholas e papai na vida de Théo, mesmo assim ele sentia falta de uma figura paterna, alguém para chamar de pai, de receber o amor de pai. Amin já tinha dito que queria uma família comigo, o meu medo sempre foi fazer o meu menino sofrer, mas diante de tudo, eu não precisava mais temer, fugir agora não seria mais uma opção.

Permaneci em silêncio e o meu coração quase parou quando ouvi a resposta de Amin.

- Théo, olhe bem para os meus olhos. – O meu filho o olhava fixamente. – Eu já te considero meu filho aqui, - colocou a mãozinha de Théo em seu peito – nosso sangue pode ser diferente, mas o amor que tenho por você é tão grande que não cabe no meu peito. Eu quero ser seu amigo, seu auxílio, porque seu pai, eu já sou. 

Théo abriu o sorriso mais lindo que podia e abraçou Amin. 

- Pai, eu te amo.

Lágrimas desciam pelo rosto de Amin, Théo foi abraçado novamente, parecia que agora ele estava completo, parecia não, agora nós estávamos completos. Nossa família. Levantei devagar e me aproximei dos homens da minha vida.

Amin levantou os olhos e quando me viu, as lágrimas deram lugar a um lindo sorriso. Abracei-os e ali, naquele abraço, encontrei minha paz.

***

Amin


As emoções tinham sido intensas, mas eu precisava conversar com minha preciosa, reafirmar que eles são tudo o que quero e preciso. Nosso primogênito quis deitar com a mamãe, aproveitei e tomei um banho rápido e me juntei a eles na cama. Théo não demorou a dormir, mas o que me deixou com cara de bobo foi ele pedir pra segurar a minha mão para dormir.

Isabelly não disse nada, apenas observava.

Levantei, peguei meu garotinho no colo e levei-o ao quarto. Ajeitei o edredom e beijei-lhe a face.

- Que Allah te abençoe, meu filho. 

Voltei ao nosso quarto e Isabelly estava sentada na cama com as pernas esticadas. Fiquei ao lado dela, segurei sua mão, levei aos lábios e deixei um beijo. 

- Preciosa, eu não me importo com a opinião dos outros, na verdade nunca me importei. Sempre fui um filho obediente e respeitoso, porém já faz algum tempo que ouço a opinião de meu pai, mas tomo minhas próprias decisões. O assunto nossa família não está aberto a discussões ou opiniões alheias e isso inclui meu pai. A única pessoa que pode dizer não é você e mesmo assim tentarei de tudo para dissuadi-la dessa ideia. Eu não tenho outra opção, Isabelly. Minha escolha é você, meu coração, meu corpo, tudo o que eu tenho pertencem a você. Sinta – levei sua mão ao meu peito -, esse coração só bateu assim quando te vi naquele bar, quando ouvi Théo me chamando de pai e quando a médica disse que o fruto do nosso amor está se formando em seu ventre – toquei a barriga plana de Isabelly. – Eu te amo, preciosa.

Um amor em Dubai [[Completo]]Onde histórias criam vida. Descubra agora