Capítulo 2 • É o destino

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Ambar Smith

Giro a cabeça olhando as pessoas no bar. Um cara em especial me olha demais e isso me deixa um pouco desconfortável e ao mesmo tempo adorável, nunca tinha sido olhada assim antes.

― Tequila! Tequila! ― Emília cantarola enquanto batuca os dedos no balcão.

― Não acha que bebeu demais?

― Ambar, querida, essa frase não existe no meu vocabulário, então não, não bebi demais.

Reviro os olhos e bufo, ainda estava sóbria para saber o que eu estava fazendo e não dar vexame no meio do bar.

Havia voltado para Buenos Aires depois de uma longa temporada na Irlanda para fazer uma faculdade lá, onde fui aceita. Eu era a aluna mais jovem da minha turma, mas mesmo assim sempre fui estudiosa e consiguia o que eu mais desejava; notas altas.

Meu coração acelera quando Matteo Balsano aponta para mim e fala alguma coisa para o amigo do lado. Imediatamente começo a cutucar Emília que me olha com ódio.

― Para de ficar fazendo isso. ― ela bate na minha mão. ― O que há?

― Matteo. Balsano. Está. Sorrindo. Para. Mim. ― falo pausadamente me sentindo eufórica.

― Matteo? Matteo Balsano? Ai, Ambar, ele é um Chernoboy e você querendo ele.

― É paixão adolescente, gosto dele até hoje. ― pisco para ela.

― Guardou sua virgindade até hoje para ele?

― Infelizmente não, perdi com o idiota do Alvarez que logo depois eu dei um pé na bunda.

― Se foi você que deu um pé na bunda dele... Porque ele é o idiota?

― Ai, Emília, não retruca, me defende.

Ela suspira e se vira para frente, lambendo o sal entre os dedos, tomando a tequila e chupando o limão. Faço para de nojo.

― Uau. Quem é aquele homem que está te comendo com os olhos?

Vejo o cara, ele ainda está olhando para mim. Parece familiar demais, mas eu dou de ombros e ela morde o lábio sensualmente.

― O que você está fazendo?

― Para de cara feia. Ele tá vindo em nossa direção.

― Não, não. Eu tinha certeza que o Matteo ia vir.

― Deixa ele pra mim então, não me importa...

― Boa noite, senhoritas.

― Falando senhoritas parece que você é um idoso de oitenta anos. ― Emília dá uma risadinha. Olho assustada para ela. O cara solta uma risadinha nasal.

― Eu tenho apenas vinte e quatro.

― Eu tenho vinte e quatro também, é o destino. ― ela sorri e faz gestos com a mão.

― E você?

― Vinte e um. ― giro o suco de laranja no suco e chupo o canudo, bebendo o líquido.

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