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Capitulo 17 • Isso não é meu

Ambar Smith

Fico parada, Luna e eu estamos olhando Matteo. Juro que ficaria mais aliviada se ele me expulsasse, mas lembro que tenho uma amiga louca que viria aqui e armaria um barraco enorme, então é melhor eu não desejar isso e encarar de frente.

- Ambar, não me surpreende. É linda igual uma pedra preciosa. - Luna me olha de cima a baixo. - Oh céus, você está grávida!

Matteo se engasga com absolutamente nada e coloca a mão no peito. Dou uma sorriso forçado para Luna que sorri de orelha a orelha para mim enquanto diz o quanto isso é incrível.

- Ambar, vamos até meu escritório, precisamos conversar.

Levanto, vendo que Matteo está inquieto. Sua mãe tem um copo e tenho certeza que está com alguma bebida. Vou até ele dando um tchauzinho para Luna que pega a mãozinha do bebê que está em seu colo e abana para mim. Engulo em seco.

F

ico assustada quando Matteo me puxa pelo braço entrando no cômodo e me encara com o rosto perto do meu. Sinto o forte cheiro de álcool e isso já enjoa muito. Coloco as mãos no seu peito o afastando e ele me olha confusa.

- O que foi? Não é isso que você quer?

Incrédula, nego com a cabeça, quem ele pensa que eu sou?

- Óbvio que não! Você não viu que eu estou grávida? Qual o seu problema?

- Sim, eu vi isso.

Reviro os olhos quando ele chama meu filho de "isso", ele é um bebezinho não um objeto qualquer. Tem vida e não merece ser tratado de jeito inferior por um babaca. Tenho vontade de falar isso mas me seguro.

- Então, o que quer? Parece que eu não fui o único a colocar chifres em alguém.

- Eu não coloquei chifres em ninguém, Matteo.

- Tá, e o pai da criança, é quem?

- É você, seu infeliz!

Matteo abre a boca pra falar algo, mas nada sai. Seus olhos estão arregalados e me analisando de cima a baixo como se eu fosse alguém horroroso em exposição. Pelo menos era assim que eu me sentia quando ele me olhava desse jeito.

O babaca contornou a mesa e sentou na poltrona. Eu ainda estava de pé e minha barriga doia de cólica. Matteo pegou o copo e encheu de uma bebida amarelada. Com a mão na barriga e ainda machucada internamente no coração, não falo nada.

- Oh céus, sente-se Ambar! Você parece estar com dor.

- Percebeu isso agora?

Vou até um sofá e sento enquanto respiro fundo. Tem sido difíceis essas semanas quase sei dormir, pensando e apenas comendo. Não fazia outra coisa além de comer pra caramba e rolar na cama até dormir, provavelmente isso está na deixando com olheiras e quilos a mais.

Quando paro de encarar a minha mini-barriga, olho para Matteo, seus olhos acompanham minhas mãos enquanto esfregam na barriga por cima da roupa. Me sinto desconfortável, então paro.

- Eu não sei... droga, isso nunca aconteceu antes, Ambar. Eu sempre tomei cuidado. Eu usei preservativo quando transei com você no apartamento.

- Correto, você usou preservativo no apartamento, não no banheiro do bar. Sinto muito, Matteo, mas você é o pai do meu bebê. 

- Você não tem namorado? Eu jurava que você tinha.

- Não, eu não tenho namorado. E não transei com mais ninguém. - Minto, sei que se eu contar de Simon ele não vai acreditar.